JESUS CRISTO, JUDAS, LULA E EU


Tive conhecimento hoje, através do Mídia Sem Máscara, no artigo “Jesus Cristo, Judas e Lula” assinado por Júlio Severo, da entrevista concedida pelo presidente Lula à Folha de São Paulo, e publicada na Folha Online em 22/10/2009.

O ponto principal abordado por Júlio foi a declaração do presidente de que:
“Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão”.

A resposta foi dada quando o presidente foi questionado sobre suas relações com figuras políticas de imagens reconhecidamente arranhadas para a população brasileira, como Renan Calheiros (PMDB-AL), José Sarney (PMDB-AP) e o ex-presidente Fernando Collor de Melo (PTB-AL).

A comparação foi, no mínimo, infeliz realmente.

Pois de onde quer que se parta dela, a conclusão será sempre a mais ignóbil possível.


A oposição, por exemplo, aproveitou a polêmica frase para atribuir a ela um caráter justificatório, haja vista todos os escândalos já ocorridos até aqui sobre a gestão do petista.

Já Júlio Severo sugere que a visão destorcida que Lula tem de Jesus (e Judas) se deve à imagem (e à mensagem) transmitida a ele pelas suspeitas lideranças cristãs que o cercam, no que, obviamente, ele tem absoluta razão.

Meu ponto de vista converge e diverge um pouco das duas opiniões acima, e, mesmo assumidamente me considerando o menos indicado entre todos para falar com propriedade sobre esses temas políticos aqui ou em qualquer lugar, acho que tenho relativa razão.

Não creio que Lula quisesse, voluntariamente, justificar os atos escusos que se embrenharam sob seu nariz, e dos quais ele reiteradas vezes afirmou “não saber”, ainda que, de certa maneira, ele o tenha feito.

Também não acho que o presidente, religioso como ele imagina ser, tenha pretendido que se fizesse uma nova leitura acerca da personalidade comportamental de Jesus, dando a ela uma interpretação mais politizada de seus ensinos, contextualizados para uma nova ordem mundial — e, ingênuo que é, nisto tivesse errado.

Não.

Em minha modestíssima opinião, o que o presidente chamou de “Jesus” e de “Judas” simplesmente têm outros nomes, e nada mais são que estereótipos.

Jesus e Judas, na fala de Lula, são antípodas. Um representa o bem; outro o mal.

Não é que ele se esquece de que Jesus e Judas, aqueles mesmos, os reais, tenham andado juntos por três anos (o que não apenas implica em acordo ou coalizão, como gostam de dizer os políticos, mas em cumplicidade, compromisso e, sobretudo, amor, numa linguagem um pouco mais cristã).

A questão é que Lula simplesmente ignora isto. Ele não sabe.

A visão do presidente, aliás, é a mesma da maioria.

Jesus e Judas são figuras absolutamente antagônicas.

Desse modo, não é exagero algum supor que, ao dizer isto, o que Lula simplesmente fez foi uma confissão: a de que aqui, no Brasil, a união do santo com o profano não é impossível como a natureza (espiritual ou física) dos fatos insistem em mostrar.

Nem meramente opcional.

É obrigatória.

“Esse é o Brasil”, diz Lula.

O que podemos esperar então daqui pra frente?

Mais do que Jesus ou Judas, o presidente está falando é de mim... De você... De nós. Como se nos desafiasse a mudar (ou tentar mudar) a ordem natural (e diabólica, por este prisma) das coisas. Como se dissesse: “Aqui, é assim que as coisas são. O certo tem que andar de acordo com o errado”.

É, pode ser.

Mas, preciso dizer-lhe, sr. Presidente, que ainda que eu esteja sozinho (embora saiba que não estou), eu vou seguir resistindo.

Porque, no Reino de Deus, sr. Presidente, é assim que as coisas são.

SOBRE O DÍZIMO E A IGREJA - Parte 1


A palavra “igreja” hoje é sinônimo de “dízimo” para os incautos (e para alguns bem sabidinhos também).

E esse é um dos assuntos mais polêmicos e certamente mais inquietantes no universo das doutrinas cristãs, que achincalha a vida e a moral de muitos homens e mulheres sérios de Deus.

Eu ouso até dizer que, se os cristãos comprometidos pudessem preterir de algo na doutrina cristã, o dízimo seria o mais votado.

Menos até pelo apego pessoal ao dinheiro (cristãos comprometidos não se importam de pôr a mão no bolso para cooperarem com o Reino de Deus). Mais mesmo é pela vergonha de contribuírem puramente e em alegre obediência à sua fé, e serem tachados de financiadores da locupletação desvairada de alguns “ministros do Evangelho”: verdadeiros abutres em nome de Deus.

E, convenhamos... A história recente da Igreja dá motivos de sobra para terem razão nisto.

Por outro lado, a importância do tema é tanta para a Igreja que torna imprescindível sua prática, embora tal prática não seja bem compreendida ainda da maioria de nós.

É um erro pensar, por exemplo, que o dizimar seja um mero princípio cristão elementar, e assaz elementar, que transforma sua não observância num daqueles vexames históricos para o crente, sem qualquer precedente bíblico.

Se o dízimo é dado com o intuito de “livrar a própria cara” ou para “fazer uma média” diante de Deus e dos homens, de pouco ou nada ele servirá ao ofertante, mesmo que este tenha se despendido de uma vultosa quantia.

Pior ainda é pensar que o dar o dízimo seja uma espécie de pagamento que se faz a Deus, ou ainda, que seja o equivalente divino das nossas aplicações financeiras, quando o dinheiro depositado vai rendendo, rendendo, e depois volta pra gente no final, com juros e correções monetárias.

Jesus pouco falou especificamente sobre o dízimo (ou, pelo menos, pouco se tem registrado nos Evangelhos de tudo o que Ele falou), assim, toda a base — e nada mais que isto — para a aplicação prática do dízimo deve ser retirada daquele tempo bíblico que chamamos de Velha Aliança.

E de cara já desmistificamos uma coisa.


Engana-se quem pensa que o dízimo é uma ordenança divina, e que requer de nós tão somente uma obediência tácita.

A Bíblia mostra que a prática dizimista precede à lei.

A primeira referência ao dízimo, na forma como o conhecemos, remonta a, pelo menos, 600 anos antes da lei, e aconteceu com Abraão, quando este ainda era Abrão.


“E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos!
E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo”.
(Gênesis 14:20)

Antes de tudo, o dízimo parecia ser um princípio aplicado por homens em cuja vida habitava tanto o temor a Deus, quanto um profundo desejo de gratidão e de “retribuição” a Ele. No episódio em questão, Melquisedeque abençoou a Abrão e, numa atitude de gratidão, recebeu deste o dízimo de tudo.

Depreende-se daí que quem dá o dízimo não o faz para ser abençoado, mas sim porque já se reconhece abençoado. Abrão não deu o dízimo para ser abençoado por Melquisedeque (numa instância menor) ou por Deus (numa instância maior). Ele o deu porque já tinha sido abençoado por eles.

Pro inferno, portanto, com essa tal de Teologia da Prosperidade!

Mais tarde só (600 anos depois, como vimos) é que a prática foi, por assim dizer, “oficializada” na forma de lei.

“Também todos os dízimos da terra, quer dos cereais, quer do fruto das árvores, pertencem ao Senhor; santos são ao Senhor. (...) São esses os mandamentos que o Senhor ordenou a Moisés, para os filhos de Israel, no monte Sinai”.
(Levítico 27:30-34)

A palavra “santo” vem do latim sanctus, e significa “separado”. É o mesmo radical, por exemplo, de secta, palavra também em latim (oriunda de sequi, que significa “seguir”), e de onde vêm as palavras “seita” e “sectarismo”, ou “separação”.

(ser membro de uma “seita”, em princípio, não parece ser algo necessariamente tão ruim assim, como sempre fazemos sugerir, né, gente?)

Bom, como se vê, os dízimos eram separados ao Senhor, e fora requerido do Seu povo, a quem Ele mesmo escolheu, a saber, a nação de Israel.

Dízimo (do latim decimu) = A décima parte.


O que se fazia com os dízimos?

Não havia dinheiro nos tempos da Velha Aliança, muito menos um sistema capitalista como o de hoje. Não havia sequer moeda corrente e os negócios todos eram feitos sob PERMUTA ou MUCAMBO, que nada mais é do que uma troca de benefícios. Assim, o que tinha valor naquela época eram objetos, alimentos, terras, etc. O dízimo deles era dado na forma de parte de uma colheita, por exemplo, ou uma parte do gado, de especiarias, e o ouro, a prata e o bronze que havia era destinado à confecção de objetos e utensílios que seriam trocados mais tarde.

