UMA ALEGRIA QUE NINGUÉM PODERÁ TIRAR



“Restitui-me a alegria da Tua salvação,
E sustenta-me com um espírito voluntário.”
(Salmo 51:12)

Um elemento de forte impacto na perseverança dos santos na luz é, sem dúvida, a alegria.

O mundo, segundo Deus, não é um lugar; é um sistema de valores. E é mister para nós identificá-lo, inclusive dentro das paredes eclesiásticas.

Sim, porque há mais do mundo dentro da Igreja do que podemos imaginar.

Em sua estratégia de sedução das pessoas, satanás se utiliza de métodos bem mais sutis do que normalmente consideramos.

Ora, e não haveria mesmo de ser assim?

Se alguém lhe perguntasse para onde você gostaria de ir quando morresse, o céu ou o inferno, qual seria sua resposta mais sincera?

Você acredita que alguém, em sã consciência, responderá o inferno?

Mas não se trata disto. A questão é que muitos estão indo pra lá, mesmo sem o quererem.

E por quê? Ora, porque não sabem!

Satanás usa meios dissimulados de conduzi-los para o lugar de perdição e morte eterna.

A Bíblia diz, em Efésios, que métodos são estes, quando afirma que os homens seguem os desígnios do diabo quando simplesmente atendem aos desejos de sua própria carne: “... fazendo a vontade da carne e dos pensamentos” (Efésios 2:1-3).

Para o diabo, você e eu não precisamos necessariamente fazer a vontade dele, em detrimento da de Deus. Basta fazermos a nossa!

Sendo assim, aquilo que aguça nossos interesses é uma arma poderosíssima nas mãos de satanás e seus anjos.

C. S. Lewis, em seu livro “Cartas do Inferno”, descreve os esforços de Screwtape, um demônio experiente, na tentativa de ensinar seu sobrinho-aprendiz, Wormwood, a lograr êxito em desviar um crente em Jesus (chamado placidamente por ele de “seu paciente”) dos caminhos da Vida.

Em certo ponto da Carta Número IX, Screwtape diz a seu sobrinho:

“Eu sei que nós temos alcançado muitas almas através dos prazeres; mas não nos esqueçamos que todo prazer é invenção dEle! Ele criou todos os prazeres; toda nossa pesquisa através dos séculos não foi capaz de criar uma única forma de prazer. Tudo que podemos fazer é encorajar os seres humanos a tomar os prazeres que o Inimigo criou de formas ou intensidades que Ele mesmo tenha proibido.

Toda vez que tentamos trabalhar usando condições naturais de qualquer prazer que seja no mínimo natural, o mesmo começa a exalar aquele cheiro abominável do seu Criador, como nos lembrando que pertence a Ele.”

(Lewis, C. S. - Cartas do Inferno, 1941, Editora Vida – Título Original: The Screwtape Letters)

É isto, e só isto, a razão de o mundo e o pecado serem, em qualquer ponto for, tão sedutores. Eles mexem com nossos prazeres, afinal.

Desse ponto em diante, começamos a entender o porquê de o Reino de Deus chegar até nós com imperativos como “negue-se a si mesmo”, “tome a sua cruz”, “perca sua vida”, “odeie-se a si mesmo” e “renuncie a tudo o quanto tem”.

Mas não pára aí, e nem pode!

O que se pretende é que aprendamos a abrir mão de valores, paixões e deleites – notadamente temporais, como mais tarde se comprovará – os quais estamos acostumados a nos entregarmos, para que possamos, não viver sem eles apenas, mas, sobretudo, viver por outros, mais altos e mais nobres.

Porque o prazer, por si só, não é maligno.

Deus é o Criador do prazer, e é satanás que, sabendo disto – e movido como sempre por aquela mórbida inveja que o fez precipitar-se dos céus – investe pesadamente nele também, utilizando-se, por sua vez, de outras medidas, outros objetos, ilícitos, perniciosos e daninhos.

Mas o Reino de Deus não é nem poderia ser desprovido de alegria, de entusiasmo, de alumbramento e de paixão, senão ninguém, nem mesmo Jesus (mais tarde explico), suportaria a carga que ele exige de nós.

Ninguém abre mão de tudo por nada.

Há um preço a ser pago sim (tudo tem seu preço)! Contudo, se o Reino de Deus é de sacrifícios, renúncias, negativas e abandonos, deve ser (e é), antes de tudo, e infinitamente mais, de conquistas, ganhos, promessas, dádivas, presentes e riquezas.

