TEM GENTE NOVA NO PEDAÇO!!!

LITERALMENTE.

E COM BLOG (que já tá nos meus favoritos, inclusive)!!!

SE QUISER CONHECÊ-LO (eu recomendo, mas sou suspeito), CLIQUE NO FEIJÃO ABAIXO (depois você vai entender...):


LÁ, "ELE" FALARÁ POR SI...

TÃO PERTO... TÃO LONGE

Deus está num plano completamente distinto do nosso. Do nosso e de tudo o mais, diga-se.

Todos os adjetivos em Sua direção que puderem ser enumerados O colocarão num lugar absolutamente desconhecido de nós, mortais. Tudo o que conseguirmos pensar a respeito de Deus e do lugar onde Ele está, será tão somente fruto mirrado de nosso cognitivo imaginário, longe ainda – e sequer sabemos o quanto – da realidade.

Quando pensarmos no céu, por exemplo, o que virá à mente será algo inteiramente subjetivo, e que mesmo melhor para uns ou pior para outros, inegavelmente será apenas a sombra nubiosa de uma imagem opaca, do que o céu propriamente, em si.

De igual sorte, os predicados que Deus recebe não apenas O qualificam, mas O superlativam em relação a qualquer outro ser. Deus é, segundo as Escrituras, Alto (ou Altíssimo, num outro ponto), Sublime, Eterno, Excelso, Soberano, Grande, Formidável, Maravilhoso, Terrível, Magnífico, Temível, Majestoso, e outras tantas atribuições mais que se misturam, se confundem e quase se repetem; pleonasmos involuntários e compreensíveis de quem está estupefato diante da Sua revelação e não encontra mais palavras que a exprimam.

Aliás, é tolice pensarmos que nosso pobre vocabulário, seja em que língua for, pode distingui-Lo devidamente. Não se trata de encontrar palavras ou não, mas de que elas sequer existem entre nós. Ainda que juntássemos numa única palavra todas as letras de todas as línguas e dialetos existentes, em todas as suas formas de expressão, e a cantássemos ao Senhor em todos os tons, e em uníssono, homens e animais, esta palavra não estaria à altura de Quem Deus é.

Tudo o que pudermos dizer, pasmos, a respeito de Deus é, e será sempre, aquilo que Ele mesmo deu-Se a conhecer. Em outras palavras, Deus rebaixa-Se e nivela-se entre nós, até ao ponto onde nossas letras conseguem se ajustar e se ajuntar ordenadamente, formando palavras inteligíveis, que, embora excelentes, são meros reflexos da Sua limitação, pela qual passou, a fim de podermos compreendê-Lo ao menos um pouquinho.

Assim é Deus, e assim nos convém pensar ao Seu respeito.

Uma vez que Deus está tão distante de tudo o que se possa conceituar, não é difícil concluirmos, portanto, que à medida com que vamos nos aproximando d’Ele mais vamos nos afastando de todo o restante.

É reconhecidamente um fato que os santos homens de Deus, desde o passado mais remoto, têm sido homens à margem da sociedade em que viveram. Uma marginalidade não-voluntária, incondicional e inevitável a eles, haja vista sua estreita relação com as coisas espirituais face ao mundanismo que os rodeava.

O Dr. A. W. Tozer, em seu excelente livro “O Homem: a Habitação de Deus”, diz: “O desejo de companhia é completamente natural e certo. A solidão do crente nasce do seu andar com Deus num mundo ímpio, um caminhar que freqüentemente o afasta da companhia de bons cristãos assim como do mundo não-regenerado. O instinto que lhe foi concedido por Deus clama por manter amizade com outros que se identifiquem com ele, outros que possam compreender seus anseios, suas aspirações, sua absorção no amor de Cristo; e pelo fato de no seu círculo de amigos serem tão poucos os que partilham de suas experiências íntimas, ele é forçado a andar sozinho.”

No livro de Levítico é cansativa a lista de obrigações e responsabilidades atribuídas a um sacerdote. Tantas eram as recomendações que iam desde o vestuário habitual até seus relacionamentos. Não podiam, por exemplo, aproximar-se de cadáveres, senão dos de seu pai, mãe, filho, filha e irmão. Nem mesmo o de sua irmã! E quanto ao matrimônio, não bastasse ter de se casar com uma mulher de Israel apenas, o que era, inclusive, uma regra geral, diga-se, haveria de ser com uma virgem. Sem dúvida, sua liberdade era mais restrita que a dos demais.

