AVISO AOS NAVEGANTES!




Ser um blogueiro cristão é mesmo ótimo, não?

Ok, tem lá os seus percalços... Mas onde não tem, não é mesmo?

Aqui, na blogosfera, pelo menos, é por uma causa.

Uma grande causa!

Pois bem.


Você liga o seu computador (muitos de última geração!), e, dependendo da velocidade da sua conexão, segundos depois você está navegando pelo universo virtual da Internet, informando-se, entretendo-se e, no caso aqui, compartilhando suas experiências, sua compreensão das Escrituras, suas cargas, seus corações...

E ainda podemos, não raro, discutir idéias, opiniões, apresentar argumentos, a favor ou contra.

Ah, quanta liberdade! Como é bom isto!

Acredito ainda que, como eu, vocês também têm a esperança – por que não? – de que vidas se arrependam de seus pecados, se convertam ao Senhor e vivam integralmente para Ele. Mesmo que jamais saibamos disto, senão lá, na glória eterna do Senhor. E é melhor mesmo que seja assim.

É um sentimento nobre, nobilíssimo, sem dúvida!

E, afinal, quem sabe não esteja acontecendo exatamente isto mesmo por aí, enquanto escrevemos aqui, hã?

É, talvez...

Porque em alguns casos o que acontece é exatamente o contrário do que pretendemos ou imaginamos.

O que quero dizer com isto?

Bem, veja você mesmo o que aconteceu a dois de nossos irmãos, blogueiros e novos convertidos, no Irã, segundo notícia divulgada hoje no site da Missão Portas Abertas:




Vale, portanto, uma pequena correção na frase inicial do meu texto.

Ser um blogueiro cristão em alguns lugares do mundo é mesmo ótimo, não?

Aproveite! Curta enquanto pode!

E faça valer a pena!

Orando, inclusive, por quem, neste momento, com as mesmas intenções que nós - e nem de longe piores do que nós - estão sendo privados disto.

E que isto seja tudo o que lhes tirem. Jamais a fé, jamais a vida!

Aliás, esta eles jamais poderão tirar deles mesmo (Jo.11:25)! Aleluia!

“Dê-lhes força, Senhor!”

Amém!

A NOVA ENQUETE


E uma nova enquete já está no ar!

A partir de agora, inclusive, tentarei fazer com que elas (e assim vocês) interajam também com o blog, expressando um pouco da opinião das pessoas que passam por aqui, naqueles assuntos que me proponho a escrever.

Para começar, o EdV pergunta:

Nós pecamos porque somos pecadores, ou somos pecadores porque pecamos?


O que você acha?

Vote aí ao lado.

Em breve postarei minha opinião.

A VELHA ENQUETE


Pois bem, chegamos ao final de nossa primeira enquete.

E foi só dizer que eu tinha 05 leitores e meus amigos, compadecidos e solidários, trataram de fazer um pequeno lobby.

Assim, o blog atingiu, neste último mês, a “incrível” marca de 13 leitores, um recorde absoluto de audiência por aqui.

Essas mesmas 13 almas caridosas opinaram quanto ao novo layout do blog. Vamos ao resultado:

46% (é um número bem mais interessante do que dizer apenas 06, não é?) acharam o layout lindo, provavelmente mentindo um pouco também;

15% (ou 02 leitores) acham a turma aí de cima bem exagerada, e consideraram o layout do blog apenas bom;

Outros 7% (leia-se 01... Sim, 01 pobre alma!) “acharam” o blog no máximo bonitinho (que é um feio arrumadinho, como se sabe);

Enquanto 30% dos meus leitores (um número considerável de 04 pessoas) ou estavam zoando comigo ou são mais “toupeiras” do que eu, e sequer sabem o que é um layout.

Bom, pelo menos, todos sabiam o que é um blog, e ninguém chegou ao ponto de achá-lo horrível.

Se você for um leitor perspicaz, verá que a soma numérica acima está correta, mas a soma percentual não, e estão faltando 2%.

Espero que além de perspicaz você seja educado, e não me pergunte o por quê, pois eu não sei!

Mas levando em consideração esses dados (incertos), não devo tentar melhorar nada por aqui por enquanto então.

Se você fica triste com isto, mas não votou, o problema é seu! Hehehehe...

E obrigado a todos!

A LEI DA SEMEADURA




Eis aqui meu texto sobre os últimos dois posts aqui do blog.

A vida da Igreja primitiva é por demais encantadora para ser tão desinteressante em nossos dias, e isto, eu digo, muito além do que ser ela apenas uma mera disciplina acadêmico-teológica.

Eu gostaria de cooperar para que não fosse.

Nós lemos testemunhos como os abaixo (clique aqui e aqui) e suspiramos, pensando: “Ah, que vontade que dá!”. Mas estamos tão indispostos a fazer algo para mudar o quadro em que nos encontramos, que tal suspiro é só vácuo. Senão vejamos:

Uma das leis criacionais existentes é a Lei da Semeadura.


Por lei criacional entenda-se, em linhas gerais, toda lei que existe desde que existe a criação, só acabará com ela, independe de fé e é universal.

A melhor referência bíblica à Lei Criacional da Semeadura está em Gálatas 6:7:


“... aquilo que o homem semear, isto também ceifará.”