Olhando Jesus e a mensagem de sua proclamação teremos isto absolutamente confirmado.

Jesus não veio exigir mundos e fundos sem contrapartida alguma. Ao contrário!

Ele disse: “Vocês têm fome? Eu sou o pão vivo que sacia para sempre!”, “Vocês estão cansados de carregar suas cargas? Eu alivio vocês!”, “Vocês estão doentes? Venham a Mim e sejam curados!”, “Estão tristes? Eu tenho uma alegria pra vocês que ninguém poderá tirar!”.

Preocupa-me que, no nosso zelo doutrinário, estejamos valorizando muito mais o preço que se deve pagar para ser um discípulo do Senhor, sem aguçarmos antes os interesses de alguém por sê-lo, deixando de mostrar-lhe o quão mais rico e belo isto pode ser.

Intelectualmente, não deve haver nada que nos desabone. É possível que aí, agora, você não encontre nenhuma incoerência entre a sua fé e o que eu digo aqui.

Mas é isto o que mais me preocupa!

Eu não estou falando de um conhecimento científico ou filosófico acerca de sua fé nas riquezas e promessas do Reino de Deus em nossas vidas.

Estou falando de uma experiência prática, sensível, tangível e inquestionável.

Alegria não se produz com a vontade própria, nem por obediência.

Fosse assim, eu perguntaria: porque diabos você fica triste às vezes?

Ora, a tristeza bem como a alegria não são sentimentos manipuláveis e voluntários.

Não se escolhe entre tristeza e alegria. Quem nos dera! Viveríamos todos alegremente sempre. À exceção dos sadomasoquistas assumidos, quem mais escolheria acordar triste e desanimado num dia desses qualquer?

Alegria ou tristeza se sente. E sua manifestação está para além de nossas vontades.

Seria hipocrisia demais acharmos que o exercício de um sorriso (ainda que amarelo) no rosto produzirá uma alegria verdadeira (e seria covardia ainda maior exigir isto).

Isto só serve para quem nos vê de fora (e talvez seja por isto que o requeiramos tanto).

Porque por dentro...

Bem, por dentro, quem vive assim, corre o risco de acabar cantando como a primeira estrofe da belíssima canção “Mateus dos Impostos”, que conheci há muitos anos atrás na voz (igualmente belíssima) de João Alexandre, na cantata “Eram Doze”, em que se dizia assim:

“Quem me conhece por dentro / Sabe o momento em que hoje eu estou / Velho dilema, eterno problema / Mas vou indo por ir / De que adianta tamanha riqueza que eu possa alcançar / Rico e por dentro / Vazio sentimento / Mas vou indo por ir...”

Alguém dirá: “Mas se formos simples em obedecer, e nos alegrarmos, mesmo quando tudo não está cooperando, o Espírito Santo derramará de sua alegria verdadeira em nossos corações”, e isto parecerá perfeito.

Amém, eu tenho experiências assim também!

Mas, neste caso, estamos começando pelo fim para chegar ao início, como na contramão de uma via.

Porque o que a Bíblia diz é exatamente o contrário: “O coração alegre aformoseia o rosto...” (Provérbios 15:13), e “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria...” (Gálatas 5:22).

Ou seja, primeiro é o Espírito Quem produz em nós a alegria que será manifestada visivelmente em nossos rostos e em nossa vida.

Não sou eu, como se meu esforço pudesse produzir algo para Deus. Fora de Cristo, Deus não aceita!

E falando em Cristo, eu lhes prometi explicar porque disse que nem mesmo Jesus suportaria a carga que o Reino de Deus Lhe exigia se não tivesse alegria.

Não é preciso muito para explicá-lo. Veja o que a Bíblia diz:

“... O qual, em troca da alegria que Lhe estava proposta, suportou a cruz...”
(Hebreus 12:2)

Jesus pagou sim um preço alto por nós, mas o fez porque vislumbrava diante de Si uma alegria que Deus Lhe havia proposto.

Não fosse isto... Não sei.

Gostaria de propor que oremos.

Por admitir que isto não vem de nós, mas de Deus (e muito menos da leitura desse longo e talvez cansativo artigo), eu proponho que oremos para que Deus nos conceda o prazer que, porventura, nos falte em Seu Reino, e que resulta em todo peso que sentimos.

Oremos para que o Espírito Santo nos descortine os olhos, e nos revele toda a amplidão da beleza da glória da santidade do Reino Eterno.