Por uma convenção divina, Deus conferiu ao levitas o direito de usufruto dos dízimos ofertados pelo povo de Israel (Nm.18:24). Entretanto, o princípio se manteria ainda assim, e os levitas, igualmente, deveriam retirar de tudo o que recebessem aquilo que era chamado de “dízimo dos dízimos” (Nm.18:26).

Perguntinha: Terá sido apenas coincidência o fato de que os levitas eram os únicos, entre todos de Israel, que não receberam porção alguma como herança na divisão das terras de Canaã (Js.13:14-33)?

Creio que não.

Doutra sorte, porém, Deus disse que seria, Ele próprio, a porção deles (Dt.10:9; Nm.18:20). Dessa maneira, Ele os fez, ao mesmo tempo, os mais pobres e os mais ricos entre os homens.

Há mais uma aplicação importante dada aos dízimos e às ofertas levantados pelo povo, segundo os moldes do Antigo Testamento: o suprimento aos de fora, aos órfãos e às viúvas, que deveria ser feito a cada período de três anos (Dt.14:28, 29).

Essas considerações são absolutamente necessárias, e só depois delas é que podemos então nos lembrar daquela que é, sem dúvida, a referência mais conhecida da maioria dos crentes espalhados Brasil afora, sobre o dízimo: a de Malaquias (mas, ao invés disto, é dela que nos lembramos primeiro).

Naquela ocasião, os sacerdotes não estavam sendo fiéis a Deus (em vários aspectos, inclusive) e o povo, sabendo disto, começou a parar de dar o dízimo (como muitos de nós fazemos também, né não?).

O que Deus fez?

Corrigiu severamente os sacerdotes por sua negligência... Mas também corrigiu severamente o povo por sua displicência (Ml. 2-3), chamando-o, inclusive, de “ladrão”.

Em resumo, o que aprendemos com a prática da Antiga Aliança é que:

1º) A primeira motivação para o dízimo é a gratidão e o reconhecimento, depois vindo a obediência ao princípio estabelecido. E em nenhum momento deve haver desejo de recompensa, ou investimento, como dizem alguns;

2º) A ordem dos fatos indica que quem se reconhece abençoado por Deus é que dá, e não o contrário (dá par ser abençoado). Assim, não dar pode também significar que a pessoa não se sente abençoada por Deus;

3º) O dízimo era requerido do povo de Israel, ou seja, daqueles com quem Deus mantinha um relacionamento, o que sugere que dizimar implica em comunhão e compromissos mútuos;

4º) Um sacerdote ou ministro (aquele que se beneficia do dízimo) não tem valores nesta vida. O Senhor é sua porção. Ele vive do que Deus lhe dá, e, sobretudo, da fé;

5º) Ninguém está isento de dar. Até os que recebem do dízimo, devem dar a parte correspondente dele;

6º) O dízimo deve prestar, entre outras coisas, ao sustento de necessitados no meio da congregação, de modo que estes não existam;

7º) Não há desculpa para não dar. A infidelidade, afinal, será julgada de todos. Tanto daqueles que não dão quanto daqueles que administram.

Tudo isto, junto, é o modelo do ensino testamentário acerca do dízimo, e nele é bem possível que identifiquemos algumas incongruências com nossa prática capitalista hoje.

Entretanto, vocês lembram de eu ter dito que Jesus pouco falou especificamente sobre o dízimo?

Pois bem. Creio haver motivos para isto, e que eles são, de fato, o que realmente importa nisso tudo.

Mas sobre eles falarei na próxima semana, na segunda e última parte desse assunto.

Até lá, se se interessarem.

E SE...


... a partir de agora, os gays e as lésbicas se casassem entre si?

Assim eles não sofreriam nenhum tipo de preconceito por parte da sociedade.

E, claro, teriam seus interesses pessoais (ideológicos e sexuais) preservados.

Afinal, as lésbicas teriam as mulheres que cada gay diz ser...

E os gays teriam os homens que dizem haver no interior de cada lésbica.

Que tal?

Ou vai dizer que isto é homofobia também, hã?

EDUCAÇÃO OU DEFORMAÇÃO?*

*Por Olavo de Carvalho

"O pronunciamento do MEC, que considerou inconstitucional a legalização do homeschooling por violar o direito de todos à educação gratuita, é só mais um exemplo do barbarismo que, a pretexto de educar nossos filhos, lhes impõe todo um sistema de deformidades mentais e morais para fazer deles idiotas criminosos à imagem e semelhança de nossos governantes.

"Lembrem o que eu disse dias atrás, sobre as afirmações que não podem ser discutidas, apenas analisadas como sintomas da demência que as produziu. O parecer do MEC sobre o homeschooling inclui-se nitidamente nessa categoria. Desde logo, um direito que, sob as penas da lei, se imponha ao seu alegado beneficiário como uma obrigação, não é de maneira alguma um direito. Direito, como bem explicava Simone Weil, é obrigação reversa: se tenho um direito, é porque alguém tem uma obrigação para comigo. Ter direito a um salário é ter um empregador que está obrigado a pagá-lo. Se, ao contrário, sou eu mesmo o titular do direito e da obrigação de satisfazê-lo, é claro que não tenho direito nenhum, apenas a obrigação. É assim que os luminares do MEC entendem a educação gratuita: as pobres crianças brasileiras, por serem titulares desse direito, são obrigadas a engolir a cafajestada estatal inteira que se transmite nas escolas, sob pena de que seus pais sejam enviados à cadeia. Isso não é um direito: é uma imposição e um castigo. Para sofrê-lo, basta ser criança e inocente.

"O pior é que os apologistas dessa coisa nem reparam na impropriedade do vocabulário com que a defendem, indício não só de suas más intenções como também da sua falta da cultura superior indispensável aos cargos que ocupam na Educação nacional. Segundo a agência de notícias da Câmara dos Deputados, o diretor de Concepções e Orientações Curriculares do Ministério, Carlos Artexes Simões, acredita que 'a obrigatoriedade de o Estado garantir o ensino fundamental, conforme prevê a Constituição, deve ser exercida na escola'. Qual o nexo lógico que essa criatura crê enxergar entre a obrigação estatal de garantir isto ou aquilo e o direito de o governo mandar para a cadeia quem prescinda desse suposto benefício? Desde quando a obrigação de um se converte automaticamente em obrigação de outro, e, pior ainda, em obrigação do titular do direito correspondente? O Estado tem também a obrigação de garantir assistência médica: deveriam então ser processados e presos os cidadãos que recorram a um médico particular, poupando aos cofres públicos uma despesa desnecessária? O Estado tem a obrigação de pagar aposentadorias: nunca fui buscar a minha, à qual tenho direito há mais de uma década. Não fui buscá-la porque ainda estou forte e saudável, graças a Deus, e fico feliz de poupar ao Estado uma quantia que será melhor empregada em benefício de doentes e incapacitados. Devo ser preso por isso? Quanto custa ao Estado a educação de uma criança? Se um indivíduo tem seus impostos em dia e ainda, possuindo dons de educador, dá instrução a seus filhos em casa, cabe ao Estado ser grato ao cidadão exemplar que o auxilia duplamente, com seu dinheiro e com seus serviços, sem nada pedir em troca. Punir essa conduta honrosa é inversão total da moralidade. Sendo nosso governo o que é, não se poderia mesmo esperar dele outra coisa.

"Em terceiro lugar, qual a oposição lógica que esses loucos crêem existir entre o homeschooling e o direito à educação gratuita? Imaginam eles que os pais cobram mensalidades dos filhos para educá-los em casa? A coisa é de um contrasenso tão evidente que não percebê-lo à primeira vista indica deficiência mental.

"Por fim, o próprio Carlos Artexes Simões não percebe a monstruosidade comunofascista que profere ao declarar que 'a escola ainda é a vanguarda do ponto de vista do conhecimento necessário para a construção de um Estado republicano'. Por que as crianças deveriam ser usadas como tijolos para a construção deste ou daquele regime político que interesse ao sr. Simões? Se o regime fosse monárquico, isso mudaria em alguma coisa o conteúdo das disciplinas essenciais, como gramática, aritmética e ciências? Mesmo a História e a informação básica sobre direitos humanos não têm por que ser alteradas conforme as preferências do regime. Bem ao contrário: qualquer regime que exista só se legitima na medida em que se submeta aos valores e critérios universais dos quais a educação é portadora, em vez de torcê-los para amoldá-los à política do dia. Como expressão da cultura, a educação deve moldar o governo, não este a educação. Transformar a cultura e a educação em instrumentos do Estado foi o que fizeram Stalin, Hitler, Mussolini, Mao, Fidel Castro e Pol-Pot. O sr. Simões defende essa concepção com a naturalidade sonsa de quem não é capaz de enxergar nada acima de uma política mesquinha, abjeta, oportunista. Talvez ele não o note, mas o que ele entende por educação é manipulação, é abuso intelectual de menores.