Há, neste texto, uma implicação muito mais séria e fatal, claro!, que é a do pecado mesmo. Ou seja, se o homem semear na carne, da carne colherá corrupção; se semear no espírito, deste colherá vida eterna (vs.8). Porém faço uso dele aqui de maneira um pouco mais ampla, sem, no entanto, descaracterizá-lo.

Em minhas próprias palavras (pra que ninguém me acuse de usar um texto fora do contexto), o que a lei da semeadura dirá sempre é “semente de mamão dá mamão”.

Em qualquer tempo, em qualquer lugar.

Se chegar a produzir, vai ser mamão.

Ora, como sabemos, a Igreja primitiva é, por assim dizer, fruto da semeadura de Jesus, afinal, Ele ainda estava por ali, presente, “fisicamente” (ou nem tanto!), no primeiro capítulo do livro de Atos dos Apóstolos.

Pouco tempo antes, Ele mesmo, Jesus, havia dito aos discípulos que
“... da maneira como eu vos fiz, façais vós também(João 13:15), e “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho ordenado...” (Mateus 28:19,20).

É óbvio que o que se seguiu a isto foi uma obediência a, e o cumprimento dessas palavras!

Assim, a Igreja Primitiva é o fruto natural daquilo que Jesus semeou. Aquilo que viveram e como viveram, e o que fizeram e como fizeram, tinham a marca registrada do Mestre.

Mas a pergunta é...

Em que nós, a Igreja atual, nos parecemos com a Igreja primitiva?

Eu arrisco dizer que apenas uma só coisa temos em comum: Cristo.

Ufa!

Ainda cremos em e falamos da mesma Pessoa, pelo menos (seria o cúmulo se fosse diferente também, não?), mas, de resto, não há nada mais (ou há muito pouco) que se pareça, ainda que de longe, com qualquer coisa da vida cotidiana dos nossos antepassados irmãos.

Você concorda?

Bem, mas semente de mamão não dá sempre mamão?

Se o que Jesus colheu foi mamão (talvez este exemplo não seja o mais adequado), e o que estamos colhendo é abacaxi (ah, este sim é adequado!), o que há de errado então?

Só uma coisa responde: a semente.

De alguma maneira, em algum momento, começamos a plantar uma semente diversa daquela que Jesus plantou. Por conseqüência, nosso fruto jamais será o mesmo.

Jesus não deveria ser uma inspiração para nós? E não deveria sê-lo também quanto à maneira de fazer a obra?

Acontece que, não de hoje, escolhemos a forma como fazemos a obra; escolhemos o que dizer e como dizer; escolhemos os tapetes, as músicas, a disposição das cadeiras; escolhemos tudo. É o nosso jeito, bem intencionado, de fazer a obra de Deus.

A obra de Deus!

Mas não parece nossa?

Bem, talvez você diga que estou exagerando, que estou radicalizando...

Mas porque o fruto mudou então?

Sim, eu sei. É verdade que Deus está usando os irmãos e nossos meios inovadores de serviço por aí, convertendo vidas, curando pessoas, restaurando famílias, etc.

Mas isto não deve significar necessariamente que estamos acertando.

Lembremo-nos de que o dano pode ser nosso, os que estamos fazendo a obra, e não daqueles que, porventura, estão sendo alcançados por ela.

Quando um pecador se arrepende, e posteriormente se restaura, há dois interesses intimamente relacionados: o da alma que está arrependida, e o de Deus que ama o pecador.

Neste ambiente de intenso magnetismo espiritual, qualquer “coisa” pode servir para aproximá-los, e, uma vez aproximados, é com eles!

Dessa maneira, não há mérito naquele ou naquilo que os aproximou, e, embora Deus não descarte nada nem ninguém, nada nem ninguém é imprescindível para o que Deus está determinado a fazer.

Paulo conhecia bem esta tendência humana apesar, e quando soube da preferência de alguns irmãos da Igreja em Corinto por este ou aquele homem mais carismático na obra de Deus, exortou-os dizendo:


“Quem é Apolo? E quem é Paulo? Servos por meio de quem crestes, e isto conforme o Senhor concedeu a cada um. Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento.”
(I Coríntios 3:5-7)


É um fato que, para Paulo, no final, pouco importavam as circunstâncias pelas quais Cristo era pregado. Contanto que Ele fosse pregado, nisto Paulo estava alegre (Fl.1:17,18). Mas eu é que não quero ser contado entre os que trouxeram algum benefício à obra e sofreram dano pessoal por fim.

“Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele. Porém cada um veja como edifica. Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo. Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará. Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo.”
(I Coríntios 3:10-15)


O fundamento é um só: Cristo. Mas a edificação pode ser diversa. Por isto, uma obra, mesmo em Cristo, pode se perder.

Não deve haver qualquer orgulho por parte de quem faz a obra, por causa da obra que faz. Disto também Paulo falaria mais adiante:


“Pois quem é que te faz sobressair? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido?”
(ICoríntios 4:7)


Ora, está claro, portanto, que fazer a obra em si não diz muito a respeito da piedade pessoal. Deus usa tudo, e usa todos, segundo Sua graça e vontade.

Quanto a nós, precisamos temer e render todo o nosso serviço aos pés do Senhor, avaliando nossos frutos, se se parecem ou não com os de Cristo, buscando saber d’Ele, afinal, se o que fazemos – mais do que estar servindo a Ele – antes, se está obedecendo a Ele.

Jesus é nosso modelo por excelência; e de obreiro, inclusive.

