TER OU NÃO TER...


“... a Si mesmo Se humilhou...”
(Filipenses 2:8)

Os reinos do mundo e os tesouros da Terra são como o lixo diante de Deus.

O Criador, Sustentador e Destruidor do universo não Se sente seduzido por nenhum deles.

A cobiça do mundo não mancha Sua mente, e os valores daqui não fazem sombra alguma à Sua luz.

Deus é incorruptível.

Corromper, muito mais sutil do que perverter ou desmoralizar, significa mudar os valores.

Por este raciocínio simples, é fácil imaginar que, Se Deus estivesse assentado no lugar mais elevado dessa terra, ali Ele já estaria rebaixado. E os anjos do céu, por certo, cobririam Seus rostos para não verem-No submetido à tamanha ignomínia.

Fora do lugar onde Ele já esteja, não há qualquer outro lugar no universo que Lhe seja digno afinal.

Assim, se Deus escolhesse viver entre os reis, príncipes, imperadores ou entre as maiores sumidades havidas em todos os tempos, Ele já não escaparia do vexame.

Imagine então vê-Lo nascer num cocho, dentro de uma estrebaria, meio às fezes e urinas dos cavalos e dos gados.

Imagine-se lá. Sim! Você.

Devo dizer, entretanto, que, para alguém como Deus, aquele lugar e o Palácio de Buckingham são a mesma coisa. E o Burj Al Arab não é mais belo ou limpo também.

Como já vimos antes, Deus Se esvaziou completamente de Si, e, em Jesus, veio habitar entre nós, “... cheio de graça e de verdade...” (João 1:14), rebaixando-Se a um nível jamais imaginado por nossas mentes criativas.

Porém, vemos agora que Ele, já despojado de toda a glória que tinha com e como Deus, viera também destituído de toda a glória que poderia ter (embora indignamente ainda) entre os homens.

Se para você e para mim fosse indiferente nascermos ricos ou pobres, certamente escolheríamos ser ricos. Afinal, um pouco de conforto não faz mal a ninguém.

Ou a quase ninguém.

Sim, porque Jesus, por certo, escolheria a pobreza.

Escolheria, simplesmente, porque escolheu.

Não nasceu rei, não nasceu príncipe, não nasceu nobre.

Nasceu indigente.

E mais: viveu anônimo.

Assim como no post anterior, aqui também Jesus Se humilhou porque ninguém poderia fazê-Lo, ou fazer a Ele.

É um maior que submete um menor à humilhação.

Entretanto, quem é maior do que o Alto e Sublime, que o Soberano e Excelso, que o Deus dos deuses, Senhor dos senhores e Rei dos reis?

Jesus então novamente Se abaixa, Se inclina, mas agora de uma maneira ainda mais inadmissível, Ele o faz entre os homens, “... sendo obediente até a morte, e morte de cruz.” (Filipenses 2:8)

Jesus obedece.

A todos.

Em tudo.

Até o fim.

O pior fim.

É importante dizer, antes de terminar, o óbvio: Jesus não perdeu Sua autoridade Se fazendo homem e, entre os homens, obedecendo-lhes.

Ao contrário, Ele a reforçou.

O que Jesus fez foi humilhar-Se, tornando-Se o menor entre todos, e o fez obedecendo e servindo os demais (Ele que, como Deus até então, nunca precisou obedecer a coisa alguma ou a ninguém).

Mas a obediência jamais vai ser humilhante para quem se propõe a segui-la.

A obediência, afinal, não humilha ou envergonha ninguém, porque no Reino de Deus é diferente.

"Mas entre vós não é assim;
Pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós,
Seja esse o que vos sirva;
E quem quiser ser o primeiro entre vós,
Será servo de todos.
Pois o próprio Filho do homem não veio para ser servido,
Mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos"
(Marcos 10:43-45)

SER OU NÃO SER...



“... a Si mesmo Se esvaziou...”
(Filipenses 2:7)

A obra mais elevada que Deus já realizou em toda a eternidade foi rebaixar-Se.

Se estivermos falando de Alguém que é Deus (e estamos), a ressurreição dos mortos não parece ser algo demasiado difícil para Ele, não é mesmo?! Menos ainda, a cura de qualquer enfermidade. Ou ainda a operação de algum milagre.

Alguém que se chama Deus só recebe essa alcunha porque se parece com Tal.

Assim, não é de espantar Suas manifestações de poder assombroso no decorrer dos anos. Quando vejo pessoas duvidando das histórias que lemos nas Escrituras Sagradas, percebo que o fazem porque ignoram a natureza do Indivíduo acerca de Quem elas tratam.

Não é Deus?

Se algo lá nos causa perplexidade e atiça nossa incredulidade isto deveria ser facilmente resolvido quando nos lembramos de Quem é a pessoa alegada ali como responsável por qualquer quimera.

Alguém pode até confessar a não existência de Deus – e, por conseqüência, rejeitar todo o resto acerca d’Ele – mas, uma vez que admite a possibilidade de um Deus, não há como negar Sua soberania e capacidade de fazer tudo e qualquer coisa. Ou então, não seria Deus.

Por essa razão, digo-lhes que a obra mais alta, mais impressionante e mais admirável já realizada por Deus dentre todas as outras aconteceu para baixo, descendo. Até pousar, e repousar, numa manjedoura em Belém da Judéia.

Ali, Deus se esvaziou de toda a Sua glória, e se fez um homem.

