DA PERFEIÇÃO DA VIDA...


Ninguém é perfeito? Conversa.

Eu conheci um cara perfeito.

Puxa, como tudo era perfeito pra ele! Aliás, perfeito é pouco. É sério.

Você precisava ver como tudo dava certo pra ele. Dava até raiva na gente – o que prova o quanto éramos imperfeitos perto dele.

Ele não teria aquela raiva. Ele não se irritava com ninguém! Não guardava mágoa de ninguém! E só deixava uma boa impressão.

Pra começar, o cara era lindo! Não, não era lindo porque eu tô dizendo que ele era. Não. Era lindo porque eu e todo mundo achava o cara lindo mesmo. Pra caramba. Nunca conheci ninguém que não dissesse isto.

Além do mais, era inteligente. Mas não era de uma inteligência assim comum, não. Era inteligente de fazer inveja mesmo. Só conversando com ele – sobre o que fosse – pra você ver. O cara sabia tudo de tudo.

Era gente boa toda a vida.

E era sincero, mas não desagradável, inconveniente ou mal-educado. Era de uma sinceridade assim que, mesmo falando a verdade – o que nem sempre é lá muito bom – a gente ainda gostava dele; ou do jeito que ele falava; ou sei lá do que era. Só sei que o cara era dez!

Tinha um bom trabalho – aliás, um ótimo trabalho (e como ganhava bem!) – e tinha tudo o que queria. E tinha as mulheres que queria... Quando queria. Não tinha uma que não quisesse ficar com ele.

Pô, gente, não dá nem pra explicar. O cara era um sortudo filho da mãe! Não tô exagerando. Se ele jogasse na loteria, ele ganhava. Ele ganhava tudo o que participava!

Tudo o que ele fazia dava certo, ia bem.

E acho que esse foi o problema.

Um dia, ele ia a um encontro com uma garota sensacional, bonito que nem ele só, elegante como o quê, num carro que todo mundo gostaria de ter. A noite estava linda, como qualquer pessoa jamais poderia imaginar. E até o trânsito ajudava: poucos carros na rua e nenhum sinal fechado no caminho.

Tudo absolutamente perfeito.

Até que ao cruzar uma avenida, outro carro, vindo sei lá de onde, atingiu em cheio ao seu.

Não houve o que pudesse ser feito.

Sua morte foi instantânea.

No outro carro, infelizmente, o mesmo triste quadro: o motorista também não sobreviveu.

Ninguém entendia direito como aquilo foi acontecer. Logo ele? Como algo pode dar tão errado para alguém com uma vida tão perfeita?

Só mais tarde é que soubemos que, para o seu azar, no outro carro, havia também um homem cuja vida era tão perfeita como a sua.

“Você era um exemplo de perfeição. Como era sábio e simpático! (...)
A sua conduta foi perfeita desde o dia em que foi criado,
até que você começou a fazer o mal. (...)
Por isso, (...) eu o humilhei (...)
Você ficou orgulhoso por causa da sua beleza, e a sua fama o fez perder o juízo.
Então eu o joguei no chão a fim de servir de aviso para outros reis. (...)
Todos os que agora olham para você estão vendo que você virou cinzas.
Você está acabado para sempre,
e todas as nações que o conheceram estão apavoradas,
com medo que aconteça a mesma coisa com elas."
(Ezequiel 28:12-19, NVLH)

OI, IMBECIS!

Vocês já notaram o tremendo mau gosto da Oi em sua última investida publicitária, veiculada na TV, em que uma menininha – linda por sinal – se mostra toda feliz e realizada com seu pai, só porque este lhe dá um celular, mesmo que por conseqüência de sua separação com a mãe?

É o cúmulo da inversão de valores, não?

E há quem defenda que a televisão – especialmente a TV brasileira, notadamente controlada por este Estado totalitário aí que nos governa – traga benefícios à família, como instrumento de socialização e toda aquela baboseira idiota.