Sermos seus discípulos implica em copiá-Lo.

MAIS DO MESMO

Perdoe-me ser um pouco repetitivo neste momento, mas quero postar ainda dois outros relatos sobre o mesmo tema do último post: a vida dos cristãos dos primeiros séculos.

Como já disse, gosto muito do assunto.

Mas tem a ver também com o próximo artigo que pretendo escrever.


Do livro "A Apologia" de Aristides (séc. 2º):

"Os Cristãos trazem gravadas em seu coração as leis de Deus e observam-nas na esperança do século futuro. Por isso não cometem adultério, nem fornicação; não dão falso testemunho; não se apossam dos depósitos que receberam; não desejam aquilo que não lhes diz respeito; honram o pai e a mãe, fazem o bem ao próximo; e, quando são juizes, julgam com justiça. Não adoram ídolos de forma humana; tudo aquilo que não querem que os outros lhes façam, eles não o fazem a ninguém. Não comem carnes oferecidas aos ídolos, porque são contaminadas. Suas filhas são puras e virgens e fogem da prostituição; o homem abstém-se de qualquer união ilegítima e de toda impureza; suas mulheres igualmente são castas, na esperança da grande recompensa no outro mundo..."

"Observam exatamente os mandamentos de Deus, vivendo santa e justamente, assim como o Senhor Deus prescreveu-lhes; dão-lhe graças todas as manhãs e todas as noites pelo alimento ou bebida e por todos os outros bens...”

Dos "Livros a Autolico" de São Teófilo de Antioquia (Séc. 2º):

"Encontra-se nos Cristãos um sábio domínio de si, exerce-se a continência, observa-se o matrimônio único, a castidade é conservada, a injustiça é excluída, o pecado extirpado em sua raiz, pratica-se a justiça, a lei é observada, a piedade é apreciada com fatos. Deus é reconhecido, a verdade, considerada norma suprema.”

CARTA A DIOGNETO




Há muito tempo atrás, tive acesso, pela primeira vez, a uma leitura impressionante. Trata-se da “Carta a Diogneto”.

O documento, cuja autoria é completamente ignorada, havia sido endereçado a alguém, pelo menos, um pouco mais conhecido, mas não tanto: Diogneto. Sobre ele, se diz:

“Um pagão culto, desejoso de conhecer melhor a nova religião que se espalhava pelas províncias do império romano, impressionado pela maneira como os cristãos desprezavam o mundo, a morte e os deuses pagãos, pelo amor com que se amavam, queria saber: que Deus era aquele em que confiavam e que gênero de culto lhe prestavam; de onde vinha aquela raça nova e por que razões aparecera na história tão tarde.

Foi para responder a estas e outras questões de igual importância que nasceu esta ‘jóia da literatura cristã primitiva’, o escrito que conhecemos como a Carta a Diogneto.”


Esta é a introdução do livro “Padres Apologistas” (Editora Paulus, 1997).

Para variar, esse documento, cujo autor e destinatário têm identidades incertas, tem também uma data incerta, mas que provavelmente deve ser entre os anos de 70 d.C. a 150 d.C.

Seja como for, uma coisa, sim, é absolutamente certa: os fatos narrados nessa carta são próximos, bem próximos, da fonte de toda a nossa fé.

Por isso, faço aqui o registro de alguns pontos da obra, interessado que sou no cotidiano comum daqueles de quem, normalmente, ousamos afirmar serem nossos irmãos. Até para certificar-me de que posso, de fato, fazê-lo.

O conteúdo completo da carta, você lê aqui.

E pasmem vocês, foi assim que tudo começou!


CARTA A DIOGNETO


Exórdio

Excelentíssimo Diogneto, vejo que te interessas em aprender a religião dos cristãos e que, muito sábia e cuidadosamente, te informaste sobre eles: Qual é esse Deus no qual confiam e como o veneram, para que todos eles desdenhem o mundo, desprezem a morte, e não considerem os deuses que os gregos reconhecem, nem observem a crença dos judeus; que tipo de amor é esse que eles têm uns para com os outros; e, finalmente, por que essa nova estirpe ou gênero de vida apareceu agora e não antes. Aprovo esse teu desejo e peço a Deus, o qual preside tanto o nosso falar como o nosso ouvir, que me conceda dizer de tal modo que, ao escutar, te tornes melhor; e assim, ao escutares, não se arrependa aquele que falou.

(...)

O mistério cristão

Os cristãos, de fato, não se distinguem dos outros homens, nem por sua terra, nem por língua ou costumes. Com efeito, não moram em cidades próprias, nem falam língua estranha, nem têm algum modo especial de viver. Sua doutrina não foi inventada por eles, graças ao talento e especulação de homens curiosos, nem professam, como outros, algum ensinamento humano. Pelo contrário, vivendo em cidades gregas e bárbaras, conforme a sorte de cada um, e adaptando-se aos costumes do lugar quanto à roupa, ao alimento e ao resto, testemunham um modo de vida social admirável e, sem dúvida, paradoxal. Vivem na sua pátria, mas como forasteiros; participam de tudo como cristãos e suportam tudo como estrangeiros. Toda pátria estrangeira é pátria deles, e cada pátria é estrangeira. Casam-se como todos e geram filhos, mas não abandonam os recém-nascidos. Põem a mesa em comum, mas não o leito; estão na carne, mas não vivem segundo a carne; moram na terra, mas têm sua cidadania no céu; obedecem às leis estabelecidas, mas com sua vida ultrapassam as leis; amam a todos e são perseguidos por todos; são desconhecidos e, apesar disso, condenados; são mortos e, desse modo, lhes é dada a vida; são pobres, e enriquecem a muitos; carecem de tudo, e têm abundância de tudo; são desprezados e, no desprezo, tornam-se glorificados; são amaldiçoados e, depois, proclamados justos; são injuriados, e bendizem; são maltratados, e honram; fazem o bem, e são punidos como malfeitores; são condenados, e se alegram como se recebessem a vida. Pelos judeus são combatidos como estrangeiros, pelos gregos são perseguidos, e aqueles que os odeiam não saberiam dizer o motivo do ódio.