E quando isto houver, nossos interesses se aguçarão! Nossos sentidos se eriçarão! E arrepiaremos! Nossos olhos brilharão! Nosso coração palpitará! E com a voz embargada, sussurraremos: “Oh, Senhor Jesus!”.

Nada mais importará naquela hora, senão vê-Lo, contemplá-Lo, segui-Lo e, por fim, obedecê-Lo (no que for).

E diremos como os judeus que ouviram Pedro proclamar acerca do Cristo ressuscitado e ascendido aos céus: “Que faremos, pois, irmãos?” (Atos 2:37).

Não é precisamente esta aquela que dizemos ser a hora do preço?

Pois então.

O que poderá custar tanto? O que será demasiado difícil para se renunciar?

Diante de tal interesse, o preço, enfim, pouco ou nada significará.

“Restitui-me, Senhor, a alegria da Tua salvação,
E sustenta-me com um espírito voluntário.”

"COMO É SER DISCÍPULO DE JESUS?"*


* Por Caio Fábio D'Araújo Filho



“Como é ser discípulo de Jesus?” – é a pergunta de muitos.

Ora, é simples e terrível; e é tão terrível justamente porque é tão simples; e gera tanto esforço justamente por isso, pois nada há tão difícil quanto a simplicidade, nem que demande mais esforço que descansar no descanso.

A tendência natural da alma humana é para oferecer os mesmos sacrifícios de produção própria de Caim. Em Caim nasceu a religião. E no espírito da oferenda autojustificada de Caim que ela é praticada.

É difícil não oferecer nada a Deus. É muito difícil apenas confiar que o sangue de outro cobriu você. É loucura para os gregos e intelectuais; é escândalo para os judeus e todos os religiosos.

Para ser discípulo de Jesus a pessoa tem que renunciar o “si mesmo”. Ora, isto significa desistir de si mesmo como “produção” de algo que comova a Deus.

Negar ao “si mesmo” é abandonar a presunção da persona.

Negar a si mesmo é o que se tem que fazer para que o “eu” seja alcançado, e, em seu estado mais verdadeiro, possa ser atingido pelo amor de Deus.

Negar a si mesmo é deixar toda justiça própria e descansar na justiça de Deus, que, antes de tudo é justiça justificadora.

Negar a si mesmo é abandonar a presunção de agradar a Deus pela imagem e pelas produções próprias.

Quem quer negar a si mesmo?

Se alguém quiser, então tome a sua cruz. Cruz? Que cruz? Ora, a única. A minha cruz será sempre me gloriar na Cruz.

Alguém diz: mas não sobrou nenhum sacrifício para mim?
O sacrifício é aceitar que o Sacrifício foi feito e consumado.

Alguém pensa que isto é fácil?

Tente!

Sim, tente apenas e tão-somente confiar que está pago e feito.

Tente crer que Jesus é suficiente, não como chefe de religião, mas como o Cordeiro que tira o pecado do mundo todo.

Tente rejeitar todo pensamento de autojustificação toda vez que você se vir tentado a se explicar para Deus e para os homens.

Tente apenas confiar na única Cruz, e, assim, levar a sua cruz, que é andar pela fé, nunca tendo justiça própria senão a que vem de Deus.

Tente, e você verá como todos os seus sentidos se revoltarão, e como todos os seus instintos ser eriçarão, e você se sentirá inseguro, como se a Lei do Reino fosse a Sobrevivência dos mais Aptos.

Sim, porque nos sentimos seguros no sacrifício de Caim, embora ele nada realize diante de Deus. E nos sentimos muito inseguros na hora de praticar na vida o sacrifício de Abel.

Jesus disse: “Está consumado”. E a nossa alma, em si mesma, pergunta: “O que mais eu devo fazer?”.
Jesus terá que repetir Seu sacrifício todos os dias outra vez? Ou terei de oferecer alguma coisa a mais?

Ora, se a pessoa consegue desistir do “si mesmo”, e tomar a sua cruz, então, Jesus diz que esse tal vai poder segui-Lo.

“Segue-me” – é o convite.

E aí? O que acontece? Fica tudo resolvido?

É claro! Está tudo resolvido! Eu, agora, é que preciso aprender a usufruir o que já está consumado. Assim, tendo já tudo consumado em meu favor, caminho para experimentar o que já está feito e pronto.

E como é esse caminho? Como se faz para seguir Jesus?

Ora, ande após Ele como Pedro... E os outros.

O discípulo é um ser em disciplina. Disciplina é o que o discípulo vai aprender.

Que disciplina? A dos centuriões?