Nosso mestre amado, Jesus, também não foi diferente. Por mais que O vemos rodeado das multidões, Jesus era um homem solitário, e gozava de Sua piedosa e bendita solitude sem qualquer cerimônia. Era ali que Ele encontrava a Amizade que tanto desejava ter, de fato.

Essa distância era, essencialmente, moral, mas não apenas isto, e fazia de Jesus um Ser excêntrico e anti-social. Olhar em Seus olhos deveria ser temerário. Quando alguém O ouvia chamar pelo seu nome, suas pernas tremiam.

Certa vez, falando de Si mesmo, Ele disse: “Vem aí o príncipe deste mundo, e ele nada tem em mim”. “Nada” é um termo absoluto, assim como “tudo”, “sempre”, “nunca”... E pode ser usado para reforçar uma idéia, sem, contudo, representar uma exatidão. Mas não acredito que Jesus estivesse usando aí de um mero artifício semântico.

Quando Jesus afirma que nada havia entre ele e o tal príncipe deste mundo, o faz com a mais perfeita e crua exatidão. Ele estava dizendo, em suma, que nenhum detalhe encontrado n’Ele convergia para o de satanás. Opinião nenhuma poderia ser compartilhada entre os dois. Nenhuma concordância sobre assunto algum. Nenhum gosto parecido. Nenhum gesto de um podia lembrar o outro. Nenhum pensamento ou sentimento lhes eram comuns.

E ao chamar satanás de príncipe deste mundo, Jesus está também desnudando e expondo o mundo, estendendo a ele a mesma incongruência moral. Se seu príncipe é assim, o mundo também o é, e está igualmente todo-dissociado de Cristo. O que equivale dizer, por fim, que não há nada no mundo que possa se parecer com Cristo.

Assim, ao nos aproximarmos de Cristo, invariavelmente, nos distanciamos do mundo, e vice-versa.



“Infiéis (Adúlteros), não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.”
(Tiago 4:4)



Como vêem, não há aí uma escolha voluntária por uma inimizade contra Deus. Quem seria tão tolo, não é? A única escolha feita aí de maneira opcional é pela amizade com o mundo. Ocorre que isto, naturalmente, lançará no inferno quem a faz.

Em tempos em que a igreja está cada vez mais parecida com o mundo em que está inserida, com o pretexto de ser tola como o mesmo, e ganhá-lo (tornando-se tola, imbecil e ímpia), Deus nos chama à separação entre o que é santo e o que é impuro, a uma santificação sem a qual ninguém verá o Senhor e à distância solitária, mas imunizada, de tudo. Deus nos chama para Si mesmo, enfim.

Um bom meio de aferir nossa espiritualidade, portanto, é vermos com quem temos nos parecido mais.

Pois quanto mais perto de Deus, mais distante do mundo. Essa é a geografia de Deus. Uma espécie de teografia, eu diria. Simples e inquestionável assim.

DESQUALIFICADOS, GRAÇAS A DEUS!

Recebi a mensagem acima dias atrás na minha caixa de e-mail (clique sobre a mesma para visualizá-la melhor). É um convite para um curso de formação de líderes. Algo muito comum em nossos dias, não é?!

Mas, eu tenho de admitir, eles estão se superando...

Preste atenção a alguns termos: “Líder 1000!”, “Faça um upgrade na sua liderança...”, “... maximize seu potencial”, “... posições estratégicas de liderança”, ”O curso é holístico”, “Especialização em liderança Cristã”, “Filosofia de Ensino: Andragógica-experimental”...

Em outras palavras: se você tem uma "igrejinha pangüeba", se sua “carreira” não deslancha, se o “sucesso” não bate definitivamente à sua porta, o problema pode ser você, e a solução pode estar bem ao seu alcance. Basta fazer um cursinho, e cursos como esses existem aos montes. Escolha o seu!

Tsc, tsc, tsc...

A igreja de hoje é meramente profissional.

Sinceramente, irmãos? Só para se ter uma idéia: eu tive que recorrer ao dicionário para saber o significado de palavras como “holístico” e “andragógica”, porque, senão, nem entender o convite eu ia conseguir.

É impressionante o esforço fútil da igreja do nosso tempo para atualizar-se (ou para fazer um ”upgrade”, como diz o convite acima), “amoldando-se” ao mundo.