A alma do mundo

Em poucas palavras, assim como a alma está no corpo, assim os cristãos estão no mundo. A alma está espalhada por todas as partes do corpo, e os cristãos estão em todas as cidades do mundo. A alma habita no corpo, mas não procede do corpo; os cristãos habitam no mundo, mas não são do mundo. A alma invisível está contida num corpo visível; os cristãos são vistos no mundo, mas sua religião é invisível. A carne odeia e combate a alma, embora não tenha recebido nenhuma ofensa dela, porque esta a impede de gozar dos prazeres; embora não tenha recebido injustiça dos cristãos, o mundo os odeia, porque estes se opõem aos prazeres. A alma ama a carne e os membros que a odeiam; também os cristãos amam aqueles que os odeiam. A alma está contida no corpo, mas é ela que sustenta o corpo; também os cristãos estão no mundo como numa prisão, mas são eles que sustentam o mundo. A alma imortal habita numa tenda mortal; também os cristãos habitam como estrangeiros em moradas que se corrompem, esperando a incorruptibilidade nos céus. Maltratada em comidas e bebidas, a alma torna-se melhor; também os cristãos, maltratados, a cada dia mais se multiplicam. Tal é o posto que Deus lhes determinou, e não lhes é lícito dele desertar.

(...)

FÉ NA FÉ




A diferença básica entre ter fé e ter fé na fé é que a primeira crê contra a esperança, e a segunda crê contra a certeza.

Uma é bíblica, a outra, apócrifa. A primeira nasce no coração de Deus e é dada, efetivamente, ao homem. Já a segunda nasce na mente do homem e é, apenas, atribuída por ele a Deus.


Assim como definir o amor, definir a fé não é tarefa fácil. Mas da mesma maneira como ninguém deveria tentar descrever o amor à revelia do que diz I Coríntios 13, assim ninguém deveria supor a fé além do que diz Hebreus 11 (mesmo que suas definições pareçam um tanto simplistas ou piegas demais).

Tenho motivos para crer que a Bíblia é um tratado divino, e dispensa adendos humanos. Nenhum homem, por mais respeitado que seja, possui credenciais suficientes para acrescer a ela qualquer coisa, como se alguma clareza lhe faltasse.

Basta-lhe simplesmente a fé.

Que fique óbvio, portanto e desde já, que uma fé que carece de explicações, não é fé; é razão. E nenhum justo viverá pela razão.

A fé na fé é o exercício humano de crer que vai acontecer algo que não vai acontecer. É diferente da fé-só-fé-mesmo porque esta crê que vai acontecer algo que não se espera que aconteça.

Apesar dessa diferença colossal, as duas são facilmente confundidas porque a religião de nossos dias mistura o sacro e o profano assim, sem nenhum escrúpulo (talvez no desejo de tornar mais agradável o ambiente cristão neste mundo).

Ora, meus amigos, se Deus disse, está dito. E se desdisser, estará desdito.

Se há algo que pode faltar a qualquer coisa do que Deus disse, isto não é outra coisa senão a graça para viver ou praticar o que foi dito, e não o entendimento para crer no que foi dito.

Dois exemplos, cada qual de um tipo, e próximos um do outro, são os das promessas feitas por Deus a Ananias, cuja mulher era estéril, e Maria, que ainda era virgem, de que teriam filhos. Um quis saber como teria certeza de que aquilo, de fato, aconteceria (Lc.1:18); a outra quis saber, simplesmente, como aquilo, de fato, aconteceria (Lc.1:34). Por conseqüência, um ficou mudo (Lc.1:20), enquanto a outra encheu sua boca de alegria (Lc.1:46-55).

Deus diz, eu creio, e Deus me concede graça para viver. Este é o processo!

“... porque Deus é quem efetua em vós
tanto o querer como o realizar,
segundo a sua boa vontade.”
(Efésios 2:13)


Uma fé n’Ele, súplice, exclama, no máximo, “ah!”. E mesmo lamentando qualquer eventual perda, segue, resignada, sua direção, pois descansa e está satisfeita n’Aquele que declarou, que é poderoso para cumpri-lo.

Já os da “fé na fé”, primeiro crêem que aquilo que Deus disse pode não ser “bem assim”. Depois, esforçam-se para acrescentar alguma elucidação, incluindo elementos que, por qualquer motivo alheio ao poder do Deus Todo-Poderoso (?), ficaram de fora da narrativa bíblica (certamente, um lapso divino). Para após, só então, crerem que estão crendo certo...

Daí, terem fé na fé.