"Mais desprezível ainda se torna a sua opinião quando ele acrescenta que a escola não visa só à educação, mas à socialização. Não sabe ele que tipo de socialização nossas crianças encontram nas escolas públicas? Não sabe que estas são fábricas de desajustados, de delinqüentes, de criminosos? Não sabe que, em nome da socialização, as condutas piores e mais violentas são ali incentivadas pelo próprio governo que ele representa? Não sabe que agredir professores, destruir o patrimônio das escolas, consumir drogas, entregar-se a obscenidades em público, são atos considerados normais e até desejáveis nessas instituições do inferno? Não sabe ele que há um crescimento proporcional direto da criminalidade infanto-juvenil à medida que se amplia a escolarização?

"Por que se faz de inocente, defendendo a escola em abstrato, como um arquétipo platônico, fingindo ignorar a realidade miserável que as escolas públicas brasileiras impõem a seus alunos, ou melhor, às suas vítimas? Por que finge ignorar que, além da deformidade moral e social que ali aprendem, tudo o que os nossos estudantes adquirem nessas instituições é a formação necessária para tirar, sempre e sistematicamente, as piores notas do mundo nas avaliações internacionais?

"Com que direito o fornecedor de lixo, de veneno, de dejetos, há de punir quem se recuse a ingeri-los, ou a dá-los a seus filhos?

"O que se deve questionar não é o direito de os pais educarem seus filhos em casa: é o direito de politiqueiros e manipuladores ideológicos interferirem na educação das crianças brasileiras. É o próprio direito de o Estado mandar e desmandar numa instituição que o antecede de milênios e à qual ele deve o seu próprio ingresso na existência. Muito antes de que o Estado moderno aparecesse sequer como concepção abstrata, as escolas para crianças e adolescentes, anexas aos monastérios e catedrais (e nem falo das grandes universidades), já haviam alcançado um nível de perfeição que nunca mais puderam recuperar desde que a educação caiu sob o domínio dos políticos.

"Se queremos melhorar a educação nacional, a primeira coisa que temos de fazer é tirá-la do controle de manipuladores e demagogos que não se educaram nem sequer a si próprios, a começar pelo sr. presidente da República, que se vangloria obscenamente de sua incapacidade de ler livros."



Nota do EdV:

Os grifos são do blog.

Como a maioria já sabe, sou pai de uma bebezinha de tenros 1 ano e 1 mês apenas. Daqui a alguns anos, ela começará a trilhar os caminhos do conhecimento científico.

Infelizmente, não estou à vontade com isto.

Pra dizer a verdade, estou desesperado.

E isto por causa de tudo o que o Prof. Olavo disse no belíssimo artigo acima.

Não quero entregar minha filha a este sistema depravado de valores morais invertidos ao quadrado.

Espero honestamente em Deus que o contexto mude até lá, e que a idéia salvadora do homeschooling seja finalmente aprovada.

Entretanto, se isto não acontecer, creio que Deus proverá outro meio... Ou a graça necessária para enfrentarmos qualquer incircunciso gigante filisteu que ouse afrontar o povo de Deus.

"Salva-nos, Senhor!"

A FUNÇÃO DA LEI*

* Por Pastor Edmilson


Muitos cristãos sabem que estamos debaixo da graça e que a dispensação da lei acabou. Mas, surge a pergunta: não há qualquer lei que o cristão tenha que guardar? E, se tem, com que propósito?

A lei foi dada por Deus aos filhos de Israel aos pés do monte Sinai. Sua finalidade era servir de termômetro a fim de mostrar que o homem estava enfermo pelo pecado. Desde a queda de Adão, o homem é pecador por constituição, ou seja, o pecado faz parte de seu ser. Quando falamos “o pecado”, estamos nos referindo àquela força que habita dentro do homem que o atrai a prática de atos pecaminosos. Sabemos que não é necessário o homem fazer força para pecar, pois, já existe dentro dele uma força que o atrai ao pecado. É bom que você leia todo o capítulo 7 de Romanos com atenção. Neste texto Paulo chama esta força de “lei do pecado e da morte”. É chamada de lei porque se trata de uma verdadeira regra dentro do ser humano; ninguém precisa ensinar o homem a pecar, pois ele já nasce sabendo. Paulo fala sobre o momento em que Deus deu sua lei ao povo de Israel, e o que isso provocou. Antes de a lei vir, o homem já tinha o pecado dentro de si, mas ele não sabia disso. A lei veio para expor ao homem o que estava dentro dele. O pecado jazia adormecido dentro do homem até o momento em que o homem recebeu a lei e tentou guardá-la. A cobiça já estava dentro do homem, porém quando Deus deu sua lei e mandou que o homem não cobiçasse — e este tentou não cobiçar — não somente ele não conseguiu não cobiçar, como também passou a ter consciência desta cobiça que estava dentro dele. Quanto mais o homem tentava não cobiçar, mais ele cobiçava. Era justamente este o propósito da lei, fazer com que o homem tentasse cumpri-la e, ao não conseguir, descobrir que há uma força dentro dele que o impossibilita viver uma vida conforme as exigências da lei. Através da lei, o homem deveria chegar ao estado que Paulo chegou e clamar: “miserável homem que sou! quem me livrará do corpo desta morte?”

É claro que não foi a lei que produziu o pecado dentro do homem. Ela simplesmente mostrou que o pecado estava lá. É como John Bunyan mostrou em sua alegoria “O Peregrino”, quando Cristão chega numa casa toda empoeirada e o interprete lhe diz que aquela casa era o coração do homem e a poeira era o pecado. De repente entrou na casa uma mulher com uma vassoura para varrê-la; a nuvem de poeira que se levantou foi tão grande que quase sufocou Cristão. Intérprete explicou a Cristão que aquela mulher com a vassoura na mão era a lei. A mulher com a vassoura não produziu a poeira, ela somente tornou evidente que a poeira estava lá.

E qual o benefício que isso traria ao homem? O conhecimento de que há uma força dentro de nós que nos impossibilita vivermos da forma como Deus quer nos levará a buscar o socorro de Deus e ver que somente a graça de Deus em nós é que nos possibilita vivermos a altura de suas exigências. Para que o homem procure a cura é necessário que primeiramente ele saiba que está doente.

A lei mostrou que o homem está doente e o preparou para receber o remédio de Deus que é sua graça através da obra do Senhor Jesus na cruz. Tivesse o Senhor Jesus realizado sua obra de salvação antes de Deus dar sua lei, o homem iria julgar-se capaz de salvar-se a si mesmo. A lei mostrou que a salvação teria que vir de Deus, pois o pecado impossibilitava o acesso do homem a Deus. A lei foi o termômetro que mostrou que o homem estava com a febre do pecado, para que ele pudesse buscar a cura.

"Porém agora estamos livres da lei porque já morremos para aquilo que nos mantinha prisioneiros. Por isso somos livres para servir a Deus não da maneira antiga, obedecendo à lei escrita, mas da maneira nova, obedecendo ao Espírito de Deus. O que vamos dizer então? Que a própria lei é pecado? É claro que não! Mas foi a lei que me fez saber o que é pecado. Pois eu não saberia o que é a cobiça se a lei não tivesse dito: "Não cobice”. Porém o pecado se aproveitou dessa lei para despertar em mim todo tipo de cobiça. Porque, se não existe a lei, o pecado é uma coisa morta."
(Romanos 7.6-8)


Fonte: Genizah

CRIANÇAS... SÃO TODAS IGUAIS MESMO



AO ARQUEÓLOGO DO FUTURO




A idéia abaixo veio de um desafio lançado em 2004, e que durou até meados de 2007, pela Agência Carta Maior para que celebridades as mais variadas escrevessem uma carta a ser deixada para um suposto arqueólogo do futuro.

Naquilo que obviamente deve ter sido um erro crasso por parte de sua equipe editorial — acontece — a Agência não me contatou.

