DOIS JOVENS MORAVIANOS

Pintura romantizada mostrando uma pregação missionária dos moravianos para os índios americanos (Fonte: Picasa)

UMA HISTÓRIA DE AMOR A DEUS: Iniciado em Hernhut, Alemanha no século 18, o movimento de oração contínua (24 horas) chamado Moravianos durou por quase 100 anos, e eles não oravam por aquilo que não estavam dispostos a ser a resposta.

Dois jovens Moravianos, de 20 anos ouviram sobre uma ilha no Leste da Índia cujo dono era um Britânico agricultor e ateu, este tinha tomado das florestas da África mais de 2000 pessoas e feito delas seus escravos, essas pessoas iriam viver e morrer sem nunca ouvirem falar de Cristo.

Esses jovens fizeram contato com o dono da ilha e perguntaram se poderiam ir para lá como missionários; a resposta do dono foi imediata: " Nenhum pregador e nenhum clérico chegaria a essa ilha para falar sobre essa coisa sem sentido". Então eles voltaram a orar e fizeram uma nova proposta: "E se fossemos a sua ilha como seus escravos para sempre?", o homem disse que aceitaria, mas não pagaria nem mesmo o transporte deles. Então os jovens usaram o valor de sua própria venda para custear sua viagem.

No dia que estavam no porto se despedindo do grupo de oração e de suas familias o choro de todos era intenso, pois sabiam que nunca mais veriam aqueles irmãos tão queridos, quando o navio tomou certa distância eles dois se abraçaram e gritaram suas últimas palavras que foram ouvidas:

"QUE O CORDEIRO QUE FOI IMOLADO RECEBA A RECOMPENSA DO SEU SOFRIMENTO".

Estou convencido que não devo orar se não estou disposto a ser resposta pelo que estou orando. "... Deus é poderoso pra fazer muito mais.... de acordo com Seu poder que opera em nós" (Ef. 3:20)
Autor: Matheus
Fonte: Voltemos ao Evangelho

UNI-DUNI-TÊ... (Parte 2)

Foto: AFP

Rússia - 6h50 - "O Professor Vissarion", ou "O Jesus da Sibéria", como é chamado o ex-guarda de trânsito Sergei Totop, cumprimenta seguidores na vila de Petropavlovka. Para milhares de seguidores, "Vissarion" é a reencarnação de Jesus Cristo, mais de 2 mil anos depois da sua morte.

(Fonte: Terra)


Nota do EdV:

Ih,
tem gente que não vai gostar nada disso...

"É QUE NARCISO ACHA FEIO O QUE NÃO É ESPELHO"

Narciso, por Caravaggio

Ao afirmar que o Reino de Deus não vem com visível aparência, Jesus nos ofereceu mais uma de suas importantes descrições dos valores eternos.

E a definição é preocupante.

Isto porque não é confortável pensar que podemos julgar alguém equivocadamente.

Mas muito pior mesmo é pensar que esse alguém pode ser ninguém menos do que... Nós.

Ou seja, não é só o outro que pode não ser o que parece — como gostamos disso, não? — nós também podemos achar que somos o que, de fato, não somos.

Afinal, a maneira como tratamos o tema “aparência” entre nós origina-se de nossos próprios valores, ou nossa própria aparência também.

(ah, e parecemos ser tão coerentes, não?)

Nós nos julgamos ser, porque parecemos ser; e o outro não é, porque não se parece com o que nós parecemos ser.


Essa foi também a maior dificuldade de fariseus e saduceus com Jesus.

Jesus não se parecia em nada com o estilo religioso de ser da época. Sua imagem distava milhares de jornadas de um sábado daquela aparência solene que as autoridades sacrossantas traziam de si próprias.

Por isto, Ele era freqüentemente chamado de diabo, e até hoje é considerado apenas um subversivo por alguns círculos.

É um caso claro de alguém julgado por visível aparência, mas...

Não é de se estranhar que alguns dos comportamentos sociais de Jesus seriam tidos por infames se fossem praticados por qualquer dito cristão entre nós, os que dizemos segui-Lo?

Atribuímos à nossa atitude o caráter de zelo, mas será que Jesus não era zeloso de princípios e ensinos concernentes à santidade?