Santo despautério!

A ASSEMBLÉIA DOS RATOS

Vida nova, novas experiências...

Eis que na última terça-feira, dia 16/02, feriado de carnaval, tomei um táxi para levar minha amável esposa e adorável filhinha para um “repiauerzinho” no shopping de Uberlândia.

Ao passarmos em frente a um templo da Assembléia de Deus – um dos maiores que eu já vi, inclusive – o taxista, inadvertidamente, é claro – se não seria um tremendo cara-de-pau – e querendo demonstrar simpatia, me soltou essa pérola:

- Ó a Assembléia dos Ratos aí!

Respondi assim, meio que grunhindo, tipo “hunpf”, mas ele, sem imaginar a baita gafe que cometia, e vendo que o templo estava lotado, e mais gente chegava ainda, prosseguiu:

- Hoje a ‘rataiada’ vai fazer a festa!

Esperei um minutinho... Para dar aquela respirada... E então falei:

- Espero que o senhor não fique sem graça se eu lhe disser que também sou cristão, e que fico triste em ouvi-lo dizer isto.

Ele disse que não ficava.

Mas ficou.

Eu então lhe disse que ele não se preocupasse, porque compreendia o que ele dizia (e compreendo mesmo).

Disse – ou tentei dizer – que compreendia porque muita gente, travestida de cristão, realmente vem manchando o testemunho de Cristo, ao se valer da fé para atender seus interesses escusos e promíscuos. Mas, por outro lado, que havia muita gente séria entre aqueles chamados por ele de “ratos”, e que esses não lhe mereciam a alcunha.

Infelizmente tive de descer do carro antes de dar seqüência que queria ao assunto – para sacar dinheiro e pagar o táxi – mas minha esposa ficou ainda com ele um pouco mais.

Ao voltar, percebi que eles continuavam o assunto até ali, mas apenas fiz o pagamento, nos despedimos e cada um foi para o seu lado.

Mais tarde, minha esposa me disse que assunto não evoluíra muito depois. E eles acabaram conversando apenas algumas trivialidades – coisas do tipo “de que igreja você é?” e tudo – mas que a coisa não rendeu o que convinha.

Bem, foi uma pena.

Minha intenção era dizer a ele que o que me preocupava na sua declaração – um pouco acertada sim, eu diria – era que ele um dia se privasse de ouvir o Evangelho genuíno, e de conhecer a Cristo por conseqüência disso, tudo por causa dos tais ratos.

É... Minha intenção era esta... Mas não foi o que acabou acontecendo. Talvez por covardia minha, ou preguiça, ou mesmo por causa daquele tal minutinho que esperei ali acima.

Não me eximo da culpa por ter perdido tal oportunidade, mas, apesar disso, confio de que Deus proverá àquela pobre alma – tal como eu – uma nova chance, através de outro, mais concentrado do que eu.

Mas, de qualquer maneira, acredito que a Assembléia dos Ratos mereça certo destaque aqui.

Tenho dito ao longo dos anos que, na minha modesta, mas sincera opinião, um dos maiores motivos para que as pessoas, ou grande parte delas, não se convertam a Deus é exatamente ela: a igreja.

Utilizo o termo “igreja” aí com a inicial minúscula para diferenciá-la claramente da Igreja – a verdadeira – que sempre cunharei assim, com a inicial maiúscula.

A escrita – ainda bem – permite isto.

Mas a fala não faz esta distinção; a não ser que criemos outro termo para distinguir uma de outra.

E esse termo bem podia ser “a Assembléia dos Ratos”.

A igreja (com letra minúscula) aqui nada mais é do que a Assembléia dos Ratos, na linguagem indignada do nosso amigo taxista.

O que eu acabei não dizendo foi que minha esposa me falou ainda que aquele taxista lhe confidenciou depois que saí do carro que o motivo de ele chamar assim, mesmo indiscriminadamente, um grupo religioso evangélico qualquer era porque já levara em seu táxi vários pastores da Universal – foi ele quem disse isto, gente? – e ouvia o que eles diziam.

