A música fala de um jovem (Johnny) que se vê às vésperas, ou do fim do mundo ou de sua própria morte, e é confrontado a olhar para trás, fazendo uma sincera retrospectiva de sua vida, e avaliar como viveu, o que fez e que “benefícios” ele haveria de ter com tudo o que conseguiu até aquele momento. O fim da história – subentendido – parece não ter sido dos melhores para o nosso “herói”. E, infelizmente, há muito mais do que uma simples ficção nisto tudo.
Johnny é surpreendido com a notícia trazida por um “pequeno jornaleiro”, de que o fim do mundo estava, mais do que nunca, iminente. E é então que ele, “pobre Johnny”, se vê diante da pior questão de que jamais poderia imaginar acontecer em toda a sua vida:
O que faria nas últimas horas?
Foram avisar assim tão de repente;
Você não estava preparado!”
Mas a desgraça estava em que, para Johnny, que havia passado a vida “ajuntando riquezas”, não só as respostas não seriam mais suficientes, como também de nada adiantaria tentar mudar, àquela altura, o rumo da história toda. “Esta noite pedirão tua alma, louco...” – Não haveria mais tempo para ele.
De fato, Brother Simion dramatizou uma profecia há muito conhecida e, ainda que não totalmente crível – principalmente por não ser factível (até aqui) – ela é incontestavelmente temida por todos. No fundo, no fundo, todos tremem com esse tal “fim do mundo” que tanto se fala por aí. Uns menos, outros mais.
Johnny é a personificação do homem, em essência. Não é claramente a figura do homem desvairado, irreverente, omisso, desregrado ou incontinente. Muito menos do homem bandido, homicida, pedófilo, ladrão, corrupto ou de que tipo de mazela for. Ele é só a personificação do homem-homem mesmo. Alguém que vive (ou viveu) a seu bel-prazer. Não sabemos o que fez, mas sabemos o que provavelmente não fez: preocupou-se com Deus e com Sua vontade. Johnny jamais se envolveu com essas coisas, de tal maneira que sequer sabia que tinha uma alma. Tudo muito igual à nossa realidade, a não ser por um pequeno (e que pode ser crucial) detalhe:
No nosso “mundo”, por mais que se fale (e falam) do fim dos tempos, o assunto é demasiado excêntrico para se levá-lo à sério. É melhor que fique resumido às doutrinas apocalípticas de qualquer religião ultra-radical, do que figurar entre os assuntos realmente importantes que permeiam o dia-a-dia das pessoas. É mais cool tratarmos de assuntos como o homossexualismo, a clonagem humana, os estudos com células-tronco, e as avançadas poligamias simultâneas e sucessivas, etc. Muito mais “charmoso” e altamente mais em voga falar e defender uniões alternativas, desde a simples “ficadinha”, moderna e despojada, até o mènage-a-trois, ou troca de casais, do que do retrógrado e falido casamento.
O fim do mundo até serve de bom roteiro para os filmes, porque estes, como arte cênica que são, apelam para o emocional e nutrem de esperança o esforço fútil e fugaz do indivíduo, ajudando-o a encarar sua realidade táctil, palpável, e por isto mesmo cética quanto a tudo o que não se pode provar de antemão.
O homem de hoje não pode basear-se em teorias dúbias, não tem tempo para as crenças improváveis ou uma simples teologia barata, já que o mundo ao seu redor está acontecendo numa velocidade espantosa e, daqui a pouco, sua vida terá sido privada dos prazeres e deleites, dos desfrutes e delícias, todos absolutamente reais e, mais que isto, próximos; ao alcance não só dos olhos, mas das mãos e de tudo o mais que qualquer um se permitir, pois, como diria Fernando Pessoa, tudo vale a pena se a alma não é pequena.
Mas ao chegarmos aqui, faz-se necessário traçamos um paralelo entre a música do Katsbarnéa, a realidade fictícia do mundo de Johnny, e a realidade factível dos homens de hoje. Das duas, apenas uma estará certa ao final: ou Johnny não morreu ao fim daquela história, e – pior – continua sua busca frenética pelos valores dessa vida, ignorando qualquer profecia que o condene; ou, tendo morrido, deixou seu legado de vaidade e luxúria, plantado no coração de cada alma vivente sobre a face da Terra.
Seja qual for a resposta, Johnny está vivo. Ainda que dentro de nós.
Mais do que roteiro de histórias de ficção científica, o fim do mundo é certo.
Para os céticos, ele virá simplesmente com o fim da vida de cada um, o que não pode ser negado nem pelo pior deles (a menos que o sujeito consiga convencer-se de que não existe, duvidando de si mesmo; e ainda assim, o será apenas para ele próprio, porque, apesar de sua loucura, todos ao seu redor sabem que ele existe).
Para aqueles que, como eu, crêem nas Escrituras e sabem o que se espera para este mundo, o fim do mundo virá de um jeito ou de outro mesmo. Ou termina com o fim da vida de cada um (quando o mundo literalmente acaba pra quem morre), ou termina com a volta de Jesus, quando tudo o que for corruptível se dissipará.