Alguns argumentam que Ele é que podia ser assim, já que era santo; mas nós não, porque fatalmente incorreríamos em erro e cairíamos vencidos, haja vista a inclinação natural que temos para o pecado já.

E novamente parecemos ser tão coerentes.

Mas com isto negamos outra verdade: a de que somos santos também, como a Bíblia mesmo nos diz (I Pedro 2:9).

Afinal, Jesus fazia o que fazia por ser santo, ou era santo porque fazia o que fazia?

Outro dia lancei uma enquete aqui parecida com a pergunta acima e todos responderam bem.

Ora, gente, Jesus era santo. O que Ele fazia não negaria isto, mesmo que parecesse negar.

E se alguém não é santo, não o é; ponto. Nada que ele faça, ainda que com aspecto de santidade, mudará isto também, obviamente.

A grande questão aí, em minha opinião, é que talvez a aparência seja mesmo a coisa mais importante que temos na vida.

Morreríamos para salvar a imagem que as pessoas fazem de nós. Isto já é muito comum no mundo em que vivemos, fomentado pela indústria do entretenimento, mas não é menos influente no meio eclesiástico, embora não se admita facilmente.

E é possível que seja até pior, porque, em tese, estamos rodeados de gente cuja índole seja supostamente respeitável. A imagem que essas pessoas têm de nós torna-se um prêmio e tanto, o qual queremos merecer e, naturalmente, não desejamos decepcioná-las. Mesmo que já sabidamente as decepcionemos tanto.

Assim, o recurso que sobra é esconder nossos demônios mais íntimos, sob pena de perder prestígio entre nossos queridos, caso os exorcizássemos, o que implicaria em manifestá-los primeiro.

O resultado é nada mais que teatro.

Uma espécie barata de teatro sem arte: gente se fazendo passar por gente que se parece ser. E a comunidade de gente assim estará mais próxima de uma pantomima mal ensaiada, onde caras e bocas, gestos e trejeitos têm muito mais importância, do que de um culto racional de gente sincera e sem medo.

***

Em 1978, Caetano Veloso lançou, pela saudosa Polygram, o LP (os mais novos, que não sabem o que é, podem
clicar aqui) “Muito (Dentro da Estrela Azulada)”, cujo maior sucesso foi a música “Sampa”, onde se diz:

“Quando eu te encarei frente a frente e não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho...”


Segundo a Mitologia Grega, Narciso era o filho do deus-rio Céfiso com a ninfa Liríope, e era um jovem de raríssima beleza. Após o seu nascimento, Tirésias, um velho e cego profeta, teria dito que Narciso viveria longamente sobre a terra, desde que jamais contemplasse o reflexo do próprio rosto.

Tendo crescido orgulhoso e insensível, Narciso rejeitara repetidas vezes os amores, cobiçosos ou invejosos, de quem se achegasse a ele. Entre tantas mulheres que se enamoraram, houve uma bela ninfa chamada Eco (belo nome!), que, outrora, havendo traído a própria mãe, Hera, fora condenada a viver sem se comunicar com ninguém, senão repetir as últimas palavras que ouvisse.

Eco apaixonara-se loucamente por Narciso, mas este se manteve indiferente a mais este amor, ignorando-a friamente, o que levou Eco a isolar-se de tudo e todos, e definhar, morrendo.

Possuídas de ódio, as demais ninfas imploraram a Nêmesis (deusa da justiça) que vingasse a pobre Eco, e Narciso fora então condenado a amar um amor impossível.

Quando, certa vez, voltava de uma caça, Narciso curvou-se, sedento, às margens da fonte da cidade de Tépsias, apaixonando-se perdidamente por sua própria imagem, a qual jamais vira, e sequer sabia ser sua.

De tal maneira se apaixonou que jamais dali saiu... E morreu.

***

O mito de Narciso é um alerta à igreja — adenominacional — de nossos dias, que acha feio tudo o que não é espelho, e que não se pareça com ela própria.

Porque, mais cedo ou mais tarde, este espelho a matará!