Pois, a religião evangélica tem se superado na diversidade de fé atualmente. Um só ponto das Escrituras pode ser compreendido de muitas maneiras, que algumas vezes não são só diferentes, mas até contrárias.

Mas, curiosamente, na contramão disso, como sempre, estão as próprias Escrituras Sagradas, que dizem haver uma só fé (Ef.4:5), por exemplo, e que apelam para que cheguemos a esta unidade de fé (Ef.4:13), pensando e falando as mesmas coisas (ICo.1:10), num único sentimento (Fl.2:5).

Eu não sei por que, mas só consigo crer nisto!

Num mundo de felicidade a qualquer preço o que chamam de fé nada mais é que um misto de interesses próprios, visando o fim comum: a realização pessoal.

Tal qual o mundo e seu governo mesmo.

Esquece-se, porém, que a fé bíblica livrava e lançava no cárcere ao mesmo tempo, desde que a vontade de Deus se cumprisse.

A fé bíblica coroou e arrancou cabeças.

A fé original ressuscitou muitos homens, mas apedrejou, esquartejou, mutilou e crucificou outros tantos.

A perda e o sofrimento eram tão inerentes à fé cristã genuína quanto as conquistas, e, não raro, tais conquistas só se justificavam exatamente porque houve perda e sofrimento anteriores, inclusive.

Hoje, entretanto, o homem não pode e não deve sofrer.

E se a Bíblia disser qualquer coisa ao contrário, ignora-se, muda-se ou esclarece-se “melhor”, dando-lhe sentido mais politicamente correto.

Aí, tome-lhe fé sobre fé, sobre fé, sobre fé...

E – convenhamos – tantas “fezes” assim, uma sobre a outra, misturadas, não podem mesmo dar em boa coisa, não é?!

MEU CREDO (OU "CREDO ECOVERBIANO")



Inspirado por outros credos, como o apostólico e o atanasiano, resolvi escrever, eu mesmo, meu próprio credo. Nem melhor nem mais acertado. Apenas pessoal.

Ei-lo:


Creio no Deus Pai, Todo Poderoso, Criador dos céus e da terra.

Sim!

Mas “apenas” isto não O define.


Creio no Deus Indefinível.

O Qual nenhuma mente humana, por mais bem intencionada que esteja, pode conceber, pois Ele estará sempre infinitamente acima de qualquer imaginação e conhecimento. Assim, porque não dizer "desconhecido"?

Creio no Deus Desconhecido.

Como disse Paulo aos atenienses (At.17:22-31), o Deus que creio é diferente de tudo o mais que exista, seja visível ou invisível. E Ele não é apenas diferente, mas também... Indiferente. Te assusta? Ainda assim, eu digo...

Creio no Deus Indiferente.

Ora, nada e ninguém Lhe podem somar, subtrair, ofender, honrar, preocupar, fazê-Lo confiar, alegrar, entristecer, chorar, sorrir, assustar, surpreender, atiçar, desanimar, perseverar, desistir. Ele é amplo e vasto; pleno e satisfeito; mas está sozinho...

Creio no Deus Sozinho.

Afinal, lá onde Ele está não há mais ninguém. Nenhum outro ser Lhe faz companhia, Lhe dá conselhos, Lhe repreende. Se olhar acima, não há acima algum. Abaixo, por sua vez, estão todas as coisas existentes. Ele, porém, inexiste. Isto mesmo!

Creio no Deus Inexistente.

O que é a existência senão o conjunto de todas as coisas que estão inseridas nos conceitos de tempo, noção e espaço? Mas Deus é pr'além de tudo isto. Assim, Deus inexiste quanto aos princípios da metafísica e da ontologia, ou de qualquer ciência, na verdade. E é inexistente também do ponto de vista das preconcepções religiosas e morais. Pois nada que digam acerca d’Ele mudou, muda ou mudará qualquer coisa em Sua essência incorruptível. Por tudo isso...

Creio no Deus Contraditório.

Que é soberano, mas não soberbo, posto que humildemente Se humilhou até o limite mais baixo da capacidade existencial de um ser. Humilhado, mas exaltado, posto que foi alçado até o limite mais alto da capacidade divina para um ser. O mais alto e o mais baixo entre todos; que foi fraco, mas é forte sempre. E mais que forte, poderoso. Sim!

Creio no Deus Poderoso.

Como tantos outros mais, eu sei. Creio que Deus pode fazer tudo. Mas talvez diferente da imensa maioria, eu sei também, na mesma medida, que se Ele pode fazer tudo, pode fazer, inclusive, o nada. E nada, inclusive a mim. Ainda assim crerei em tudo o que Ele falou. E crerei não só no que já fez, mas no que pode fazer, mesmo que nunca o faça ou eu jamais o saiba. Portanto...

Creio no Deus Ignorado.

Que ainda não conhecemos, e que jamais conheceremos, por não podermos conhecer. Creio em tudo o que não falei sobre Ele, creio em tudo o que não sei acerca d’Ele, porque...

Creio no Deus que está muito além (e sequer sei o quanto) do que digo aqui. Além até mesmo do que creio.

Creio num Deus Incrível!

"QUE SEJA INFINITO ENQUANTO DURE" (mas que dure bem pouquinho, tá?!)



Jesus disse que por se multiplicar a iniqüidade o amor de quase todos se esfriaria, numa espécie de equação matemática entre duas grandezas inversamente proporcionais. Quando uma aumenta, a outra diminui na mesma proporção.