Não posso conjecturar sobre a morte, e não tenho autoridade para falar nem dela nem do que há depois dela, senão caio na incoerência de afirmar o improvável, quando o questiono, na verdade (e na Verdade). Mas posso, e vou, expor minhas razões para crer no seu fim irretratável, irrevogável e inadiável: o dia da volta de Cristo! O dia em que todos compareceremos perante o Seu tribunal para, assim como a pergunta que não se calava para Johnny, prestar contas do que fizemos e não fizemos, do que cremos e não cremos, do que vivemos e não vivemos.
O Juiz, o mais reto e justo entre todos nunca dantes conhecidos, fará um julgamento tão irretocável e absolutamente convincente que até os condenados, a meu ver, deixarão Sua presença conturbadamente certos de que jamais alguém lhes poderia ter dado um veredicto tão acertado e que o destino de suas almas não poderia ser outro afinal.
A primeira razão é, sem dúvida, a de que as profecias bíblicas nunca deixaram de se cumprir.
Isto é fato histórico, embora a história insista em encontrar explicações científicas para cada profecia tornada fato. E até encontra, às vezes. Mas prefere acreditar que a ciência explica o que chamamos de Deus, do que convencer-se de que Aquele a Quem chamamos de Deus é exatamente Quem, afinal, manipula a ciência.
A segunda razão é a impressionante “coincidência” (para os que assim preferem considerar) entre os acontecimentos atuais e as profecias bíblicas que, porventura, ainda não tinham, até então, se cumprido.
Quanto as que já se cumpriram, poderíamos citar, por exemplo, o próprio nascimento de Jesus.
Havia muitas profecias acerca do Seu nascimento, e elas eram, até então – pasmem! – controversas. Uma dava conta de que o Messias nasceria em Belém. Outra dizia que Ele seria chamado Nazareno. Uma terceira afirmava que Ele haveria de vir do Egito.
De onde viria, afinal?
Deus, rindo da sabedoria dos homens (Salmo 2:4), cumpre todas elas, por mais incompreensível que isto pudesse parecer.
Jesus nasce em Belém, é criado em Nazaré e, por conta de uma perseguição de Herodes, é levado para o Egito, de onde é chamado por fim.
Aleluia!
Esse é um caso em que havia, em princípio, várias probabilidades, várias opiniões, vários pareceres. Mas Deus mostrou-Se fiel ao que prometeu, como sempre.
Há outros, mais simples, e que, como não poderia deixar de ser, foram integralmente cumpridos também; óbvio.
Quanto às profecias que não se cumpriram nos tempos bíblicos, e que estão se cumprindo contemporaneamente, eu gostaria de ressaltar apenas uma:
E na terra angústia das nações,
Em perplexidade
Pelo bramido do mar e das ondas.”
(Lucas 21:25)
Erroneamente pensamos que esse texto diz respeito ao passado da Igreja, mas não. O texto diz respeito aos nossos dias, mas isto é estudo e reflexão pra outro dia.
O mundo nunca se assustou tanto diante das chamadas intempéries da natureza como nos últimos anos. Nunca houve tanta catástrofe natural, tanta morte, tanto assombramento. E as explicações são as mais variadas: o aquecimento global, o superpovoamento, o El Nino... Não importa. Como eu disse, tudo é mão de Deus para mim.
Dito isto, eu devo perguntar: se todas as profecias até aqui vêm se cumprindo religiosamente, não é razoável que esperemos o mesmo em relação àquelas que, porventura, não tenham sido? Será que, por exemplo, a volta de Jesus é uma improbabilidade histórica, um êxtase inventivo e mero fruto do imaginário antigo? Seria esse fato, isoladamente, uma... Exceção? Entre tantas?
Lembre-se: sua resposta, sincera e convicta, pode ser mais do que pessoal; pode ser fatal!
Mas, por último, sim, eu devo, realmente, considerar que posso estar errado em tudo o que argumentei acima. E, de fato, Deus não existir, o céu não existir, o inferno não existir, nada mais haver além daqui, enfim: ao morrermos, tudo se tornará em nada. Viraremos fumaça e pronto.
Ok.
Levando em conta isto, eu não tenho com que me preocupar também, afinal eu, você, todos viraremos fumaça, ou não haverá mais nada, o que é a mesma coisa.
Agora...
Se eu estiver certo...
As Escrituras estão certas...
E aí...
Hummmm...
E todos os povos da Terra se lamentarão,
E verão o Filho do Homem
Vindo sobre as nuvens do céu,
Com poder e muita glória.”
(Mateus 24:30)
Assim, prestem atenção vocês que não crêem!
Estando eu certo ou não, eu estou 100% garantido.
Mas vocês...
Bem, vocês só têm 50% de chance, e terão, invariavelmente, de estar certos ao final.
Tomara que estejam certo, portanto.
Para o bem de vocês...
... Tomara.
Porque senão...