De qualquer maneira, deixo aqui publicada minha humilde contribuição, para o caso de quererem, um dia, reparar esse erro...

Caso contrário (o que é mais provável), a publicação abaixo servirá, pelo menos, para que o tempo e os neurônios perdidos na composição da carta não tenham sido completamente em vão.

Clique para ler e/ou fazer o download


E você? Diria o que ao nosso amigo arqueólogo, hã?

"DIZ-ME COM QUEM ANDAS QUE TE DIREI QUEM ÉS"



Bem, pessoal, lá se vai uma semana, e meu comentário (aquele!) lá no blog do Macedão não foi mesmo publicado, como eu previa, inclusive.

(e eu que não dou essa sorte com a Mega-Sena...!)

De qualquer maneira, até o fechamento desse artigo, os 3 posts favoráveis (ou, no mínimo, inclinados ao favorecimento) ao aborto que o Bispo (?) veiculou em seu blog já contavam com mais de 400 comentários!! E a lista deve crescer ainda mais.

(ah, que inveja!)

Demorei um pouco, mas dei ao menos uma olhadela rápida em todos os comentários.

Não sei exatamente o percentual de opiniões favoráveis e desfavoráveis (acho que ficou meio a meio), mas, entre os chamados pró-aborto, alguns comentários chamaram minha atenção, e resolvi dar a eles algum destaque aqui.

O post é grande (maior até que de costume).

Se clicar “Leia mais...” abaixo, não tem do que reclamar, ok? Essa é, portanto, sua última chance.


Detalhe: as mensagens não foram editadas e os eventuais erros ortográficos foram mantidos, mas os grifos são meus.

Tem uma turma que é visionária. Aqueles que possuem poderes nostradâmicos e enxergam, com clareza, o destino inevitável das crianças que, porventura, não sejam sumariamente abortadas.

Gente como o Michel Corrêa, por exemplo, que disse:
“... Não acho que o aborto é mais grave do que colocar uma criança no mundo para ter um fim como estes do vídeo”, ou como a Ana Cláudia, que mesmo sabendo ser errado, parece resignada: “...sei que um aborto não é uma coisa boa, mas uma criança pode sofrer cem vezes mais do que se houvesse sido abortada.”

A Anne Oliveira, que foi chamada de desumana por sua posição a favor do aborto, contra-atacou: “Desumano é dar a vida a um ser humano, já sabendo que ele vai sofrer!

Não, Anne. A pessoa que dá a vida a um ser já sabendo que ele vai sofrer é super-humano; é alguém com poderes sobrenaturais. Uau!

A Priscila Silva apelou:
“Então tá, não se faça aborto, mas tenha-se milhões de filhos para serem miseráveis, doentes viverem como bichos, como a corja da humanidade, enquanto você come o seu bife com fritas em paz. Que hipocrisia, é fácil falar quando não se vive nessa situação de calamidade.ABORTO SIM!!!” Hmmm... Deu até fome!

O CESAR Enrique, mesmo não tendo tanta certeza, diz:
Muito sensata essa opinião,e concordo plenamente com o sr bispo.Quanto mais crianças nascem mais possibilidade existe delas irem pro inferno,e se ouver um aborto elas herdarão o reino dos céus,pois esta escrito que dos pequeninos é o reino dos céus”. E, pelo visto, quanto “mais pequeninos” melhor!

Já o comentário do Correia é bastante intrigante:
“Vamos continuar a encher esse mundo, é isso que o o diabo quer...” E eu que sempre pensei que tinha sido Deus Quem tinha dito isto, hein?! Ele continua: “.... pois, quem garante que todos que nascem hoje vão ser cristãos de fato?… Essa conversa fiada de dizer que o pai ensina à tá!…” Ué?! Mas aqui também não foi Deus Quem disse??? Gente, tô vendo que preciso ler mais a “Briba”! Olha só a continuação: “Deus tem ensinado tanto e a humanidade está caminhando para o caos a cada dia”. Ou seja, Deus é um incompetente, afinal, ele tem ensinado tanto, e a gente não aprende nunca!

Outro grupo que encontrei são os “Procuradores do Juízo de Deus”. Esses devem ter uma procuração formal da parte de Deus para falar em nome d’Ele. E têm tanta certeza do que estão dizendo que – eu confesso – tenho até medo...

O antonio junior lucena é um deles:
com certeza um aborto é melhor,pós um feto tem salvação.”, no que concordam a elaine: com certeza o bp. tem toda a razão”, e a Ana: “Não só acho que o,Bispo tem razão como tenho certeza,que em varios casos o aborto, seria necessário. na fé.”

Com certeza, eles devem ter a tal procuração.

Há aqueles que ficaram tão indignados com as imagens, mas tão indignados, mas tão indignados que não conseguem nem fazer nada por isto. Aliás, segundo eles, quem deveria fazer mesmo são os contrários ao aborto, já que, por eles, todas aquelas “pobres criancinhas” carentes de amor estariam mortas há muito tempo.

Destaco a eliane vasconcelos (que participou ativamente da discussão), que faz um apelo cristão (provavelmente aos cristãos também):
"Aqueles que são contra o aborto que levante-se vão lá e cuidem dessas crianças, paguem médicos, remédios,comida fiquem lá cuidando no lugar da mãe, se coloquem no lugar delas, a maioria foram violentadas, não optaram por gravidez, sem contar nas inúmeras doenças que elas devem ter, só mesmo alguém cego e irracional pode ser tão insensível.Amar essas pessoas não é sentir pena e somente orar, mas sim apoiar uma lei que pode mudar suas vidas, EU SOU A FAVOR DO ABORTO SIM…”

Como vêem, no caso aí acima, para a “sensível” eliane vasconcelos, “uma lei que pode mudar suas vidas” é uma lei que “tire suas vidas”, entendeu, né?!

Vejam o que disse o Aldaires:
Essa mesma gente que mete a malha no Bispo Macedo por ele apoiar o aborto é a mesma gente que escraviza seus empregados e rouba seus direitos e impedem que suas mães deem a seus filhos o mínimo que uma criança . Essa gente hipócrita só sabe falar mal mais não tem a decência de fazer nada p/ mudar. Que Deus levante homens de Deus valentes para mudar a história da África.”

E a ROSELANE (IURD DO ALSKA) já sabe quem são esses homens: “(...) Que a IURD chegue nesses lugares o mais rápido possível!!!!!”

Já a alma da Lilika é mais caridosa (mas só um pouquinho), e, se pudesse, arcaria até com as despesas aéreas Brasil afora, para levar os que são contra o aborto (os fanáticos, como ela chama), e fazê-los mudar de opinião: “Sabe bispo se eu pudesse convidaria todas as pessoas que são contra o aborto e as colocaria num avião , para levá-las a uma visita, lá fora não aqui mesmo, pode ser no interior do Ceara, Bahia, Maranhão,enfim quem sabe assim vendo de perto deixariam o fanatismo de lado e acordassem para uma realidade estampada . Estamos falando de uma NAÇÃO MISERÁVEL, não do mundinho de muitos que só enxergam o próprio umbigo…aborto sim…”

Obviamente que ela só disse que arcaria com as despesas, “se pudesse”, porque simplesmente não pode mesmo.

Já a Cristiane, coitadinha, não conseguiu nem comer:
“Realmente Bispo... Um aborto é INDISCUTIVELMENTE MELHOR do que assistir e saber que existem milhares de pessoas no mundo que não vivem e nem vegetam, são moribundos “lançados” nessa terra à toda sorte de desgraça, ódio e a mais profunda estupidez humana. Assisti esse vídeo ontem à noite e obviamente nem consegui jantar com meu marido ao ver cenas tão fortes, deprimentes e infelizmente reais. Orei por todas as pessoas que vivem nessas situações. Deus o abençõe muito!”

Ou seja, se a mulherada lá tivesse abortado, ela teria comido aqui tranquilamente. certa mesma em apoiar o aborto, uai! Onde já se viu? Não tem discussão!

Há outros para quem esse assunto traz ainda mais dúvidas do que respostas.

Tantas que o Rodrigo, por exemplo, chegou a perguntar:
Um aborto nesse caso sem dúvida seria a melhor solução, quem tem coragem de negar isso ?”

Mas eu tenho, Rodrigo. Eu tenho.

A Sandra também tem uma dúvida:
“Porque tanto sofrimento meu Deus? Uns com muito e outros com tão pouco.”

E não há talvez ninguém melhor para responder a questões existenciais como esta do que o Bispo Macedo.