Parece que toda a derrota espiritual de um grupo religioso denominacional está relacionada à sua falta de sincronismo com as técnicas recentes de logística pessoal, aplicadas nas grandes redes do comércio ou da indústria.

E sucesso, no (sub)mundo religioso atual, quer dizer “número”: de gente e/ou, claro!, de dinheiro – montas e montes de dinheiro!

A qualificação profissional, então, é requisito básico e mínimo.

O carisma espiritual tornou-se elemento supérfluo, e – gostem ou não – relegado à segundo plano nas plataformas evangélicas de hoje.

A emoção é maior que o quebrantamento (nossas músicas que o digam). A euforia melhor que a alegria do Espírito (que não depende das circunstâncias). A liturgia mais importante que a liberdade do Espírito.

Igualmente assim, nossos sermões bem poderiam ser substituídos pelas obras poéticas de Goëthe, sem prejuízo algum ao conteúdo, quiçá até melhorá-los.

Nossos sermões não passam de reles esforços exegéticos e hermenêuticos, frutos de nossa transpiração apenas, e estranhos à cândida inspiração do Espírito Santo, que transforma definitivamente o caráter do cristão sincero, e repele para bem longe o dissimulado, pois os ímpios não permanecem na congregação dos justos (Salmo 1:5).

Nossas assembléias solenes funcionam mais como tratamentos à base de pílulas de LSD ou ecstasy para os nossos jovens, porque lhes dão coragem para fazerem coisas que normalmente não fazem, como orar, jejuar e ler a Bíblia, quando muito. Porém, seu efeito logo passa, e eles acordam outra vez jogados nas calçadas de suas vidas vazias de sentido e perspectiva, em meio ao vômito da noite anterior, perguntando-se: “O que foi que eu fiz?”.

Para os fracos, são doses homeopáticas de ânimo, o que explica nossa necessidade premente de reuniões freqüentes. Caso contrário, nossos pacientes internos não sobreviveriam mais.

Então, o problema todo parece ser altamente didático mesmo, e uma boa sala de aula talvez possa resolver.




“Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da SIMPLICIDADE E PUREZA devidas a Cristo.”
(II Coríntios 11:3)




Há, enquanto isto, amados, um povo que mal sabe o significado de palavras como “exegese”, “homilética” e “hermenêutica” e que talvez escrevam mais ou menos em português. Portanto, nada sabem de grego, latim ou aramaico. Alguns deles nem a ler aprenderam ainda.

Outros, ainda que o saibam, sabem muito mais que sequer vão precisar disto, pois o Reino de Deus é para os simples e pequeninos, para as crianças, para os pobres, para os últimos, para os que nada são, para os loucos conforme a ciência dos homens, para os perdidos, para os pecadores e para os doentes.

Esses, muito embora seus currículos não tenham grandes indicações e referências, são homens e mulheres que já chegaram humilhados, pois conhecem suas debilidades, suas incapacidades, suas indignidades.

E por reconhecerem isto se guardam santos, com medo de ofenderem ao Santo. São destemidos porque o que temem é se vender, já que têm um Dono. São fervorosos porque só com fervor e vigor é possível permanecerem firmes. E são fiéis porque agradar a Deus é a sua ambição maior, para o quê canalizam todo o seu esforço.

São homens puros e de vestes brancas que não se contaminam com a lama suja deste mundo. São mulheres submissas e castas, cujo adorno não são as vestes sensuais e sugestivas, ou os adereços de jóias e maquiagens chamativas, mas um espírito manso, tranqüilo e recatado.

Sejam filhos, pais, maridos, mulheres, patrões ou empregados, todos cumprem com diligência seu papel, cada um no seu devido lugar e momento, honrando a Deus na simplicidade de suas vidas, e conforme a Sua Palavra.

Graças a Deus porque, em algum lugar do seu coração, há ainda 7.000 homens reservados por Ele que não se dobraram diante de Baal (I Reis 19:18).

Estão desatualizados, sim, em relação a este mundo. Mas... Que importa? Eles não são mesmo daqui.

MACUMBA EVANGÉLICA

Essa foto aí acima eu mesmo fiz, diretamente da tela da TV.

Outro dia, eu estava “passeando” de canal em canal, procurando algum programa que prestasse (eu sou mesmo um eterno sonhador otimista!), quando, inadvertida e estupefatamente, li essa legenda num programa de um conhecido canal de televisão. Tomei, então, minha câmera e registrei, entristecido, o momento.