VÃS REPETIÇÕES



DEUS NÃO EXISTE*

*Por Filipe Garcia


Deus não existe. Ele é Ele mesmo pra além de toda essência e existência. Portanto, argüir acerca da existência de Deus é o mesmo que negá-lo. Deus não existe. Ele é. Eu existo, você existe, mas não Deus. Pois existir não é algo que seja pertinente ao que É. Existir é o que se deriva do que sendo, É de si e por si mesmo. Deus não existe. O que existe tem começo. Deus nunca começou. Deus nunca surgiu. Nunca houve algo dentro do que Deus tenha aparecido.

Deus não existe. Se Deus existisse, Ele não seria Deus, mas apenas um ser na existência. Se Deus existisse, Ele teria que ter aparecido dentro de algo, de alguma coisa, e, portanto, essa coisa dentro da qual Deus teria surgido, seria a Coisa-Deus de deus. Existem apenas as coisas que antes não existiam. Existir surge da não existência. Deus, porém, nunca existiu, pois Ele é.

Sim, dizer que Deus existe no sentido de que Ele é alguém a ser afirmado como existente, é a própria negação de Deus. Pois, se alguém diz que Deus existe, por tal afirmação, afirma Deus, e, por tal razão, o nega; posto que Deus não tem que ser afirmado, mas apenas crido. Deus é, e, portanto, não existe. Existe o Cosmos. Existem as galáxias. Existem todos os entes energéticos. Existem anjos. Existem animais e toda sorte de vida e animal vivente. Existem vegetais, peixes e organismos de toda sorte. Existem as partículas atômicas e as subatômicas. Existe o homem. Etc. Mas Deus não existe. Posto que se Deus existisse dentro da Existência, Ele seria parte dela, e não o Seu Criador.

Um Criador que existisse em Algo, seria apenas um engenheiro Universal e um mestre de obras cósmico. Nada, além disso. Com muito poder. Porém, nada além de um Zeus Maior. Assim, quando se diz que Deus está morto, não se diz blasfêmia quando se o diz com a consciência acima expressa por mim; pois, nesse caso, quem morreu não foi Deus, mas o “Deus existente” criado pelos homens. Tal Deus morreu como conceito. Entretanto, tal Deus nunca morreu De Fato, pois, como fato, nunca existiu — exceto na mente de seus criadores.

Assim, o exercício teológico, seja ele qual for, quando tenta estudar Deus e explicar Deus, tratando-o como existente, o nega; posto que diz que Deus existe, fazendo Dele um algo, um ente, uma criatura de nada e nem ninguém, mas que também veio a existir dentro de Algo que pré-existia a Ele, e, portanto, trata-se de Algo - Deus sobre o tal Deus que existe. A Escritura não oferece argumentos acerca da existência de Deus. Jesus tampouco tentou qualquer coisa do gênero. Tanto Jesus quanto a Escritura apenas afirmam a fé em Deus, e tal afirmação é do homem e para o homem — não para Deus —; pois se fosse para Deus, o homem seria o Deus de Deus, posto a existência de Deus dependeria da afirmação e do reconhecimento humano. Tal Deus nem é e nem existe; exceto na mente de seus criadores.

Deus não existe. O que existe pertence ao mundo das coisas que existem ou não existem. Deus, porém, não pertence a nada, e, em relação a Ele, nada é relação. Defender a existência de Deus, como eu mesmo já fiz, é ridículo. Sim, tal defesa apenas põe Deus entre os objetos de estudo. Por isto, dizer: “Deus existe e eu provo” — é não só estupidez e arrogância; mas é, sem que se o queira, parte da profissão de fé que nega Deus; pois se tal Deus existe, e alguém prova isto, aquele que apresenta a prova, faz a si mesmo alguém de quem Deus depende pra existir... e ou ser.

O que “existe”, pertence à categoria das coisas que são porque estão. Deus, porém, não está; posto que Ele É. Ser e estar não são a mesma coisa, como o são na língua inglesa. O que existe pertence ao que é apenas porque está. Deus, entretanto, não está porque Ele É.

“E quem direi que me enviou?” — perguntou Moisés. “Dize-lhes: Eu sou me enviou a vós outros!” — disse Deus.