É claro que não. A disciplina que o discípulo vai aprender é amor.

Assim, no caminho, o discípulo cai, levanta, chora, questiona, se oferece para o que não deve, ambiciona ser maior, menor, mais amado, mais crido, mais usado, mais devotado, mais, mais... E então, vai aprender enquanto cai, enquanto erra, enquanto sugere equivocadamente, enquanto acerta, enquanto nega, enquanto corta orelhas, enquanto quer fazer fogo cair do céu e enquanto pensa que sabe, sem nada saber.

O caminho do discípulo é igual ao caminho dos discípulos no Evangelho, e acontece do mesmo modo. E só será disciplinado se for igualmente acidentado, exposto, aberto, equivocado, humilde, capaz de aceitar a repreensão do amor e apto a aprender sempre sem jamais acreditar que terminou qualquer coisa antes que se ouça: “Vem, servo bom e fiel; entra no gozo do Teu Senhor”.

O caminho do discípulo não está escrito em manuais e nem em cartilhas de igreja.

O caminho do discípulo é todo o chão da existência.

O discípulo é forçado a só aprender se viver. E ele não precisa ter medo da vida, pois é na vida que ele vai seguir a Vida.

No caminho do discípulo o mar se encapela, as ondas se levantam e os ventos sopram. Por isso, o discípulo muitas vezes tem medo, grita, vê coisas, interpreta-as errado – “É um fantasma!”.

Seguindo Jesus, o discípulo está sempre seguro, mesmo quando pede o que não deve, e mesmo quando muitas vezes deseja o que lhe faz mal.

No caminho ele vê demônios saírem e não saírem; julga e é julgado e aprende que não pode julgar; afoga-se, é erguido e caminha sobre as águas; vê maravilhas; encarar horrores... Mas adiante dele está Jesus!

Para ser um discípulo de Jesus a pessoa tem que ficar sabendo que o Evangelho não são quatro livros acerca do que aconteceu entre Jesus e alguns homens e mulheres há muito tempo atrás.

Para ser um discípulo de Jesus a pessoa tem que ficar sabendo que o Evangelho está acontecendo hoje, do mesmo modo, na vida dela. E precisa saber que as coisas escritas no Evangelho são apenas para a gente ficar sabendo como é que acontece na nossa própria vida.

O Evangelho só é Evangelho se for vivido hoje. Não com a pretensão de dizer que seremos como Jesus. Mas pelo menos com a declaração de que seremos como os discípulos, e que adiante de nós, de todos nós, está o Senhor.

Nota do EdV:

Cresci na fé lendo e ouvindo Caio Fábio.

Sei que seu nome hoje recebe muita ressalvas por parte de muitos seguimentos (?) da Igreja.

Devo dizer, entretanto, que em todos esses anos de tentativas para servir adeqüadamente ao meu Senhor, Ele mesmo acrescentou, não apenas muito, mas tudo à minha vida.Nas derrotas e fracassos, inclusive.

Arrisco a dizer até: sobretudo, nas derrotas e fracassos.

Acredito e creio que assim o foi também na vida de todos os sinceros que se inspiram em Cristo.

O que nos credencia a nos silenciarmos reverentemente...

Pois prova que sabemos menos do que sabemos não saber.

E que no final, entre tantas sentenças e julgamentos, só Uma realmente importará.

Temamos, pois, irmãos!


"BEIJING, BEIJING, TCHAU, TCHAU!"



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PIMENTA NOS OLHOS DOS OUTROS...


Nota do EdV:

Isso não é nada.

Experimente ir lá pregar o Evangelho pra você ver.

MY REEDEMER LIVES*


* Por Team Hoyt


"Porque eu sei que o meu Redentor vive,
e por fim Se levantará sobre a terra"
(Jó 19:25)

Observação: "O meu Redentor vive" é a tradução do título do post.

O PAPEL ENCORAJADOR DE TODO CRISTÃO*


* Por Missões Portas Abertas

BUTÃO, 05/08/2008 - Nesse fim de semana, durante a visita do vice-presidente de desenvolvimento da Portas Abertas Internacional, Mike Burnard, ao Brasil, ele nos contou uma experiência transformadora que teve quando esteve no Butão, país que ocupa o 5º lugar na Classificação de Países por Perseguição.

"Há alguns meses estive no Butão e um irmão compartilhou comigo uma experiência de vida que falou muito ao meu coração.

Ele tentou fazer uma reunião cristã e ouviu das autoridades locais: 'Negue Jesus ou saia do país.'