Pois é.

É a falta de testemunho de gente dessa laia que desgraça tudo.

Já não bastam mais as inclinações naturais da carne para o pecado, o que precisa ser contido por quem tenha pretensões cristãs, nem mesmo a influência demoníaca sobre a visão espiritual das pessoas, como, por exemplo, nos disse Paulo em II Coríntios 4:4...

Agora a igreja – essa igreja – também aparece como um importante trunfo nas mãos do diabo, porque suja o testemunho cristão e torna a vida religiosa um esconderijo de ignorantes, mentais ou morais, reduzindo a piedade ao nível mais vil de enfado e engodo, coisas das quais pessoas de mínimo quociente intelectual buscam a máxima distância, sob os riscos iminentes de contaminação e morte.

E, se querem saber, eu estou de pleno acordo com eles.

Também não me converteria se fosse um ímpio sincero hoje.

Não a essa religiãozinha mequetrefe que vem sendo disseminada aí nas assembléias de ratos espalhadas por toda a parte. Religião de vintém. De sovinas. De biltres e abutres.

Humanista e desumana ao mesmo tempo.

É por causa dessa gentinha insuportável que o evangelho é tão dificilmente abraçado.

Algumas pessoas infelizmente pensam que o evangelho – o verdadeiro evangelho de Cristo – tem o mesmo quilate dos muitos moribundos espirituais que afirmam ser portadores dele.

E, além do prejuízo próprio, de não receberem a remissão dos seus pecados em Cristo, ainda transferem parte desse prejuízo a outra classe, menos favorecida, é verdade, e que não pode se defender, mas nem por isso merece tanto o nosso desdém: os ratos.

Sim, porque chamar gente assim de ratos acaba sendo um acinte e uma ofensa sem tamanho aos pobres roedores.

DE CASA NOVA

Pois é, pessoal, a grande notícia (para mim), se é que posso chamá-la assim, e que alguns de vocês até já sabem, é que o blog mudou de endereço.

Mudou, mas continua aqui mesmo.

Sim, porque quem mudou, na verdade, fui eu.

De mala e cuia.

E desde o dia 14 de janeiro, a nova “sede” do EdV funciona agora em Uberlândia, no triângulo mineiro.

A mudança atendeu a alguns interesses pessoais meus.

Mas um deles era o de contribuir com aquilo que Deus estivesse fazendo por essas bandas de cá.

O motivo de meu sumiço – que talvez não interesse tanto – foi precisamente este. Quem já se mudou (ainda mais se levou esposa e filhos juntos) sabe do que estou falando.

Você passa pelo menos uns 3 meses, se não mais, mudando (pondo as coisas no lugar, pagando contas, mudando endereço de correspondência, resolvendo pendências, e faz isto ao mesmo tempo em que tenta se adaptar à nova cidade, à nova rotina... Ufa!).

Mas, sem dúvida, outra forte razão para eu não “estar escrevendo” (e viva o gerundismo!) mais aqui é a falta de internet em casa.

Ainda estou sem ela, inclusive.

Teclo, neste momento, do meu trabalho, porque “está dando” (hurra!) pra escrever. Mas normalmente não é assim.

E como normalmente também não será assim, é provável que terei de reduzir o número de posts aqui.

Vou tentar escrever de casa, mas tenho de conciliar isto com meu papel – muito mais importante – de marido e pai.

Aliás, já tenho dois artigos lá, semi prontos, mas – sem internet – não tive como postá-los ainda, e também não tenho pendrive para levá-lo a algum lugar onde os pudesse postar.

(como vêem, não sou cibernético assim)

Assim, podemos dizer que esta é uma nova fase do blog.

Mas, sobretudo, minha.

Ânimos que se renovam; misericórdias idem.

Que assim seja!