Desse modo, Deus não diz “Eu Estou”, mas sim “Eu Sou”. Ora, um Deus que está, não é, mas passou a ser. Porém o Deus que É, mas não está; não pertence ao mundo das coisas verificáveis; posto que Aquele que É, não está; pois se estivesse, seria —, mas não Seria Aquele de Quem procedem todas as existências, sendo Ele apenas um ele, e não Ele; e, por tal razão, fazendo parte das coisas que existem — mas sem poder dizer Eu Sou!

Jesus também falou da sutileza do ser em relação ao estar. Quando indagado acerca da ressurreição pelos saduceus (que não criam em nada que não fosse tangível), Ele respondeu: “Não lestes o que está escrito? Eu sou o Deus de Abraão, eu sou o Deus de Isaque, eu sou o Deus de Jacó. Portanto, Ele é Deus de vivos, e não de mortos; pois para Ele todos vivem”. Assim, os que vivem para sempre são os que são em Deus, e não os que estão existindo. A vida eterna não é existir pra sempre, mas ser em Deus.

Assim, para viver eternamente eu tenho que entrar na dissolvência da existência, a fim de poder mergulhar naquilo que está pra além do que existe; posto que É. A morte pertence à existência. A vida, porém, se vincula ao que não existe, pois, de fato É. O que existe carrega vida, mas não é vida. A vida, paradoxalmente, não pertence ao que é existente, mas sim ao que É.

Quando falo de vida, refiro-me não às cadeias de natureza biológica que constituem a vida dentro da existência. Mas, ao contrario, ao falar em vida, refiro-me ao que é para além da existência constatável. Portanto, Paul Tillich tem razão quando diz: “God does not exist. He is being itself beyond essence and existence. Therefore to argue that God exists is to deny him”.

Ora, usando uma gíria de hoje, eu diria: os ateus tem razão quando dizem: “Deus não existe!” — pois é isto que hoje se diz quando algo está pra além da existência: “Meu Deus! Esse cara não existe!”. Assim é com Deus: Não existe! Pois é demais!

Nota do EdV:

Filipe Garcia é um jovem de mente inquieta e brilhante que assina o blog Hiperatividade Cerebral, um dos meus favoritos, ainda que ele apareça por lá bem menos do que eu gostaria.

Ele, gentilmente, autorizou a reprodução do maravilhoso texto acima aqui no EdV.

"Thank you, Filipe!"

A NATUREZA DE DEUS


“Era uma vez uma idosa que costumava meditar às margens do Ganges. Certa manhã, ao encerrar sua meditação, ela avistou um escorpião flutuando indefeso na forte correnteza. À medida que era arrastado para mais perto, prendeu-se nas raízes que se ramificavam para dentro do rio. O escorpião lutava freneticamente para se libertar, mas cada vez ficava mais emaranhado. Imediatamente a senhora aproximou-se do escorpião que se afogava e este, assim que ela o tocou, cravou-lhe seu ferrão.

A mulher afastou a mão, mas, após ter recobrado o equilíbrio, tentou de novo salvar a criatura. Todas as vezes que ela tentava, porém, o ferrão na cauda do animal a atingia com tamanha gravidade que suas mãos sangravam e seu rosto distorcia-se de dor.

Um transeunte, que via a idosa lutando com o escorpião, gritou para ela:

— Qual o seu problema, sua tola? Quer se matar tentando salvar essa coisa feia?

Olhando nos olhos do estranho, ela retrucou:

— Só porque é da natureza do escorpião ferroar, por que eu deveria negar minha própria natureza de salvá-lo?”

(JOAN CHITTISTER, freira beneditina, descrevendo o altruísmo humano)

Fonte: Adrenaline


Nota do EdV:

Tomo a liberdade de fazer minhas as palavras da freira, porém atribuí-las, sobretudo, à pessoa de Deus aqui.

Ainda que seja da natureza humana o rebelar-se de Deus, muitos, inclusive, negando-O, Ele segue a Sua, e insiste em salvar-nos.

“Graças, Senhor!”

AVE, MARIA!

Clique para ampliar

Eis abaixo, o que está escrito naquelas letrinhas minúsculas ali, à direita do folder:

“Impressionante e comovente... Assim é o testemunho do Missionário Sidinehwoster Veiga.