O Silva (ou a Silva, não sei) pede respaldo bíblico, e eu ajudo:
“Àqueles que são contra o aborto: podem, por favor, me mostrar em que passagem bíblica Deus (ou um homem iluminado por ele) diz explicitamente que o aborto é algo abominável?”

Além do “não matarás”, Silva?

Muitos lá fizeram questão de demonstrar sua solidariedade às mães, como o WELERSON que disse:
“as pessoas que falam contra o aborto e porque não esta na pele destas pessoas e nem na pele da mae delas”

Bem, desculpe perguntar, mas... E você, WELERSON, está na pele deles?

A PATRICIA VENTURA filosofa:
“É UMA QUESTAO DE VALORIZAÇAO DA PROPIA MULHER.”

Já do bebê...

A Silvana França resume bem o que pensam muitos dessa ala da sociedade:
“Deveria ser legalizado já q ñ é a proibição q impede q seja feito. Melhor um aborto do q 1 criança rejeitada ou enfrentando péssimas condições de vida. Sem falar nas mortes de milhares de mulheres q poderia ser evitada.”

Essa, aliás, é uma opinião bastante interessante. Quer dizer que se a proibição não impede, devemos legalizar? Hmmm... Os bandidos e traficantes agradecerão muito.

A Luiza também parece demonstrar muita preocupação com a vida humana:
Creio que a legalização do aborto salvará várias mulheres que arriscam a vida em clínicas clandestinas, verdadeiros açougues.”

Ou nem tanto. Para salvar muitas mães, morrem todas as crianças...?

Um caso bastante interessante (e engraçado) é o da Lucia Martins que apóia o aborto não apoiando também... Isto mesmo! Você não leu errado, não. Ela apóia, não apoiando! Ao mesmo tempo! É ou não é de fazer corar de vergonha o mais experiente dos políticos do nosso país?
“Realmente eu prefiro um aborto a ser filha de uma mulher desmiolada que não se cuida ou não se presta a comprar o anticoncepcional.”

Ou seja, ela “apóia o aborto”, mas acha que a mulher que faz isto é uma “desmiolada (sic) e irresponsável”.

Fantástico, né não?

Mas nenhum deles se compara ao da Tabita que conseguiu a proeza de solidarizar-se a TODOS OS ABORTADOS, sem exceção, para dar uma lição nos “hipócritas do pró-aborto”:
“Povo egoísta se eu fosse essa criança preferia ser abortada . Não sei porquê o espanto vocês que são contra o aborto se alimentam todos os dias de abortos sabiam ? Os hambúrgures salsichas patês carne moídas e todo tipo de embutidos são feitos de fetos de vacas que abortam, ou vocês acham que os bezerrinhos que nascem mortos são jogados no lixo. Moem os fetos os ovários úteros e até a placenta, isso vocês não acham que é pecado ??? Matar os bebes das vacas que alimentam os filhos de vocês …”

Uma pérola!

Ah, sim! Como não podia deixar de ser, os “anti-católicos” deram o ar de sua (des)graça por lá também.

“Se formos analizar a míseria que existe no mundo por falta de planejamento,veremos que o Sr. tem razão. Mas se formos deixar nos levar pela voz so sentimento teremos opinião como os Católicos.” (Camila)

Sacaram? Não podemos ter a mesma opinião que “eles”... Mesmo que estejam certos.

“Sim sr., senhor Bispo, concordo plenamente com o sr. A igreja catolica e que quer que as pessoas tenham esse pensamento que aborto e pecado, usar camisinha e pecado…para eles (padres) e tudo pecado, porque o que eles (padres) querem e criancas indefesas para praticarem os seus crimes ideondos (pedofilia), mas a babilonia esta caindo e vai cair de vez. Mas e pena que ate la ainda muitos inocentes vao sofrer nas maos deles (padres) isso o povo nao ve e nao critica…Meditem nisto Fiquem com Deus” (maggy)

Ai, que meda!

Os carolas do Santo Edir (ou São Macedão?) também rezaram lá.

“DEUS te abençõe Bispo e toda a sua fámilia e que o sr sempre possa colocar estas coisas para que venhamos dar valor a tudo o que DEUS tem nos dado” (jorgeSP)

“Bispo, essa visão que hoje o senhor tem sobre um assunto tão delicado como este, só demonstra o quanto o senhor tem amadurecido emocionalmente e espiritualmente no decorrer destes anos!!! Que Deus o abençoe cada dia mais!! Vamos em frente!!!” (carmem lucia)

“Bispo perfeita sua colocação, seu disernimento só confirmam a sabedoria que Deus tem lhe dado pra tantos assuntos polemicos que ajudam a abrir nossas mentes” (Michele Guimarães DF)

“Amado Bispo. o senhor não emitiu uma opinião,mas iluminado pelo Espirito Santo disse uma verdade que eu ainda não havia escutado.” (jose t.s.barros oliviera-tijuca-rj)

“Estou feliz Bispo, o diabo está revoltado!!! rsrsrsr Se o tema fosse Falar em Línguas, Profecia.. (Não que este tema não seria de Deus) mas se fosse um tema mais ‘tranquilo’, então, estaria tudo bem, todo mundo numa boa…CONTINUE NA FÉ E NA INTELIGÊNCIA BISPO!” (Bruna Telles)

“É isso aí meu Bispo! Concordo com o Senhor e assino em baixo!” (Nádia)

Amém!

Separei ainda alguns comentários do tipo “nada a ver”. Vejam.

“Bispo, concordo com o senhor. Precisamos de Homens e Mulheres de Deus para governarem Municípios, Estados e Países, pois, está escrito: “Feliz a nação cujo Deus é o SENHOR”, Sl 33.12. Deus abençõe o senhor abundantemente.” (Ivaney)

oi !bispo , gostei muito da mensagem eu creio que o próprio DEUS nos deu o livre arbitro, de servir e não servir , de ser servo ,e não ser um bom servo.Depende de cada um .Que Deus te abençoe.” (DANIELE)

“Good moring all. TODO PROPOSITO TEM UM OBJETIVO” (junior)

, galera, mas... E o aborto? O que é que a gente faz com ele?

O everaldo ainda achou um versículo bíblico para justificar o aborto (afff...):
“O DEUS DE MENTE ABERTA E INTELIGENTE QUE FALA A INTELIGENTES DIZ : Se o homem gerar cem filhos, e viver muitos anos, de modo que os dias da sua vida sejam muitos, porém se a sua alma não se fartar do bem, e além disso não tiver sepultura, digo que um aborto é melhor do que ele; Eclesiastes 6:3”

Para ele, um texto também:

“Servireis ao SENHOR, vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a vossa água; e tirará do vosso meio as enfermidades. Na tua terra, não haverá mulher que aborte, nem estéril; completarei o número dos teus dias.”
(Êxodo 23:25,26)


E para encerrar (aleluia!), dois comentários de pessoas que se posicionaram contra o aborto, e que achei sensatos e esclarecedores, ao mesmo tempo em que se mostram firmes, proféticos e contrários a essa anomalia filosófica que o Sr. Edir quer promover no meio cristão.

O primeiro é do Leo:


“BP MACEDO, QUERO AGRADECER A DEUS PELA SUA MAE NAO TER ABORTADO O SENHOR, BISPO. APESAR DA POBREZA QUE O SENHOR CONTA EM QUE VIVIAM E DA VIDA DIFICIL, ELA TEVE FE PRA DEIXA-LO NASCER. GRACAS A DEUS ELA NAO PENSAVA COMO O SENHOR NA QUESTAO DO ABORTO, NAO EH?

Sinceramente, Leo, você é melhor do que eu, cara. Eu não estou certo de ser tão agradecido assim...

E o segundo é o da Camila:

“Msm antes da criança nascer, já há vida no ventre materno, fato incontestável pela ciência, tanto é que os direitos do nascituro são preservados pela lei. Agora se o nascimento de uma criança não é fruto da vontade de Deus, qual a diferença de tirar-lhe a vida dentro ou fora do ventre materno? Seguindo esse raciocínio os pais poderiam tirar a vida dos filhos msm depois de nascidos, uma vez que são frutos de suas próprias vontades e não da vontade de Deus! Pra mim, aborto é uma forma de homicídio”

Simples, direto, contundente e digno do mais ensurdecedor dos silêncios.

Para quem ainda tinha dúvidas, taí!

Há esperança para o pau podre (Jó 14:7,8).

Existe vida na IURD.

Graças a Deus!

PARAFRASEANDO O "BISPO"...