São notórios os tempos de densas trevas que vivemos em nossos dias atuais. Fácil concluir que o amor hoje deve ter temperatura quase antártica.

Em contrapartida, porém, fala-se muito em amor. Não sei se mais ou menos que antes, mas certamente muito. Muitíssimo!

Assim, estamos em terrível dilema: qual deve ser a qualidade do muito amor de nossos dias? Se Jesus estava certo, ela é péssima. Mas alguns preferem crer que Ele estava errado, e que hoje estamos amando melhor.

Eu fico com a primeira opção.

Não acredito que por falarmos muito acerca do amor estejamos amando mais e melhor. Não, definitivamente.

Devemos saber que não é o que chamarmos de amor que será, invariavelmente, amor. O fato de eu chamar alguma coisa de algo, não significa que aquela coisa seja mesmo algo. Ainda mais que a natureza daquela alguma coisa é de Deus. Ora, se é Deus, só Deus pode dizer o que ela é e como é.

O nome que dou ao “amor de nossos dias” é conveniência, uma vez que se auto-atende, se auto-preserva e se auto-justifica.

A Bíblia diz que o amor não busca seus próprios interesses e não acaba nunca (ICo.13:5b,8). Se Deus não se equivocou ao colocar aquilo ali... O que é isto que estamos vivendo hoje?

Outra coisa, ora. E eu a chamo de conveniência.

O amor segundo a conveniência busca seus próprios interesses, porque é justo o que reivindica. O amor segundo a conveniência acaba, quando for “melhor assim”.

Mas para (auto) justificar o tão baixo nível do amor com que temos nos amado hoje, algumas pessoas dizem que há vários tipos dele, e que esse, imortal e altruísta, é o de Deus, não “o nosso”. Assim fica desculpado aquele que ama tão mediocremente. A culpa é do amor.

É o preço.

Num tempo em que está tão em voga falar de amor, todos falam, menos o amor.

Deus mesmo não fala de amor entre nós. Nós falamos por Ele. Nós colocamos as palavras na boca d’Ele. E ai d’Ele se o negar!

Que é o amor?

O amor não é um sentimento, inda que o mais nobre deles. Amor é uma decisão, voluntária, racional e determinada.

Sentimentos vêem e vão. O amor permanece (ICo.13:13).

O amor é de Deus, pois Deus é amor (IJo.4:8,16), mas não o que chamamos amor. Conhecemos o amor conhecendo Deus. Vendo-O amar. E Ele nos amou quando ainda éramos seus inimigos. Por isso mesmo é que Ele pode nos pedir que amemos aos nossos próprios inimigos (Mt.5:44).

Quem é capaz de sentir algum sentimento favorável de apreço e respeito por um inimigo seu, que tantos males lhe tenha causado? Como se produz um sentimento desses?

Isso só é possível graças a uma decisão tomada em esforço, mas conscientemente, na direção da alma indigna. Ainda que, certamente, os sentimentos interiores sejam muito outros.

Ainda há mais: Deus amou-nos de tal maneira que nos deu Seu único Filho, e assim pode nos pedir que demos o melhor que temos, e até a única coisa, mesmo sob o risco de recebermos tão pouco em troca, e estarmos satisfeitos, pois Ele o faria ainda que fosse por uma alma apenas.

Isto não é sentimento! Não há interesses próprios nisto!

Há só amor mesmo. Sem grandes justificativas, sem muitas explicações. O amor não quer mais nada senão amar.

Amar na voz ativa mesmo. O amor não exige reciprocidade (embora seja bom tê-la).

Aliás, o amor não se auto-condiciona a nada nem ninguém. Se é para amar, não tem “mas e se...” ou o quê.

E o resto é conveniência.

Conveniência é conivência.

O amor viniciano é belo, intenso, sereno... Mas é chama. Queima, arde e vai.

É mais paixão que propriamente amor.

E amor que é mais outra coisa não é amor. Amor que se parece com isto ou aquilo não é amor.

O amor é pleno.

Muito maior, portanto, que eu ou você.

IGREJA EM APUROS



Todos os meses, a Missão Portas Abertas faz um cronograma de oração pela Igreja perseguida ao redor do mundo.

Este mês, especificamente amanhã, dia 07, provavelmente muitos irmãos que se propuseram a orar com disciplina e diligência deverão passar por uma pequena saia-justa.

É que será a vez dos irmãos de Butão, um pequeno reino localizado no sopé da Cordilheira do Himalaia, entre a Índia e a China. O Butão é o 11º colocado na lista dos 50 piores (leia-se “mais violentos”) países para o progresso do Reino de Deus. A repressão é severa. Lá, estima-se que apenas 1,43% dos seus mais de 3 milhões de habitantes seja cristão.

Ocorre que, segundo o site, um dos motivos de oração pela Igreja no Butão é para que os casais cristãos sejam exemplos a serem seguidos pela sociedade local, em vista do grande número de divórcios no país.

Ora, como oraremos (perdoem o trocadilho!) se nós, os cristãos brasileiros, nos damos ao lixo (e não luxo) de nos divorciarmos tanto quanto nos pareça conveniente? E ainda ousamos dizer que é sob “a bênção de Deus”.

Se achamos “nossas razões” plausíveis, muito mais eles, que vivem numa cultura muito mais intransigente e ditatorial, e sofrem pressões absurdamente maiores que as nossas.