No passado, Ele foi um Pastor Evangélico pentecostal... Viveu uma vida de completa aversão à fé Católica, mas Deus o escolheu e se manifestou a Ele de maneira extraordinária, e por intervenção de Nossa Senhora, sua vida Foi totalmente transformada pelo poder de Deus.

Foi diante de Jesus Eucarístico que Ele caiu prostrado, semelhante a Saulo no caminho de Damasco... Mas Deus o levantou como Paulo! De perseguidor da Igreja, Deus o constituiu um grande Missionário, que hoje, tem viajado todo o Brasil, pregando o sim de Maria e proclamando, que Jesus sempre esteve vivo com poder e grande glória, na Igreja Católica Apostólica Romana.

(Não se trata de falar mal das outras denominações religiosas, mas sim, de anunciar as maravilhas que nosso Deus tem realizado entre nós).

‘Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou, tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam.’ (I Cor 2,9)

Venha experimentar as maravilhas do senhor e a sua vida nunca mais será a mesma!”

Escrevi exatamente como está impresso lá, ou seja, o “Ele” ali, refere-se mesmo ao missionário e está sempre com letra maiúscula – bem como os termos “missionário” e “pastor evangélico” – (o que eu acredito ser apenas um erro editorial, claro!).

Detalhe para a ressalva, feita entre parêntesis e em itálico, e para a chamada final, bem conhecida da maioria de nós.

Diante disso, eu pergunto...

E agora? O que é que os evangélicos vão fazer, já que parece que sensacionalismo e espetaculosidade não são mais exclusividade apenas deles?

Será o fim?

“Alfred, me ligue com o pessoal do marketing... Já!”

PERGUNTAR NÃO OFENDE


Quer dizer que são exatamente os ateus, os agnósticos, os céticos, os humanistas laicos (ou seculares), os simpatizantes do livre pensamento ou os meramente racionalistas e materialistas em geral que julgam ter a mais correta definição sobre... Deus?

Mas que Deus, meu Deus???????

Afff...

A ORAÇÃO DOS ATEUS


“Obrigado deus da improbabilidade feliz, pelo oxigênio responder por 21% da atmosfera, pois se fosse 25%, poderia haver incêndios espontâneos; se fosse de 15%, os seres humanos ficariam sufocados.

Obrigado deus da sorte, pela transparência da atmosfera, pois se fosse menos transparente, não haveria radiação solar suficiente sobre a superfície da terra, se fosse mais transparente, seríamos bombardeados com muito mais radiação solar aqui embaixo.

Obrigado deus do acaso, pela composição da atmosfera, com seus níveis precisos de nitrogênio, oxigênio, dióxido de carbono e ozônio, que me permitem viver.

Obrigado deus do caos, pela interação gravitacional que a terra tem com a lua. Se essa interação fosse maior do que é atualmente, os efeitos sobre as marés dos oceanos, sobre a atmosfera e sobre o tempo de rotação seriam bastante severos. Se fosse menos, as mudanças orbitais provocariam instabilidades no clima. Em qualquer das situações, a vida na terra seria impossível.

Obrigado deus da sorte pelo nível de CO2 atual, pois se fosse mais alto, teríamos o desenvolvimento de um enorme efeito estufa (todos nós seriamos queimados). Se o nível fosse menor, as plantas não seriam capazes de manter uma fotossíntese eficiente (todos nós ficaríamos sufocados, já que teria menos oxigênio produzido pelas plantas).

Obrigado deus da improbabilidade feliz, pelo valor da gravidade, pois se ela fosse alterada em 0,0000000000000000000000000000001 por cento, o nosso sol não existiria e, portanto, nós também não... Além do quê, a lua se lançaria contra a terra ou se perderia no espaço, sem contar que qualquer aumento na gravidade, as estrelas seriam bem maiores do que o nosso sol, fazendo com que o sol queimasse de forma inconstante demais para sustentar a vida. Se esta tivesse sido ligeiramente mais fraca no momento da formação do Universo, as nuvens primitivas de hidrogênio jamais poderiam ter-se condensado para atingir o patamar crítico da fusão nuclear, e assim as estrelas jamais se teriam acendido. Se fosse mais forte, teria conduzido a um verdadeiro "disparo" de reações nucleares; e as estrelas se teriam incendiado furiosamente, para morrer rapidamente, e a vida não teria tido tempo de se desenvolver.