Um aborto não seria melhor?




A idéia original partiu dele mesmo, e eu resolvi discuti-la aqui também.

Poste aí sua opinião.

VÁ SE QUEIXAR AO BISPO!

Foi com imenso pesar que assisti a 2 vídeos veiculados pelo Sr. Edir Macedo (Bispo, né?! Sei...) em seu próprio blog pessoal (clique aqui se quiser, mas volte logo, hein?!).

O primeiro é este aqui, rapidinho, de 30 segundos, e que eu assisti direto no blog do Danilo.




O segundo, abaixo, eu vi lá mesmo, no "blargh" do Bispo (sic) e é só um slideshow:


Não agüentei e, obviamente, postei minha opinião.

Como não estou certo de que serei publicado, resolvi dar um print screen na tela e salvá-la como figura, a qual posto aqui abaixo.

(clique para ampliar)


Vejam vocês que meu comentário, de nº 142, estava, até então, "aguardando aprovação. Em breve será publicado."

Vejamos, pois.

Não bastasse isto e mais adiante o Sr. Edir Macedo publica a opinião de uma pessoa por nome Jaqueline Corrêa, relatando um episódio ocorrido entre ela e uma vizinha. Na mensagem, a Sra. Jaqueline acredita que a legalização do aborto diminuiria o número de mortes de jovens que, despreparadas para a chegada de um filho, optam por abortá-los sigilosamente, em clínicas clandestinas e "sem a mínima condição de higiene e atendimento humanizado" (leia aqui).

Por fim (tomara, Deus, seja mesmo o fim), em outro post, o próprio Bispo (sic) emite sua opinião.

Nela, há de se destacar o seguinte:

"Não creio que as crianças nasçam da vontade de Deus. Creio sim, que as crianças são geradas por causa de uma lei fixa da natureza. Quer dizer, a da procriação."

Ou seja, Deus não quer que crianças nasçam. A natureza sim. Ele não disse, mas provavelmente deve estar falando da "Mãe Natureza".

Outro trecho:

"Não consigo enxergar o nascimento de uma criança como fruto da mão de Deus, assim como não vejo o mal como fruto Divino. Cada pessoa tem a liberdade para escolher o que pretende em sua vida. Até em gerar ou não outra pessoa. Deus nada tem a ver com isso, assim como não tem a ver com o mal."

O Bispo (sic) compara o nascimento de uma criança aqui com o mal, e utiliza desse subterfúgio, o que é chamado nas artes mágicas de misdirection, ou desvio de direção, para corroborar sua posição de incredulidade quanto à vontade de Deus especificamente neste caso. Ora, o que tem a ver o nascimento de uma criança com o mal?

Numa coisa ele está certo: Deus não tem nada a ver com isso. Mas isto deve significar também que o lugar para onde tais pessoas vão nada tem a ver com Deus, ou não?

Em seguida, Edir Macedo, "raciocinando", como ele mesmo sugere um pouco antes, diz:

"Se Deus fosse o elemento multiplicador de crianças, eu jamais trataria do assunto aborto. Neste caso, seria radicalmente contra, em qualquer hipótese. Como não é o caso, apelo, portanto, à inteligência, bom senso e, sobretudo, humanidade das pessoas."

"Elemento multiplicador de crianças" é ótimo, né não?

Mas não é o ponto principal desse parágrafo. O ponto principal é: "... apelo, portanto, à inteligência, bom senso e, sobretudo, humanidade das pessoas (grifos meus)."

Em outras palavras: qualquer de nós que discordar do Sr. Edir Macedo é um imbecil, insensato e, sobretudo, desumano.

Bem, neste momento eu penso se não estou mesmo num outro planeta.

Quer dizer que imbecis, insensatos e desumanos são os que não estão de acordo com aqueles que, sabidamente, matam crianças?

Ah, entendi.

Encerrando seu post, o Papa, quer dizer, Bispo (sic) faz uma reflexão:

"... por que se preocupar mais com os seres ainda em formação do que com os vivos que estão aí? Não faz sentido!"

É, Macedão, não faz nenhum sentido mesmo.

Preocupar-se mais com os seres que estão vivos aí, para você, é matá-los antes de se formarem, é?

Misericredo, gente!

UM CLAMOR DIÁRIO


"Oh, Bondoso Senhor,
revele poderosamente
aos admiradores dos batidões e dos pancadões de funk
a existência, já antiga até,
dos fones de ouvido.
Por favor!"

VERSÍCULO DO DIA

"Disse Jesus: 'Faça sua parte que Eu te ajudarei'"
(II Pinóquio 1:71)

SEISCENTOS E SESSENTA E SEIS*

*Por Mário Quintana (1906-1994)



"A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ªfeira...
Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
Seguia sempre, sempre em frente ...
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas."

(In: Esconderijo do tempo)


Nota do EdV:

Se é para ter uma apologética do que seja o tal "número da besta", prefiro esta.

ASSIM É FÁCIL


"O homem é o único animal racional"
(O homem)



Opa, gostei da brincadeira!

Deixa eu tentar também?

Eu sou alto, louro de olhos azuis, rico e no próximo ano vou conhecer a Nova Zelândia.

Ah, e Rachel Hunter será a minha anfitriã!

Tá, tá...

O Russell Crowe pode ser o guarda-costas.

A ANTI-IGREJA


Historicamente, a Igreja de Deus foi forjada e estabelecida a preço de muito sangue inocente, derramado como uma espécie de “prêmio” por sua veemente recusa em se curvar aos padrões das sociedades em que estivesse.

Entretanto, o que se configurava um conjunto de negações (obviamente, ao secularismo que adentrava a comunidade dos santos) sabe-se tratar, sobretudo, de assertivas e convicções das quais Igreja nenhuma está autorizada a abrir mão (e isto vale para hoje também).

Muito mais do que negar, o que a Igreja fazia e deve fazer é afirmar, pois importa falar daquilo que é o Reino de Deus, e não do que ele não é.

Isto deu certo por uns anos.

Mas foi ver-ser às voltas com pessoas que, travestidas de aparente piedade religiosa, traziam consigo demônios das mais variadas sensualidades, para a Igreja passar imediatamente a protestar (donde veio o termo “protestante”), constrangida que estava a expressar sua completa aversão ao que vinha acontecendo até então.

E, naturalmente, protestando, passou a negar, perdendo assim parte importante do seu papel histórico no mundo.

Diante da necessidade de diferenciar-se claramente da Igreja Romana, que se pervertia, os cristãos acabaram por negar tudo o que ela afirmava, começando um processo, então, que acabaria numa espécie de anti-catolicismo. Tudo o que os católicos dissessem ou fizessem, não importava o que fosse, os protestantes negavam, e mais ainda, faziam diferente.

Isso explica, em partes, tanta e toda a antipatia pela figura de Maria entre os protestantes (chamados popularmente de evangélicos), ou o que foi feito aos conceitos de batismo, ceia do Senhor e confissão de pecados, para citar apenas alguns exemplos entre outros.

Poucas ou bem poucas coisas foram preservadas.

A máxima é basicamente esta: se alguma coisa do que dizem sobre algo está errada, todo o resto também deve estar.

Veja que o mesmo ocorre com o Espiritismo.

É inadmissível a qualquer crente que se preze fazer um elogio que seja à doutrina espírita, ainda que em alguns pontos, por exemplo. É preciso diferir bem deles e, para isto, necessário se faz o negar tudo.

O que digo aqui bem poderia ser um complemento ao que escrevi dias atrás, sobre Narciso.

É a filosofia do “se não se parece comigo, é feio”.

Entretanto, para a infelicidade e frustração de muitos irmãozinhos, há muita coisa que a igreja evangélica deveria aprender com os católicos, os espíritas, os mórmons, as testemunhas de Jeová e não poucas religiões orientais, o que, obviamente, eles vão negar.

O motivo é simples: algumas práticas dos seguidores dessas religiões não são apenas aprováveis, mas encontram correspondente em Cristo, a quem os cristãos supostamente dizem seguir.

Ora, o fato de que, por exemplo, fundamentalistas islâmicos fazem algumas coisas que sabemos Jesus ter dito para nós fazermos não as deveria invalidar. O problema é nosso que não obedecemos ao Senhor, e não fazemos aquilo que nosso Amado Mestre nos disse para fazer.

É claro que, para salvação, é preciso mais do que isto. Mas é igualmente óbvio que nenhum salvo deve se considerar realmente salvo sem isto.