Aos olhos do povo de Deus daqui, eles é que deveriam ter mesmo motivos para divorciarem-se.

Orar para que eles não se separem? Nós?

Incoerente, não?

Assim, é bem possível que amanhã muitos irmãos tirem folga da escala de oração pela Igreja Perseguida.

Mas se, ainda assim, alguém nesse estado se sentir à vontade para fazê-lo, ótimo! Orações são sempre bem-vindas a esses nossos amados e corajosos irmãos.

Porém, só gostaria de sugerir que, ao terminar, o ousado intercessor lembre-se de dizer então:

“Que eles façam o que eu falo; mas não façam o que eu faço. Em nome de Jesus. Amém!”

PREVENTIVA




Eu não quero uma cama macia aqui...

Eu não quero conforto...

Eu quero é fugir dessa cela
E não torná-la mais bela

PEQUENO TRIBUTO A CHARLES DARWIN



Graças ao meu amigo Lázaro!

ORAÇÃO DE UM PROFETA MENOR*


Esta oração é pronunciada por um homem chamado a ser testemunha ante as nações, e foram estas as palavras que disse ao seu Senhor no dia em que foi ordenado. Depois de os anciãos e ministros terem orado e pousado sobre ele as suas mãos, retirou-se para estar a sós com o seu Salvador, no silêncio, mais além do que os seus irmãos bem intencionados o podiam levar. E disse:

“Senhor, escutei a tua voz e tive medo. Chamaste-me a uma tarefa solene numa hora grave e perigosa. Em breve abalarás todas as nações, a terra e também o céu, para que fique só aquilo que é inabalável. Senhor, nosso Senhor, aprouve-Te honrar-me chamando-me a ser teu servo. Só aceita esta honra aquele que é chamado a ser teu servo, visto ter de ministrar junto àqueles que são obstinados de coração e duros de ouvido. Eles Te rejeitaram, a Ti, que és o Amo, e não posso esperar que me recebam a mim, que sou o servo.

“Meu Deus, não vou perder tempo a deplorar a minha fraqueza ou a minha incapacidade para o trabalho. A responsabilidade é tua, não minha, pois disseste: ‘Conheci-te, ordenei- te, santifiquei-te’, e também: ‘Irás a todos aqueles a quem Eu te enviar, e falarás tudo aquilo que Eu te ordenar’. Quem sou eu para argumentar contigo ou para pôr em dúvida a tua escolha soberana? A decisão não é minha, mas sim tua. Assim seja, Senhor; cumpra-se a tua vontade e não a minha.


“Bem sei, Deus dos profetas e dos apóstolos, que, enquanto eu Te honrar, Tu me honrarás a mim. Ajuda-me, portanto, a fazer este voto solene de Te honrar em toda a minha vida e trabalho futuros, quer ganhando quer perdendo, na vida ou na morte, e a manter intacto esse voto enquanto eu viver.


“É tempo, ó Deus, de agires, pois o inimigo entrou nos teus pastos e as ovelhas são dilaceradas e dispersas. Abundam também falsos pastores que negam o perigo e se riem das ameaças que rodeiam o teu rebanho. As ovelhas são enganadas por estes mercenários e seguem-nos com fidelidade, enquanto o lobo se acerca para matar e destruir. Imploro-Te que me dês olhos bem abertos para descobrir a presença do inimigo; que me dês compreensão para distinguir entre o falso e o verdadeiro amigo. Dá-me visão para ver e coragem para declarar fielmente o que vejo. Torna a minha voz tão parecida com a tua que até as ovelhas doentes a reconheçam e Te sigam.


“Senhor Jesus, aproximo-me de Ti em busca de preparação espiritual. Pousa a tua mão sobre mim. Unge-me com o óleo do profeta do Novo Testamento. Impede que eu me transforme num religioso e perca assim a minha vocação profética. Salva-me da maldição que paira sombriamente sobre o sacerdócio moderno; a maldição da transigência, da imitação, do profissionalismo. Salva-me do erro de julgar uma igreja pelo número de seus membros, pela sua popularidade ou pelo total de suas ofertas anuais. Ajuda-me a lembrar-me de que eu sou profeta, não um animador, não um gerente religioso, mas um profeta. Que eu nunca me transforme num escravo das multidões. Cura a minha alma das ambições carnais e livra-me do prurido da publicidade. Salva-me da servidão das coisas materiais. Impede-me de gastar o tempo entretendo-me com as coisas da minha casa. Faze o teu terror pousar sobre mim, ó Deus, e impele-me para o lugar de oração onde eu possa lutar com os principados, e potestades, e príncipes das trevas deste mundo. Livra-me de comer demais e de dormir demais. Ensina-me a auto-disciplina para que eu possa ser um bom soldado de Jesus Cristo.


“Aceito trabalho duro e pequenas compensações nesta vida. Não peço um cargo fácil. Procurarei ser cego aos pequenos processos de facilitar a vida. Se outros procuram o caminho mais plano, eu procurarei o caminho mais árduo, sem os julgar com demasiada severidade. Esperarei oposição e procurarei aceitá-la serenamente quando ela vier. Ou se, como por vezes sucede aos teus servos, o teu povo bondoso me obrigar a aceitar ofertas expressivas de gratidão, conserva-Te ao meu lado e salva-me da praga que a isso freqüentemente se segue; ensina-me a usar o que porventura receber de tal modo que não prejudique a minha alma nem diminua o meu poder espiritual. E se a tua providência permitir que me advenham honras da tua Igreja, que eu não esqueça naquela hora que sou indigno da mais ínfima das tuas misericórdias, e que, se os homens me conhecessem tão intimamente como eu me conheço a mim próprio, me retirariam tais honrarias para as darem a outros mais dignos delas.