Obrigado deus da sorte, pela distância média entre as estrelas de nossa galáxia ser de 48 milhões de quilômetros, pois se fosse alterada apenas ligeiramente, as órbitas ficariam errantes, e haveria variações extremas de temperatura na terra.

Obrigado deus do caos, pela força centrífuga do movimento planetário equilibrar precisamente as forças gravitacionais, pois se não fosse assim nada poderia ser mantido numa órbita ao redor do sol.

Obrigado deus do acaso, pela taxa com que o universo se expandiu, pois se fosse um milionésimo mais lento, a expansão teria parado, e o universo desabaria sobre si mesmo antes de qualquer estrela pudesse ser transformada. Se tivesse expandido mais rapidamente, então as galáxias não teriam sido formadas. Se qualquer desvio nas taxas de expansão do Universo em seu início fosse da ordem de 10 elevado a -40, a matéria inicial se teria dispersado no vácuo, o Universo não poderia ter dado origem às galáxias, às estrelas e à vida.

Obrigado deus das improbabilidades felizes, por qualquer uma das leis da Física poder ser descrita como uma função da velocidade da luz (agora definida em 299.792.458 m/s), e por ela ser constante, pois mesmo uma pequena variação na velocidade da luz alteraria as outras constantes e impediria a possibilidade de vida no planeta.

Obrigado deus da sorte, pelos níveis de vapor d'água na atmosfera, pois se fossem maiores do que são agora, um efeito estufa descontrolado faria as temperaturas subirem níveis muito altos para a vida humana; se fossem menores, um efeito estufa insuficiente faria a terra ficar fria demais para a existência de vida humana.

Obrigado deus das improbabilidades felizes, por colocar Júpiter onde está, pois se não estivesse em sua rota atual, a terra seria bombardeada com material espacial, já que o campo gravitacional de Júpiter age como um aspirador de pó cósmico, atraindo asteróides e cometas que, de outra maneira atingiriam a terra.

Obrigado deus do caos, pela espessura da crosta terrestre, pois se fosse maior, seria necessário transferir muito mais oxigênio para a crosta para permitir a existência de vida. Se fosse mais fina, as atividades vulcânicas e tectônicas tornariam a vida impossível.

Obrigado deus das improbabilidades felizes, pela rotação da terra não durar mais que 24 horas, pois se durasse mais, as diferenças de temperatura seriam grandes demais entre a noite e o dia. Se o período de rotação fosse menos, a velocidade dos ventos atmosféricos seria grande demais.

Obrigado deus da sorte, pela taxa de descarga de 23 graus do eixo da terra ser exata. Se essa inclinação se alterasse levemente, a variação da temperatura da terra seria muito extrema.

Obrigado deus do caos, pela atual taxa de descarga atmosférica (raios), pois se fosse maior, haveria muita destruição pelo fogo, se fosse menor, haveria pouco nitrogênio se fixando no solo.

Obrigado deus do acaso, pelas baixas atividades sísmicas, pois se fossem mais altas, muito mais vidas seriam perdidas; se houvessem menos, os nutrientes do piso do oceano e do leito dos rios não seriam reciclados de volta para os continentes por meio da sublevação tectônica.

Obrigado deus da sorte, pelo surgimento das estrelas, necessárias para a formação dos planetas, necessários para a vida, já que as chances de não surgirem eram do número 1 seguido de pelo menos mil bilhões de bilhões de zeros.

Obrigado deus das improbabilidades felizes, pela gravidade ser cerca de 1040 vezes mais fraca que a força eletromagnética. Se a gravidade fosse 1033 vezes mais fraca, as estrelas teriam um bilhão de vezes menos massa e queimariam um milhão de vezes mais rápido.

Obrigado deus do caos, pela energia nuclear fraca ter 1028 vezes a força da gravidade, pois se a energia nuclear fraca fosse levemente mais baixa, todo o hidrogênio no universo se teria transformado em hélio, impossibilitando a existência de água, por exemplo.

Obrigado deus do acaso, pela energia nuclear forte ter o valor que tem, pois se fosse 2% maior, teria impedido a formação dos prótons, produzindo um universo sem átomos. Decrescendo seu valor em 5%, teríamos um universo sem estrelas.