Tenho todo o respeito pelos esforços que a mente humana faz no sentido de, por vezes, explicar o espiritual.

Mas acho, honestamente, que é muito mais sincero quando assumimos nossa incapacidade de discernir além da linha limítrofe em que Deus nos encerrou.

A palavra “esvaziou” aí deveria ser suficiente para compreendermos bem o que aconteceu. Não devemos ter medo de assumi-la da forma como ela mesma se sugere, e assim diminuir a Deus, pois Deus mesmo não a usaria, ou não a permitiria, se ela Lhe diminuísse em alguma coisa.

Aliás, há algo que possa diminuir a Deus?

Esvaziar é, literalmente, tornar vazio, evacuar, desocupar.

Deus esvaziou-Se de Si mesmo. Tirou tudo o que tinha de Si. Deixou na glória. E desceu gente. E desceu Jesus.

Jesus era o Deus esvaziado. Por mais que isto nos pareça ambíguo e contraditório, Jesus foi, por assim dizer, o Deus-não-Deus, ou o Deus completamente homem.

Sim, completamente homem, pois esvaziar é retirar o conteúdo.

Não gosto da frase-pronta de que Jesus era 100% Deus e 100% homem.

Não é o que dizem as Escrituras Sagradas.

Se, de fato, esvaziou-se, era 100% homem, mas não era 100% Deus.

Acho mais sincero e simples quando assumimos isto, sem medos bobos. Deus nunca deixará de ser Deus por isto, e Jesus nunca deixará de ser Jesus.

Jesus, vazio de Deus, assumiu a forma de servo, tornou-Se semelhança de homem e foi reconhecidamente identificado assim entre os seus.

As pessoas não viam Jesus margeado com uma aura azul reluzente ao redor, e uma auréola branca sobre a cabeça.

Quando olhavam, era um homem que viam.

Provavelmente se você trombasse n’Ele na rua, pediria desculpas e seguiria adiante, sem saber que Aquele era o Filho de Deus.

E não saberia por que não era mesmo simples de se saber.

Durante 30 anos de sua vida, Jesus esteve calado.

Neste tempo, viu certamente todo o tipo de injustiça e maldade de que podia o coração do homem. Ouviu muita lamúria e percebeu muito rancor.

Mas calou-Se.

Era só o filho do carpinteiro de Nazaré.

Sejamos francos: só nós sabemos que aquele filho de José era também o Messias, o Salvador do mundo. As pessoas lá não tinham como saber. A Bíblia ainda não tinha sido escrita.

Só nós. E mesmo assim é porque conhecemos o final.

Ou você, lá, ia ser o único(a) que ia ver o garotinho Jesus correndo atrás de um bezerrinho e gritar: “Bendito é o que vem em nome do Senhor!”?

Quando ouviram-No dizer, mais tarde, que era o Filho de Deus, muitos riram, assim de cantinho de boca, ironicamente, ou pensaram: “Mas que bobagem!”. E muito provavelmente, nós faríamos o mesmo.

“Onde já se viu? Deus aqui, entre nós?”

Sim, era difícil mesmo de crer.

Por isto, esta foi Sua obra mais elevada e transcendental.

Porém, Deus, capaz de fazer tudo e qualquer coisa, podia, inclusive, fazer isto: esvaziar-Se.

E Se esvaziou.

Fez isto por que ninguém poderia fazê-Lo ou fazer-Lhe.

Fez isto, mas – pasmem ainda mais! – não parou por aí.

Entretanto, é o bastante.

Por ora.

PARA QUEM BUSCA A VONTADE DE DEUS...


... eis aqui algumas boas dicas de quem entende do assunto.


DISCIPLINA DO SENHOR
Por Missão Portas Abertas

"Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados." (Hebreus 12. 11)

A Palavra de Deus nos diz para suportarmos as dificuldades, recebendo-as como disciplina, para o nosso próprio benefício. Aceitar e enfrentar esse período de testes exige maturidade para que não perder uma chance preciosa de crescimento psicológico e espiritual.

Na China, as ações de graça dos cristãos nas zonas atingidas pelo terremoto estão quebrando corações endurecidos (leia mais). Tradicionalmente a sociedade chinesa não está acostumada com manifestações gratuitas de benevolência, mas, pela primeira vez em Sichuan, muitas pessoas estão experimentando o verdadeiro amor de Jesus.

Na Eritréia, corre a notícia de que as autoridades planejam acusar cristãos, presos há mais de quatro anos sob acusações de serem traidores, e executá-los rapidamente (leia mais). As famílias estão apreensivas. Ore por esses irmãos, que enfrentam tempos de adversidade, para que experimentem a paz que excede todo o entendimento.

Na Nigéria, o seqüestro de adolescentes cristãs com o objetivo de casá-las à força com muçulmanos está se tornando uma prática recorrente. Muitos pais não sabem do paradeiro das filhas. Mas há aqueles a quem o Senhor permitiu recuperá-las e que já voltaram para casa (leia mais).

Toda vez em que estiver numa situação delicada, adversa, difícil, pergunte ao Senhor o que Ele tem para ensinar com a situação. Não racionalize, não reclame e nem julgue. Abra-se para esse exercício de fé, a fim de crescer e experimentar os frutos de paz e justiça.

PARA QUEM BUSCA A PRÓPRIA VONTADE...


... eis aqui algumas boas dicas de quem entende do assunto.