“E agora, Senhor do céu e da terra, consagro-Te o resto dos meus dias, sejam eles muitos ou poucos, consoante a tua vontade. Quer eu me erga perante os grandes quer ministre aos pobres e humildes, essa escolha não é minha, e eu não a influenciaria, mesmo que pudesse. Sou teu servo para cumprir a tua vontade. Ela é mais doce para mim do que a posição, ou as riquezas, ou a fama, e escolho-a acima de tudo o mais na terra ou no céu.


“Embora eu tenha sido escolhido por Ti e honrado por uma alta e santa vocação, que eu nunca esqueça que não passo de um homem de pó e cinza com todos os defeitos e paixões naturais que atormentam a humanidade. Rogo-Te, portanto, meu Senhor e Redentor, que me salves de mim próprio e de todo o mal que eu puder fazer a mim mesmo enquanto procuro ser uma bênção para os outros. Enche-me do teu poder pelo Espírito Santo, e eu caminharei na tua força e proclamarei a tua justiça - a Tua tão somente. Anunciarei a mensagem do teu amor redentor enquanto tiver forças.


“E, Senhor amado, quando eu for velho e estiver fatigado, demasiado cansado para prosseguir, prepara-me um lugar lá em cima e conta-me entre o número dos teus santos na glória eterna. Amém.”


Autor: A. W. Tozer


(Originalmente publicado em Português pela Revista Teológica,
Seminário Teológico Batista, Leiria, Portugal, Vol III,
Abril- Junho 1964, No. 2)


UMA ORAÇÃO


"Oh! Jesus, manso e humilde de coração, ouve-me:
LIVRA-ME , Jesus
do desejo de ser estimado,
do desejo de ser amado,
do desejo de ser exaltado,
do desejo de ser honrado,
do desejo de ser louvado,
do desejo de ser preferido a outros,
do desejo de ser consultado,
do desejo de ser aprovado,
do medo de ser humilhado,
do medo de ser repreendido,
do medo de ser esquecido,
do medo de ser ridicularizado,
do medo de ser prejudicado,
do medo de ser alvo de suspeitas.

E, Jesus,
CONCEDE-ME A GRAÇA DE DESEJAR
que outros possam ser mais amados do que eu,
que outros possam ser mais estimados do que eu,
que na opinião do mundo,
outros possam crescer e eu diminuir,
que outros possam ser escolhidos e eu posto de parte,
que outros possam ser louvados e eu passe desapercebido,
que outros possam ser preferidos a mim em tudo,
que outros possam tornar-se mais santos do que eu,
Conquanto que eu me torne tão santo
quanto devo ser.”

(Autoria desconhecida)*

*Nota do EdV:
Como tinha mesmo que ser, né não?

01 ANO!




O blog completou um ano no último dia 28!


Longe de ter a popularidade do blog da Ana Paula Valadão, e principalmente deste aqui, o Ecos do Verbo ainda engatinha – e arrisca alguns passinhos – como todo bebê desta idade.


Até aqui, segundo o Site Meter, o blog teve 3492 visitas (o que dá uma média de 9,54 visitas por dia), mas – não se iluda – devo ter, no máximo, uns cinco leitores.


Porque, tenho que confessar, grande parte dessas visitas foi minha mesmo, afinal...


Hehehehe...


Eu preciso ver o meu blog também, né não?


Bem, meus cinco leitores foram responsáveis, até aqui, por pouco mais de 80 comentários, que procurei responder pontual e satisfatoriamente.


Para comemorar (ou não) este um ano, resolvi, como vêem, mudar o layout e acrescentar algumas funcionalidades melhores ao blog (como por exemplo o link “Leia Mais” em todas as postagens daqui para frente - exceto esta - muito útil para quem não quer ler tudo de tudo o que eu escrevo).


Sei que alguns mais entendidos do riscado dirão: “É isto que você chama de melhorar?!”. Bem, talvez não estejam ainda lá grandes coisas, eu sei, mas para mim que sequer entendo o significado de siglas como HTML ou CSS, de palavras como widget, gadget, feed, permalink, etc, e pra que serve um Javascript, por exemplo, tá bom demais!


Se alguém, sensibilizado(a), quiser oferecer-me seus préstimos, de antemão, aceito.


Como realmente não sei a repercussão dessas mudanças para você, leitor, coloquei uma enquete aí ao lado para saber sua opinião, que é muito importante!


Mas sei que a mudança mais necessária é aquela que diz respeito ao conteúdo das postagens. Fiz algumas reflexões neste um ano e resolvi mudar algumas coisas, especialmente quanto ao tamanho das postagens, por entender que nem sempre as pessoas dispõem de tempo para ler tudo o que eu gostaria de dizer.


Sinceramente não sei se vou conseguir, mas vou tentar.


E a melhor maneira de começar isto é por esta própria postagem aqui.


Assim, melhor me despedir já!


Hehehehe...Obrigado e um abraço!