Obrigado deus sorte, pela diferença em massa entre um próton e um nêutron ser o exatamente a que é - cerca de duas vezes a massa de um elétron, pois senão todos os nêutrons se transformariam em prótons e vice-versa. E diríamos "adeus" à Química como a conhecemos, e à vida.

Obrigado deus das improbabilidades felizes, pela natureza da água - tão vital para a vida, única entre as moléculas, por ser mais leve em estado sólido que em estado líquido: o gelo flutua. Se isso não acontecesse, os oceanos congelariam de baixo para cima e a Terra, agora, estaria coberta de gelo sólido. Por sua vez, essa propriedade pode ser atribuída a propriedades exclusivas do átomo de hidrogênio.

Obrigado deus do caos, pela síntese do carbono - o núcleo vital de todas as moléculas orgânicas - em uma escala de importância, envolve aquilo que os cientistas denominam uma 'estarrecedora' coincidência na proporção da energia forte (strong force) para o eletromagnetismo. Essa proporção permite ao Carbono 12 atingir um estado estimulado de exatidão da ordem de 7,65 MeV na temperatura típica do centro das estrelas, o que cria uma ressonância que envolve o Hélio 4, o Berilo 8 e o Carbono 12, possibilitando a ligação necessária que ocorre durante uma janela diminuta de oportunidade, que dura 10E-17 segundos.

Obrigado deus do acaso, pelos valores que tem as constantes cosmológicas, tais como constante de gravitação, da velocidade da luz, do zero absoluto, da constante de Planck, etc., pois, se uma só dessas constantes tivesse sido minimamente modificada, então o Universo — ao menos, tal como o conhecemos — não poderia ter aparecido, e nem eu.

Obrigado deus das improbabilidades, felizes pelo valor da densidade inicial do Universo, pois se essa densidade se tivesse afastado minimamente do valor crítico que era o seu desde 10 (elevado a -35) segundo após o Big Bang, o Universo não poderia ter-se constituído... Nem eu.

Obrigado deus da sorte, pela a intensidade da força nuclear que garante coesão nos núcleos atômicos, pois se a aumentássemos apenas 1%, suprimiríamos qualquer possibilidade de que os núcleos de hidrogênio permanecessem livres; eles se combinariam com outros prótons e nêutrons para formar núcleos pesados. Não existindo mais o hidrogênio, este não poderia mais combinar-se com os átomos de oxigênio para produzir água, indispensável ao nascimento da vida. Ao contrário, se diminuíssemos ligeiramente essa força nuclear, então a fusão dos núcleos de hidrogênio se tornaria impossível. Sem fusão nuclear, não haveria mais qualquer possibilidade de existirem sóis, fontes de energia, ou vida.

Obrigado deus do caos, pelos parâmetros da força eletromagnética, pois se a aumentássemos muito ligeiramente, reforçaríamos a ligação entre o elétron e o núcleo; as reações químicas, que resultam da transferência de elétrons para outros átomos não seriam mais possíveis, muitos elementos não poderiam formar-se, e num tal Universo as moléculas de ADN não teriam tido qualquer chance de aparecer.

Reconheço humildemente minha insignificância sobre esses números, e sei que há muitos outros ainda a que deveria agradecer.

AMÉM!”

(Fonte: http://adrenaline.com.br/forum/papo-cabeca/192944-coletanea-de-frases-textos-teistas-apologeticos-4.html

Nota do EdV:

Na boa, gente...

Muitas das nossas orações não chegam à metade dessa, né não?

p.s.: Vi no blog do meu amigo Eduardo Pooter!

p.p.s.: Essa oração é, por si só, um louvor e tanto a Deus, hã?


A EDUCAÇÃO DE NOSSOS FILHOS

"E SE DEUS NÃO ME ESCOLHEU?"



É comum ouvirmos as pessoas dizerem que Deus tem um propósito para vida de cada pessoa. Muitos crentes em Jesus também concordam com essa afirmação. Por um lado, ela está correta; por outro, absolutamente errada.

De correto está o fato de que Deus realmente tem um propósito.