Para não nos parecermos com os espíritas, negamos nosso papel social e humanitário, e damos a bunda como resposta se somos lembrados da "Parábola do Bom Samaritano" que Jesus contou (aliás, por que “Bom Samaritano”? A Bíblia não diz que ele era bom. Jesus não o chamou de bom. Ele disse apenas: “Certo samaritano...” Mas nós o chamamos “bom” apenas porque ele fez, naturalmente, aquilo que de nós se exige, e que negamos com tanto requinte de palavras e de fé).

A rejeição de Maria é o menor de nossos males. Para não nos parecermos com os católicos, rejeitamos a doutrina do batismo que salva, da confissão dos pecados, da pureza e castidade entre solteiros (alguns têm rejeitado até a heterosexualidade absoluta), do casamento vitalício e da não admissão do recasamento.

Para não nos parecermos com as religiões orientais, dispensamos a concentração e a disciplina, a introspecção e a silente e respeitosa oração (como somos barulhentos, não?).

Para não nos parecermos com os diversos fundamentalistas que existem (ou legalistas, como alguns gostam de chamá-los), somos liberais demais (ou libertinos, como eu gosto de chamá-los).

Mas, por incrível que pareça, costumamos ser assim até entre nós mesmos, abolindo práticas de uns ou de outros, independente de encontrarem respaldo bíblico ou não, em nome de nosso descontentamento denominacional. É por isto que existem os termos “tradicionais”, “pentecostais" (ou "neopentecostais"), “carismáticos”, “avivamento”, “renovação”, etc.

E dessa maneira, negando apenas, aqui e ali, cá e acolá, por seu bel-prazer, a Igreja presta um desserviço histórico.

Que Deus nos dê graça e auto-discernimento para que, preocupados mais em sermos anti-católicos ou anti-espíritas, não acabemos por ser meramente uma anti-igreja, negando-nos a nós próprios.

Ninguém vai pro céu por meio de obras.

Mas nenhum dos que vão pro céu irá sem ter feito obra alguma.

Pense nisto.

SEBASTIAN'S VOODOO: UMA LEMBRANÇA DE CRISTO



"Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco
pelo fato de ter Cristo morrido por nós,
sendo nós ainda pecadores."
(Rom 5:8)


p.s.: Mais sobre o vodou aqui.

COMIDO DE BICHO

Meu Deus...!

E eu que pensei que já tinha ouvido de tudo...



Nota do EdV: Vi no Genizah.

VOCÊ É AMADO*

*Por Paul Washer



Nota do EdV: Vi (e chorei!) no Voltemos ao Evangelho.

DEU NA FOLHA ONLINE DE ONTEM (06/10/2009)...




Mas, peralá!

Se o Sudário é falso, então...?


Ihhhh...

Definitivamente este não tem sido um bom ano para o
Emissário do Pai.

Depois daquele russozaraza! — agora vem esse maledeto italiano!

"Raios!"

O CÉU É O LIMITE

Você se lembra da imagem acima?

Provavelmente não, né?

E dessa aí abaixo?



Bem, se você tem mais de 30 anos, e é ligado a esportes em geral, provavelmente tenha se lembrado.

Você sabe qual é a diferença entre uma foto e outra?

Quase 24 minutos.

Isto mesmo!

As duas fotos são dois momentos de uma mesma história.

Era a primeira vez que a maratona feminina fazia parte dos Jogos Olímpicos.

O ano: 1984.

Na primeira foto, você vê Joan Benoit Samuelson, norte-americana, então com 27 anos, e a grande campeã olímpica daquela histórica maratona, com o tempo de 2h24min52s.

Na segunda foto, você vê a suíça Gabrielle Andersen-Scheiss — na época com 39 anos! — prestes a cruzar a linha de chegada... em último lugar.

E as diferenças não param apenas por aí.


Joan Benoit tem um grande currículo também. Além do título acima, Benoit foi bicampeã da maratona de Boston em 1979 e em 1983 (essa última com recorde mundial), campeã da maratona de Eugene, na Califórnia, em 1982, medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos de Caracas, em 1983, campeã da maratona de Chicago, em 1985 e, já aos 35 anos, venceu ainda a maratona de Columbus, em 1992.

Já a suíça Gabrielle Andersen não venceu nenhuma competição importante internacionalmente, não conquistou nenhuma medalha olímpica, e tampouco está na lista dos nomes vencedores do esporte suíço.

Entretanto, quando nos lembramos daquela maratona de 84, é de Gabrielle que nos lembramos (ainda que a maioria de nós sequer soubesse o nome dela até aqui).

Por quê?

37 competidoras participaram daquela maratona — que teve ainda a norueguesa Grete Waitz em 2º lugar, e a portuguesa Rosa Mota em 3º — mas por que, entre todas as demais, a imagem que ficou gravada na memória do mundo foi a da mulher esquálida e debilitada que quase se arrastava, tentando cruzar sobre-humanamente a linha de chegada?

Ora, a resposta está na pergunta.

“Desidratada e sofrendo de hipertermia, a atleta recusava-se a receber ajuda médica, pois seria desclassificada. Perto do final, ela não aceitou água no ponto de distribuição e entrou no Coliseum Stadium notavelmente debilitada. Restavam 400 metros para o fim do sacrifício.

Incentivada pelos aplausos dos torcedores e recomendada pela equipe médica a desistir, Gabrielle percorreu os 400 metros finais mais acompanhados da história do atletismo. A suíça tinha dificuldades em manter-se de pé. Gabrielle tinha o rosto transfigurado pelo excessivo esforço e o andar arrastado devido às fortes câimbras. Ignorando a todo momento os médicos que a acompanhavam de perto e pediam para que ela desistisse, a atleta completou a prova na 37ª e última posição, com o tempo de 2h:48min:42s. Apenas nos últimos 400 metros, a suíça levou cerca de sete minutos. Os últimos 100 metros levaram 5min e 44s para serem cruzados!

Após a recuperação, Gabrielle justificou seu esforço pelo fato de já estar com 39 anos, o que não daria a ela outra oportunidade de disputar uma Olimpíada e que queria honrar seu diploma de participação completando a prova.



Rememoro aqui este exemplo de perseverança e coragem a fim de nos inspirar no Reino de Deus, e nos fazer refletir.

"Você quer dizer que é melhor perder do que ganhar?"

Não. Eu quero dizer que o melhor é chegar.

Marcos Moraes, discípulo amado e pastor em Salvador, disse certa vez que a caminhada cristã não se parece com uma corrida de 100 metros rasos, cujo objetivo é largar bem e chegar o mais rápido que se possa. Mas, sim, que a vida cristã se assemelha muito mais a uma maratona, longa e desgastante, onde a preocupação maior não é a largada em si e a velocidade inicial, mas, sobretudo, a chegada.

É preciso regularidade e perseverança.

Um bom corredor sabe que numa maratona você precisa saber se guardar para o fim, poupando oxigênio e esforço para os instantes finais, quando a corrida se decide.

Mas mesmo aqueles que não a completam na frente acabam tendo motivos também de comemorar. Afinal, numa corrida de resistência, chegar, por si só, já é uma conquista.

Eu sempre admiro o ritmo frenético e empolgante de alguns “corredores” do Reino de Deus. Eles partem com tudo, e a todo o vapor vão ultrapassando uns e outros, vencendo obstáculos e barreiras de uma maneira tão rápida que chega a parecer fácil.

Outros, como eu, entretanto, são bem mais lentos. Diante de obstáculos, chegam a parar e, não raro, ao invés de saltarem-no, dão a volta. Mas seguem trotando, cadenciando seus movimentos de uma maneira quase monótona e enfadonha.

É óbvio que os velocistas nos fazem um bem muito maior que os maratonistas. É muito melhor assistir, por exemplo, a uma corrida dos 100 metros rasos (que hoje está sendo feita abaixo dos 10 segundos!) do que uma maratona... chata... cansativa... sem graça... e que dura loooongas 2 horas ou mais.

Carl Lewis é mais conhecido do mundo que Abebe Bikila, e Usain Bolt mal pode sair às ruas, enquanto Haile Gebrselassie deve viver sua vida tranquilamente.

No Reino de Deus o importante mesmo é chegar.

Pouco importa para mim se serei o primeiro ou o último. Em sendo o último, é claro que minhas pernas tremerão de medo por não ter sido ainda chamado e só restar um. Mas ouvindo meu nome... “Ah, Senhor!” Que alegria eu terei! Igual à daquele que adentrou primeiro os portais eternos.

É claro que tudo isto aí acima é especulação besta.