Disseram também para ele que, caso saísse do país, arrancariam os corpos enterrados de todos os seus familiares mortos.

Ele se manteve firme.

Começaram a batê-lo até que ele ficasse inconsciente.

Nos 18 dias seguintes, a polícia repetia o massacre. Reunia a vila toda e espancava Filemon até que ele ficasse inconsciente. Naqueles 18 dias em ele foi espancado em frente à cidade, ele me contou o que sentia. As palavras daquele irmão sempre vão ficar comigo.

Ele disse: 'Mike, em cada um daqueles dias que eu era espancado, eu me esforçava para sorrir. Eu não queria que os cristãos do local se tornassem desencorajados.'

Percebam meus irmãos: a primeira preocupação dele não era com os seus machucados, nem com a dor, com as seqüelas que podia ter, nem com a humilhação. Não era querer entender por que Deus havia permitido que ele estivesse lá naquela situação. A preocupação daquele irmão era com aquilo que as pessoas estavam vendo através dele. Era desfazer aquela tentativa maligna das autoridades de desencorajar os demais cristãos locais em sua caminhada com Cristo."

“Encorajem-se uns aos outros todos os dias,
durante o tempo que se chama 'hoje',
de modo que nenhum de vocês seja endurecido pelo engano do pecado,
pois passamos a ser participantes de Cristo,
desde que, de fato nos apeguemos até o fim
à confiança que tivemos no princípio.”
(Hebreus 3.13 e 14)

Esse foi apenas um dos testemunhos que Mike Burnard nos trouxe do exterior. Nos próximos dias, vamos publicar outras experiências da Igreja Perseguida que têm muito a ensinar à Igreja Livre.


Nota do EdV:

(...)

Nada.

Pode deixar...

Não tenho nada a comentar sobre isto.

EU SEI ONDE MADELEINE ESTÁ



Todo mundo conhece a história.

A pequena Madeleine McCann (
clique aqui para visitar o site dedicado a ela, em inglês) desapareceu no dia 03 de maio de 2007, em Praia da Luz, Portugal, onde sua família passava férias, a apenas nove dias de completar somente 4 anos de idade ainda.

Conheça a cronologia do caso

O caso ganhou repercussão mundial, e contou com o apoio de muitas celebridades ao redor do mundo.

Hoje, mais de um ano depois, muitas perguntas e ainda nenhuma certeza. Apenas a terrível sensação de que, quanto mais o tempo vai passando, mais distante de voltar para a casa a jovem Madeleine parece estar.

Entretanto, eu sei de um lugar onde a pequena Maddie (como também é conhecida) certamente se encontra agora.

A consciência culpada de alguém.

Isso mesmo.

Desculpem-me se os frustrei com minha resposta, mas é difícil acreditar que alguém que me lê esperasse realmente que eu tivesse uma solução para este caso.

Se pudesse resolvê-lo (ah, quem me dera!), é óbvio que eu não o faria aqui.

E também não estou desdenhando de um acontecimento tão comovente e trágico como este.

Por favor, não me entendam mal!

Mas a proposta do blog, afinal, não é nem jornalística nem policial.

O que pretendo aqui é destacar algo mais sutil, não só deste episódio, mas de muitos outros. E que diz respeito a nós e a Deus.

Assusta-me (ou não) pensar que neste exato momento milhões de pessoas ao redor do mundo vivem normalmente suas vidas em sociedade, enquanto escondem dentro de si trevas tão densas que se poderiam apalpar.

Quantas mãos assassinas não nos são estendidas durante uma cordial apresentação, ou num troco devolvido depois da compra de uma mercadoria qualquer. Quantas conversas amistosas não temos nas filas dos bancos com corruptos e corruptores. Quantos serviços prestamos a bandidos os mais variados, ou somos servidos por eles.

Imagine quanta mentira e engano deve haver (e há) no interior mais íntimo de nossos relacionamentos, desde os mais casuais àqueles mais profundos.

Há alguém agora neste mundo que sabe onde Madeleine McCann está e como está.

Alguém que acorda todas as manhãs, toma o seu café comprado na padaria próxima de casa, onde é bem atendido por uma balconista simpática. Talvez estude, talvez trabalhe. Tem amigos (ou pensa ter), fala, ouve, ri, chora... É respondido e correspondido. E acredita que tem lá seus méritos para tanto.

Mas, como seria se todos, a balconista e os amigos, soubessem, de fato, quem ele é?

Em chegando em casa, ele se olha no espelho e o que vê?