Antes de mais nada, a mulher aí acima nada tem a ver com o que vou dizer aqui. De todo o meu coração, espero vê-la no céu um dia.

Mas, sobre a foto...

No meu tempo, isto aí se chamava “macumba”, ou “mironga”, “mandinga”, como queiram.

Notem a semelhança íntima com os despachos e as oferendas feitas nas encruzilhadas.

Não deve ser mera coincidência.

A instituição igreja revela-se, à luz das Santas Escrituras, completamente corrompida e desmoralizada.

Faz-se tudo “em nome de Deus”, mas nada “da parte de Deus”, o que não é definitivamente a mesma coisa.

Quando Jesus disse que tudo o que pedíssemos em Seu nome, Deus o faria, não falava de “incluir” Seu nome em toda e qualquer petição que fizéssemos, tal qual as palavrinhas mágicas de um conto de fadas, ou como o “Abre-te, Sésamo!” e “Abracadabra!”. Não!

Dizer “em nome de Jesus!”, assim, com força, com veemência, com “fé” (dizem), ao final de cada oração não é garantia de um pronto atendimento divino, como se seu mero pronunciamento, à revelia, constrangesse e até obrigasse Deus a realizar o que Lhe é pedido.

Fazer qualquer coisa em nome de Jesus é fazer no lugar d’Ele, como se estivéssemos de posse de uma procuração Sua, para representá-Lo. O que significa dizer que, se Jesus estivesse aqui agora, Ele estaria fazendo e/ou pedindo exatamente o que estamos fazendo e/ou pedindo também. É precisamente isto que Paulo queria dizer quando nos chamou de “embaixadores de Cristo” (II Coríntios 5:20).

Neste caso, sim, tudo o que pedirmos Deus fará.

Faz-se urgente, e desesperador, portanto, que a Igreja, não a instituição, mas os crentes fiéis em Cristo, aqueles que sinceramente desejam segui-Lo e servi-Lo, é urgente e desesperador – repito – que se voltem reverentes para as Escrituras, com temor e tremor.

É mister que abandonemos nossas práticas neojudaicas e nossa teologia reformada, que qual parede mofada que se pinta por fora ainda mantém seu bolor nojento, fétido e destrutivo dentro, para nos apegar à Palavra de Deus, em obediência simples e inegociável, a fim de acharmos graça aos Seus olhos.

Até lá, clamamos “Senhor, tem misericórdia de nós, ou seremos consumidos feito palha atirada ao fogo!”.

A VOZ DO VERBO E SEU ECO

“O Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade. E vimos a Sua glória, glória como do Unigênito do Pai” (João 1:14)

Jesus esteve entre nós, em carne, cheio de graça e de verdade.

Obviamente graça e verdade não são substantivos antônimos. E, ao contrário do que se possa pensar, ou a despeito disso, não podemos afirmar que Jesus veio cheio de graça, apesar da verdade, ou cheio de verdade, apesar da graça, como se graça e verdade não fossem atributos concomitantemente possíveis numa pessoa.

Na realidade, graça e verdade são tão indivisíveis quanto o próprio Deus. E uma vez que dizem respeito a Ele, não poderiam mesmo ser. Pois assim como Deus não pode ser dividido em partes, Seus atributos também não se expressam independente dos outros.

Ou seja, no caso em questão, não há graça sem verdade, e não pode haver verdade se não vier com graça.

Tudo o que Jesus dizia era verdade, porque era cheio de graça; e toda a graça que manifestava, era verdade.

Dessa maneira, como o apóstolo João conclui, no texto acima, é possível ver a Sua glória, a verdadeira glória do Filho de Deus.

Jesus é o resplendor da glória do Pai, exata expressão do Seu Ser (Hebreus 1:3). Toda a revelação que quisermos ter a Seu respeito virá cheia de Sua graça abundante e Suas verdades absolutas, que não podem ser questionadas.

“Ecos do Verbo” é o lugar de meu esforço em confrontar as tantas “manifestações de Deus” que freqüentemente vemos por aí com os critérios de graça e verdade estabelecidos por Ele mesmo de revelar-Se, e para revelar-Se, a fim de atestar sua veracidade ou não. Critérios esses plenamente revelados em Cristo.

Nada contra ninguém especificamente...

Mas a favor de Deus, e somente.