Mas o que quero realmente dizer é que precisamos perseverar. Precisamos insistir, teimar...

Ainda que seja para cruzar nossa “linha de chegada” como cruzou a do Coliseum Stadium a suíça Gabrielle Andersen-Scheiss: tortos, exauridos, doloridos, esgotados.

Acreditem: pouco ou nada disto importará depois.

Grande Gabrielle! Obrigado!

Sim, grande, porque não era a medalha que ela queria àquela altura. Seu prêmio maior era chegar, era honrar, como ela disse, “seu diploma de participação, completando a prova”. Mas se alguns ainda insistem que vencer é importante, Gabrielle venceu a si própria, a mais difícil das provas.

Segundo ela, o motivo de ter perseverado tanto foi que, aos 39 anos, não teria outra oportunidade de disputar uma olimpíada.

E olhe que ela o fez por um prêmio terreno e temporal. O que não faria pelo eterno?

Aliás, o que não faríamos pelo eterno — eu pergunto — nós que, como ela, sabemos que não teremos outra oportunidade?

Queridos amigos, o que eu mais quero é chegar!

Não estou preocupado se vou ter e qual será o tamanho do meu galardão.

Eu quero é cruzar, ainda que capengando, os portões do céu, porque sei que lá verei o Meu Senhor, sem dúvida alguma, o maior dos tesouros e das recompensas.

E para isto, não me faltam exemplos e testemunhos como os de Gabrielle.

“Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta...
(Hebreus 12:1)

Amém.

"MEU NOME É BOND... JAMES BOND"


Apor títulos no tratamento a pessoas investidas de autoridades notadamente reconhecidas é sinal evidente de respeito e reverência; hábito saudabilíssimo, inclusive.

Eu jamais me assustaria se fosse apresentado a alguém de quem se dissesse: “Este é o Desembargador Fulano de Tal”. Eu prontamente lhe diria: “Olá, Sr. Desembargador. Meu nome é Carlos”.

Mas soaria absolutamente prepotente da parte de alguém (qualquer pessoa) referir-se a si mesmo dessa maneira: Eu sou o Desembargador Fulano de Tal”. Ou não?

Bom, eu acho.

Mas, pra dizer a verdade, não vejo muito isto por aí, não.

A não ser, é claro, na Igreja.

Ora, veja só: por que, afinal, eu estaria falando sobre isto aqui, não fosse esse um assunto de interesse da Igreja, não é mesmo?

Se é que é.


Pois bem.

Impressiona-me deveras conhecer pessoas que fazem tanta questão de seus apostos que os vincula a seus próprios nomes.

“Eu sou o Pastor Sicrano.”

“E eu sou o Bispo Beltrano.”

“Ah, muito prazer!”

“O prazer é meu.”

Pensa-se que, com isto, conservam sobre si mesmos a reverência à autoridade que seus cargos lhes outorgam.

Mas uma autoridade só o é se for reconhecida; não reivindicada.

Tudo bem que lhes apresentem assim... Mas apresentar-se? Ah, tenha dó!

Ninguém merece mais ou menos respeito por ser pastor, bispo ou o escambau. Merece de qualquer jeito, sendo quem for. Mas se o requer, e o exige, é porque talvez não o mereça mesmo.

É este “querer” do respeito que depõe contra a maioria. O espírito do Evangelho de Cristo é outro, completamente diverso.

Lá consta que o pastor dá a vida por suas ovelhas, e quem dá a vida não requer qualquer coisa menor do que ela, né?!

Lá diz que quem quisesse ser primeiro é que deveria ser o último, e servir.

Lá está escrito que Jesus, a maior autoridade cristã nos céus e na terra, veio para servir e não para ser servido, e um garçom não pode querer outro tratamento senão mesmo este: “Garçom!” (pouco importando, inclusive, que nome ele tenha).

Mas como as posições estão invertidas hoje em dia, hã?

Hoje, padres, pastores, bispos, reverendos, apóstolos e profetas são aqueles que ocupam as posições de maior destaque eclesiástico, e morrem por elas.

Pior que isto só ver um ex-somente-pastor discursando nas tribunas do Planalto ou do Senado, e logo abaixo ler uma esdrúxula legenda emprestada da TV dizendo: “Deputado Bispo Sei Lá das Quantas”.

Como diria um colega de trabalho: “Me tirem o tubo!”

Aff...

A CAVERNA DE ADULAÇÃO*


Política, para mim, é tão entusiasmante (ou menos) quanto o livro de 10 frases da Juliana Góesimagine! Um livro inteiro de 10 frases! Fantástico, né não? E da Juliana Góes! Puxa! Mas... Quem é mesmo Juliana Góes? – e me causam tanta excitação quanto assistir um jogo amistoso da seleção paquistanesa de críquete contra o Zimbábue.

Assim mesmo, eu gostaria de falar um pouco sobre política hoje.

Por sorte, não dessa aí, de vereadores e prefeitos. Nem de qualquer outra, de presidentes, deputados, desembargadores, síndicos ou líderes de turma (isso ainda existe, gente?).

Mas de uma política cujos candidatos são muito mais íntimos nossos: nós mesmos


Afinal, somos todos políticos por natureza. Como disse Aristóteles certa vez: “O homem é um animal político”. Mas temos nos especializado nela nos últimos dias.

O termo política vem do grego antigo, πολιτεία (politéia), e diz respeito a todos os procedimentos relativos à cidade ou estado, e, por extensão, à vida em sociedade e em comum das pessoas (Thanks,
Wikipedia!)

É preceito básico da política, especialmente da boa política, o respeito aos direitos das pessoas como elemento imprescindível para uma boa convivência.

Nos tempos atuais, entenda-se por “direito” tudo, absolutamente tudo. Qualquer coisa. Dependerá apenas de quem o exige.

Política é sinônimo de bom relacionamento, portanto.

(sei que alguns pensaram em “vários outros sinônimos” para a palavra. Mas, convenhamos?, não seria politicamente correto falar deles aqui, não é?)

Só que em nome do bom relacionamento o homem tornou-se um ser bajulador, insincero, farsante, mentiroso, dissimulador e cara-de-pau.

Não há lugar para verdades e sinceridades nos nossos relacionamentos. A máxima do “eu quero saber a verdade; doa a quem doer” foi acrescida de “desde que não seja em mim”.

E é uma pena que esta realidade está longe de estar longe da Igreja.

O auto-proclamado povo de Deus não foge à regra, infelizmente.

Somos uma comunidade aduladora e permissiva, imperita e incapaz de posicionar-se firme contra mandos e desmandos sejam de quem for: tanto de líderes autoritários e mercenários como de ovelhas rebeldes e levianas, quanto do mundo mesmo e suas insinuações sensuais.

A Igreja assiste impassível, por (mau) exemplo, ao crescimento das políticas anti-família, abortistas e homossexuais, não só nos círculos sociais em que está inserida (ela, Igreja), mas – o que é pior – dentro de si própria, no mais forte exemplo da completa falta de identidade em que se encontra, negando suas origens e cuspindo na face de profetas que viveram e morreram pela causa do Evangelho puro de Cristo.

A Igreja escolheu ser política para ser aceita.

Pior ainda que a Igreja dos Três Poderes chinesa que, controlada pelo comunismo, vive impedida de ser quem ela ainda acredita inocentemente ser (Igreja), e acaba sendo nada menos que nada mesmo.

No caso chinês há ainda o (des)consolo de que a imposição é do Estado – o que não significaria absolutamente nada para um povo forjado à ferro e fogo, e cuja trajetória é molhada de sangue.

Mas deste lado do globo, é escolha voluntária, fruto do medo presumível ou de um desejo imundo de ser benquista apenas.

É claro que aqui, como na China, há um remanescente fiel, que se recusa solenemente a dobrar os joelhos diante dos ídolos abomináveis da sociedade em que vive (I Reis 19:18).

Mas é fato que a política ultrapassou os umbrais das portas eclesiásticas e hoje faz da Igreja uma vítima fatal de seus crimes hediondos, sem sequer sentir-se ameaçada por isto. Porque, entre tantas mazelas viscerais, a Igreja parece sofrer também da chamada “Síndrome de Estocolmo”: quando a vítima se apaixona pelo seu agressor.

E a paixão é louca; não vê defeitos.

Nesse mórbido romance, o final já conhecemos.

E queira Deus que o assistamos bem de longe.

*Nota: o título é uma clara alusão à Caverna de Adulão, no vale de Elah, cujo episódio é narrado em I Samuel 22:1.