Ora, ele sabe o que vê. Aliás, só ele sabe o que vê.

A única testemunha a depor contra ele nesse caso é sua consciência culpada, manchada e torturada por alguma coisa sombria e nebulosa, mas que é guardada a sete chaves por uma reputação pela qual ele julga ter de zelar.

Mas não tem jeito. Queira ele ou não... É aquela pessoa, a do espelho, que ele é. E não a personagem que interpreta para as pessoas.

Sorriem para ele, porque não sabem.

Então, quando sorriem, não é para ele que sorriem! É para a personagem dele. Para a figura. Para aquela imagem. Aquela farsa de si mesmo.

Mas e quanto a nós? Quanto disso há dentro de cada um de nós?

Alguém já disse que nós somos aquilo que pensamos que os outros pensam de nós.

Em resumo, o que somos é mesmo uma imagem apenas.

Uma figura.

Um retrato pálido, opaco e, nesses casos, também sujo. Mas que mantemos como se fosse ouro puríssimo e reluzente.

É isso o que somos afinal.

Se as pessoas gostam de nós, portanto, isso não é de todo confiável.

Significa apenas que, por enquanto, a imagem que fazemos de nós é agradável.

É o que deixamos saber de nós.

Mas... E o que não sabem?

Bons ou ruins, legais ou chatos, bonitos ou feios, no fim tudo é a mesma coisa: uma imagem apenas. Algo ainda longe da realidade que se encontra no âmago de nós.

A menos que resolvamos mudar isto.

E para mudar, contamos com um importante aliado: a nossa consciência.

Ela mesma.

O pecado quer fazer de nossa aliada, nossa inimiga. Afinal, aquilo que é inerente a Deus é aversão no inferno, e vice-versa.

Mas a verdade é que a consciência é um grande instrumento de Deus para a nossa santificação, exatamente por ser um testemunho de Deus dado a todos os homens (João 8:9; Romanos 2:14, 15).

A concordância léxica Strong’s
assim a define: “O conhecimento de alguma coisa; a alma como diferenciadora entre o que é moralmente bom e mau, impulsionando a fazer (rapidamente) o primeiro e evitar o último, exaltando um e condenando o outro; a consciência”.

Assim, pelo testemunho do Espírito em nossa consciência (Romanos 9:1), podemos aperfeiçoar nossa santificação no temor do Senhor.

Eis aqui uma afirmação importante, e que nos diz mais do que podemos inadvertidamente entender.

Essa obra específica do Espírito, pela consciência, não é exclusiva apenas daqueles que têm o Espírito, ou seja, os crentes. Afinal, não são somente os crentes que têm consciência das coisas.

E é assim também que esse serviço prestado pela consciência no interior de todo e qualquer homem acabará por torná-lo inocente ou culpado diante de Deus naquele dia.

“Quando, pois, os gentios, que não têm lei,
Procedem, por natureza, de conformidade com a lei,
Não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos.
Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração,
Testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos,
Mutuamente acusando-se ou defendendo-se,
No dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus,
Julgar os segredos dos homens,
De conformidade com o meu evangelho.”
(Romanos 2:14-16)

É fato, portanto, que não tratamos aqui apenas dos crentes em Cristo.

Mas, é óbvio, a responsabilidade destes (nós) é ainda maior, posto que têm o Espírito Santo de Deus dentro de si.

Claro! Desde que lhe sejamos sinceros.

E, sobretudo, obedientes.

Ou, da mesma maneira como podemos sequer imaginar a vastidão de glória e alegria que nos espera se formos obedientes a Deus, também será se tentarmos pensar na amplitude da desgraça de não Lhe obedecermos.

“Valha-nos, Deus!”

O MAIS ALTO LUGAR DE ADORAÇÃO*


* Por Comunidade Evangélica da Zona Sul





A mais bela canção que existir
Os versos mais bonitos não irão
Expressar a beleza
Da Tua santidade

Se todo instrumento e toda a voz
Ao mesmo tempo emitissem sons
Ainda não expressariam
Tua grandeza, Pai

Tu és merecedor de receber
Bem mais do que eu posso Te dar
O mais alto lugar de adoração
Que eu alcançar
Ainda estará debaixo dos Teus pés

Então cria em mim, Senhor
Um coração que agrade ao Teu
Que eu seja como uma criança a Te louvar

Que o fruto dos meus lábios seja agradável a Ti, Senhor
E recebido como perfeito louvor

Autores: Ana e Edson Feitosa
Álbum: Marcas de Cristo