De errado está que quando se diz que há um propósito para cada pessoa, não se trata de um propósito diferente para cada pessoa diferente. Não! Mas, sim, que há UM PRÓPOSITO, um único, para todas as pessoas, sejam elas quem forem e quão diferentes forem.

O propósito de Deus não depende nem está condicionado às pessoas, variando de uma para outra; mas depende e está condicionado a Deus e à Sua vontade, que são imutáveis, perenes e perfeitos.

Corrigindo nossa maneira de pensar, não corremos o risco de ficar perambulando por aí, pelas “regiões espirituais”, em busca de uma revelação divina, de uma visão sobrenatural sobre qual seria o propósito de Deus para nossas vidas (e facilmente enredarmo-nos com as sutilezas do erro, sejam elas propostas pelo diabo – algumas vezes – ou pelos lobos-mercenários que se disfarçam de ovelhas e de pastores entre nós).

Não é preciso. O propósito de Deus já nos foi revelado, claramente, em Suas Sagradas Escrituras, e está absolutamente acessível a quem o queira conhecer.

Entretanto, essa clareza é, muitas vezes, opacificada, turvada por um conhecimento meia-boca, estimulado em muito por uma injustificável preguiça espiritual nossa ou certa indisposição com temas aparentemente polêmicos (mais por medo de ver ruir nossa religião confortável do que por nosso alegado zelo doutrinário).

E o tema polêmico, neste caso, é...

Existe predestinação?

Se me perguntam eu digo sempre: “Não, e sim!”.

Não, porque a pergunta é motivada por um conceito exclusivista de predestinação, ou seja, Deus escolhe uns e exclui outros, previamente, o que torna irrelevante o que este ou aquele faça, pois, no fim, vai dar no mesmo: céu ou inferno, dependendo do que Deus já lhes tenha reservado antes da fundação do mundo.

Esse pensamento não combina com a graça manifesta de Deus em Jesus, e é, EM MINHA OPINIÃO, notadamente anti-bíblico mesmo.

E sim, porque, de fato, existe predestinação, mas esta não é outra senão o estabelecimento prévio daquilo que se espera ser feito de, em e por cada indivíduo criado por Deus.

A definição não é nova, mas nossa obstinação em compreender o contrário faz até parecer que é.

Predestinar nada mais é do que PRÉ + DESTINAR, ou seja, dar um fim antes. Sendo assim, todos nós viemos aqui para um fim específico, já traçado por Deus e que será – pasmem! – a medida aferidora de nossa peregrinação aqui: ou para a vida eterna ou para a destruição eterna.

Tal como qualquer coisa criada mesmo.

Uma TV, por exemplo, serve para um objetivo específico, qual seja, entreter as pessoas, em linhas gerais. Se não atende a este fim, não serve. Pode ser usada para qualquer outra coisa, mas como TV é um fracasso, uma lástima, uma completa inutilidade.

Assim, somos nozes :)

Se não formos aquilo para o que fomos feitos para ser, seremos inúteis para o propósito de Deus.

Sim, o propósito de Deus e a nossa predestinação são literalmente a mesma coisa.

Aquilo que para Deus é um propósito, para nós é uma vocação.

Fomos vocacionados para isso.

Dessa maneira, então, a predestinação é inclusiva, não exclusiva.

E qual é o propósito eterno de Deus, afinal?

Embora a Bíblia esteja repleta de indicações a ele, a mais clara referência que encontramos acerca do propósito de Deus nas Escrituras está em Romanos 8:29:


“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu PROPÓSITO. Porquanto aos que de ANTEMÃO conheceu, também os PREDESTINOU para serem CONFORMES A IMAGEM DE SEU FILHO, a fim de que Ele seja o Primogênito entre muitos irmãos”.
(Romanos 8:29, e grifos do blog)


Deus tem um propósito eterno para nós (ou alguém duvida de que isto “começou” em algum “momento” lá na eternidade?): o de que sejamos à imagem e semelhança de Seu Filho, Jesus.

Isto é assim para mim, para você e para qualquer um.

Mas, como a TV estragada, se não atendemos a este fim, não prestamos.

Ser cristão é, portanto, infinitamente mais do que uma declaração de fé (Deus não se ilude com isto).

É a imitação de Cristo.

AMÉM.